“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


quarta-feira, 21 de agosto de 2013

'Foi pro estojo'

Tem uma ilustração interessante sobre o lápis: cada um de nós seria um lápis, criado por Deus com o propósito de deixar marcas específicas e construir uma história extraordinária. 
Tenho aprendido, nos últimos tempos, que há períodos em que o lápis fica dentro do estojo. 

Lembrei-me de uma meditação que escrevi tempos atrás sobre o peixe-pulmonado (Protopterus spp)*.     
Na seca, a água dos rios se reduz e o peixe pulmonado, de origem africana, sobrevive enterrando-se na lama e reduzindo o seu metabolismo num sono profundo. Com as chuvas, os peixes retornam às suas atividades.
Há momentos em que Deus coloca vírgulas em nossa história, pausa na música da nossa vida e nos coloca dentro do estojo. 
Sem enxergar alternativas, mudanças, há quem coloque interrogações, dúvidas no amor de Deus. Diz que foi abandonado, que Deus se esqueceu dele. Alguns revoltam-se, precipitam-se, iniciando projetos alheios a Sua vontade.
A ansiedade pode adoecer o nosso coração e a precipitação prolongar ou complicar situações que seriam passageiras.

Precisamos aprender que há momentos em que Deus coloca vírgulas para que aprendamos a esperar e a confiar n’Ele ou mesmo pra que amadureçamos pra novos e extraordinários projetos. O que seria da música sem as pausas?
“... Eu sou o Senhor e que os que esperam em mim
não serão envergonhados” (Is 49.23b)

Em tudo, vale lembrar que se estamos vivos é porque nossa história ainda não acabou. Se Deus não colocou ponto final é porque há algo mais. 

Conta-se que, certo pastor conferencista, ficou muito doente, impossibilitado de atender os seus muitos convites. Com seu ministério no auge, ficou muito aborrecido. Entretanto, depois de muita oração entendeu que Deus tinha dado um tempo a ele pra que descansasse e aprendesse mais d'Ele e com Ele. Foi pro estojo! 

Ir pro estojo é muito bom! 
Tempo de reflexões, de tratamento! Tempo de rever prioridades. Usar a nossa memória como halterofilismo pra nossa fé!
'No estojo', devo colocar pontinhos e aguardar a determinação de Deus.

       Os animais preparam-se para hibernar armazenando gordura no corpo que auxiliará na sobrevivência. Da mesma forma, a Palavra de Deus no nosso coração nos sustenta, anima, orienta os nossos passos como bússola.  
       'No estojo' podemos desfrutar, digerir com tempo a Palavra do Pai que nos consola, restaura. Ela faz nossos olhos brilharem, fortalece os ossos, endireita nossa coluna e, no devido tempo, nos coloca de pé para avançar. 
“Ah, se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos! 
Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo... Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha” (Sl 81.13-16).

Oração: “Senhor, agradeço pela Sua Palavra que é vida, orientação. Que ela ilumine os meus passos, traga sustento e esperança, nos bons e nos maus dias. Que o meu prazer esteja na Sua Lei e n’Ela eu medite de dia e de noite. Que eu anseie por ela como terra seca pela água da vida. Meu Deus e Pai, aumente a minha fé de modo que, nas pausas da vida, eu espere pelo Senhor com tranquilidade e paciência. Em nome de Jesus, amém”.
Em Teus braços (Salomão L. Ginsburg)
“... Em Teus braços eu me escondo,
Onde sempre quero estar;
Ao Teu lado, protegido,
Eu desejo caminhar.

Em Teus braços eu me escondo,
Pois sem Ti não posso andar...
Dá-me abrigo nos Teus braços
E protege-me, Senhor!...”







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