Tem uma ilustração interessante sobre o
lápis: cada um de nós seria um lápis, criado por Deus com o propósito de deixar
marcas específicas e construir uma história extraordinária.
Tenho aprendido, nos últimos tempos, que há períodos em que o lápis fica dentro do estojo.
Lembrei-me de uma meditação que escrevi
tempos atrás sobre o peixe-pulmonado (Protopterus spp)*.
Na seca, a água dos rios se reduz e o
peixe pulmonado, de origem africana, sobrevive enterrando-se na lama e
reduzindo o seu metabolismo num sono profundo. Com as chuvas, os peixes
retornam às suas atividades.
Há momentos em que Deus coloca vírgulas
em nossa história, pausa na música da nossa vida e nos coloca dentro do estojo.
Sem enxergar alternativas, mudanças, há quem coloque interrogações, dúvidas no
amor de Deus. Diz que foi abandonado, que Deus se esqueceu dele. Alguns revoltam-se,
precipitam-se, iniciando projetos alheios a Sua vontade.
A ansiedade pode adoecer o nosso coração e
a precipitação prolongar ou complicar situações que seriam passageiras.
Precisamos aprender que há momentos em
que Deus coloca vírgulas para que aprendamos a
esperar e a confiar n’Ele ou mesmo pra que amadureçamos pra novos e
extraordinários projetos. O que seria da música sem as pausas?
“... Eu
sou o Senhor e que os que esperam em mim
não serão
envergonhados” (Is
49.23b)
Em tudo, vale lembrar que se estamos vivos
é porque nossa história ainda não acabou. Se Deus não colocou ponto final é
porque há algo mais.
Conta-se que, certo pastor conferencista,
ficou muito doente, impossibilitado de atender os seus muitos convites. Com seu
ministério no auge, ficou muito aborrecido. Entretanto, depois de muita oração
entendeu que Deus tinha dado um tempo a ele pra que descansasse e aprendesse
mais d'Ele e com Ele. Foi pro estojo!
Ir pro estojo é muito bom!
Tempo de reflexões, de tratamento! Tempo
de rever prioridades. Usar a nossa memória como halterofilismo pra nossa fé!
'No estojo', devo colocar pontinhos e
aguardar a determinação de Deus.
Os animais
preparam-se para hibernar armazenando gordura no corpo que auxiliará na
sobrevivência. Da mesma forma, a Palavra de Deus no nosso coração nos sustenta,
anima, orienta os nossos passos como bússola.
'No
estojo' podemos desfrutar, digerir com tempo a Palavra do Pai que
nos consola, restaura. Ela faz nossos olhos brilharem, fortalece os ossos,
endireita nossa coluna e, no devido tempo, nos coloca de pé para avançar.
“Ah, se o
meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos!
Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo... Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha” (Sl 81.13-16).
Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo... Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha” (Sl 81.13-16).
Oração: “Senhor, agradeço pela Sua Palavra que é vida,
orientação. Que ela ilumine os meus passos, traga sustento e esperança, nos
bons e nos maus dias. Que o meu prazer esteja na Sua Lei e n’Ela eu medite de
dia e de noite. Que eu anseie por ela como terra seca pela água da vida. Meu Deus e Pai, aumente a minha fé de modo que, nas pausas da vida, eu espere pelo Senhor com tranquilidade e paciência. Em
nome de Jesus, amém”.
Em Teus braços (Salomão L. Ginsburg)
“... Em Teus braços eu me escondo,
Onde sempre quero estar;
Ao Teu lado, protegido,
Eu desejo caminhar.
Em Teus braços eu me escondo,
Pois sem Ti não posso andar...
Dá-me abrigo nos Teus braços
E protege-me, Senhor!...”
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