“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


Meditações Bíblicas


Deborah - Pôr do sol no sítio da vovó Áurea




O TOQUE DE DEUS

            Quando Deus toca, algo novo acontece. Os montes fumegam (Sl 144.5), a terra derrete (Am 9.5) e vidas são transformadas.
            Você já experimentou o toque de Deus?

  1. O toque de Deus gera força, ânimo:
Elias estava triste, com medo. Fora ameaçado de morte pela rainha Jezabel. Tivera uma imensa vitória sobre os 850 falsos profetas e agora que parecia que tudo seriam flores, é ameaçado. Abatido vai para o deserto, senta-se debaixo de um pé de zimbro e ali, sem esperança, pede a Deus para morrer.
Elias deita e dorme. É tocado por um anjo de Deus que oferece pão quentinho, cozido sobre pedras e água (1 Rs 19). Traz uma mensagem de esperança de um Deus que quer se relacionar com o homem.  
Hoje, tem muita gente sentada num deserto, sob um pé de zimbro, desesperada, confusa. Como Elias, pode ter tido uma vitória em alguma área de sua vida e imaginou que nunca mais teria provações. Mas elas vieram. Deus não prometeu nos isentar de aflições e sim, que estaria conosco durante elas, suprindo todas as nossas necessidades. E como é delicioso provar o cuidado, o zelo aconchegante de Deus!

  1. O toque de Deus alivia a alma da ansiedade, do temor.
Daniel também foi fortalecido por Deus. Teve uma visão do final dos tempos que o amedrontou de tal maneira que se prostrou com o rosto em terra. Por duas vezes foi tocado pelo anjo Gabriel. Este toque, da parte de Deus, o fortaleceu e o ajudou a levantar-se (Dn 8.18, 10.18).  Deus ainda conforta Daniel e diz que ele não deveria temer, que era homem muito amado (Dn 9.23, 10.11, 10.19).  
Jesus Cristo leva três dos seus discípulos (Pedro, Tiago e João) para o Monte da Transfiguração. Diante do sobrenatural de Deus, eles caem de bruços e Jesus os toca, os anima e diz para não temerem (Mt 17.7).
Aquele que está com Deus não teme más notícias porque o seu coração é firme, confiante no Senhor (Sl 112.7). Nas provações lembra-se das promessas, dos milagres, da dedicação do Pai e isso fortalece a musculatura da sua fé e o impulsiona a levantar-se e avançar (1 Pe 5.7).

  1. O toque de Deus instrui, revela segredos, visões.
Daniel está orando e o anjo Gabriel vem e o toca porque queria instruí-lo (Dn 9.21-22). Deus dá a conhecer a Sua vontade, Seu projeto (Dn 10.19-21).
Esta é a promessa de Deus: “Invoca-me, e te responderei, anunciar-te-ei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33.3).
Por que não desfrutamos dos segredos e da intimidade do Pai? Porque não perseveramos em buscá-Lo, em Espírito e em verdade. Muitas vezes, temos sido filhos arrogantes, ingratos, indiferentes ao Pai e perdemos a benção da Sua Presença: “A intimidade do Senhor é para os que o temem, aos quais Ele dará a conhecer a Sua aliança” (Sl 25.14)

  1. O toque de Deus tira iniqüidade, purifica.
Os serafins enviados por Deus tocam os lábios de Isaías com uma brasa viva, tirada do altar e sua iniqüidade é tirada e os seus pecados, perdoados (Is 6.6-7).
“Oh, Deus! Toca na minha vida, nos meus lábios. Perdoa os meus pecados e faz de mim alguém que agrada o Seu Espírito Santo no falar, nas atitudes, nos  sentimentos”.

  1. O toque de Deus ensina-nos a falar.
Deus estende a mão e toca na boca de Jeremias e diz que falará por meio de sua boca (Jr 1.7). Daniel, quando tocado nos lábios, por um anjo de Deus, começa a desabafar (Dn 10.16).

Pedro e João, após a ressurreição de Jesus, discursavam perante o Sinédrio e todos ficaram maravilhados ao ver a intrepidez de homens iletrados e incultos. Porém reconheceram que haviam eles estado com Jesus (At 4.13). Estar com Deus, ser tocado por Ele faz toda a diferença em nossa vida. Gera ousadia e habilitação para toda boa obra.

  1. O toque de Deus cura
Em vários momentos, a Bíblia relata Jesus tocando enfermos e curando desde leprosos (Mt 8.3), a febre da sogra de Pedro (Mt 8.15), uma mulher que sofria de hemorragia por 12 anos (Mt 9.20). O toque de Jesus fez com que cegos enxergassem (Mt 9.29; 20.34), surdos e gagos ouvissem e falassem (Mc 7.33).

  1. O toque de Deus transforma, traz discernimento
Jesus curou um cego e ele passou a discernir todas as coisas (Mc 8.22-25). Deus concede discernimento aos olhos físicos e espirituais. Deus deu a Daniel inteligência de todas as visões e sonhos de modo que ele era dez vezes mais erudito do que todos os demais sábios do reino (Dn 1.17, 20).

  1. O toque de Deus revivifica mortos
Jesus tocou o esquife e o filho da viúva de Naim ressuscitou (Lc 7.14). Deus que toca nossa vida com Seu amor, curando-nos por dentro e por fora. Traz força onde só há fraqueza, traz calor onde há frieza, traz vida e, vida em abundância, onde há morte. Toque que restaura, que renova, que refrigera. Toque que honra, que resgata. Toque que traz esperança, gera sonhos. Toque que traz visão, que incendeia o coração. Toque que transforma um pecador em filho de um Deus Santo.
            O toque de Deus é para aqueles que decidem não se contaminar (Dn 1.8); para os que reconhecem publicamente a soberania de Deus (Dn 4.25); que se humilham com o coração quebrantado (Dn 9.4-5; 10.2-3,12); para os que perseveram na oração (Daniel 9.3-21) e intercedem, com misericórdia, pelo povo abatido (Dn 9.20).
            Para estes, Deus concede destaque, opera milagres, livramento (Dn 6.27-28). De escravo, Daniel passa a ser conselheiro chefe supremo, governador (Dn 2.48).

Você já recebeu o toque de Deus? 

Se não, busque-O em oração, diga que precisa do Seu toque, do Seu perdão em Cristo Jesus, da purificação, da cura para suas mágoas, suas feridas. Diga que quer viver na Sua Presença. Como Daniel decida não se contaminar. Decida não dar brechas, a buscar uma vida de santidade, distante de tudo que pode separar você de Deus.
            Quem teme a Deus, não é tocado pelo maligno (1 Jo 5.18; Gn 20.6). Louvado seja Deus porque o maligno jamais nos tocará! Aleluia! Deus diz que quem toca nos Seus filhos, toca na menina dos Seus olhos (Zc 2.8). O filho de Deus deve ser tratado com consideração, com respeito. É filho do Altíssimo! Quem prejudica um filho do Eterno estará ferindo os olhos de Deus e não ficará impune.
            Isto deve trazer temor e temor ao nosso coração. Cuidado com fofocas, conversas fiadas, julgamentos precipitados. Que Deus nos livre de tocar nos Seus ungidos, nos Seus filhos. Ao mesmo tempo, esta promessa também se refere a nós. Louvado seja Deus pelo Seu carinho por nossas vidas, porque nos dará a conhecer os Seus projetos. “Fala Senhor, queremos ouvir a Sua voz. Toca Senhor, queremos sentir o calor amoroso da Sua mão, ser receptáculo de Sua graça e poder. Aleluia!!!


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Colheita é uma guerra, é a luta pra sobreviver...

            Durante o estágio dos índios xavantes na universidade que eu lecionava, alguns repórteres da televisão foram entrevistá-los. Pediram que dançassem uma dança de guerra para que filmassem. No final perguntaram, ainda filmando: - “Que dança é esta”? Um dos índios respondeu: - “Dança da colheita”. O repórter pediu que o cinegrafista desligasse a filmadora e disse: - “Eu pedi uma dança de guerra”! O índio olhou bem sério para o repórter e disse, com sabedoria: - “Colheita é uma guerra, é a luta pra sobreviver!”

            Algumas lições que eu aprendo na Bíblia sobre o trabalho:
  1. O trabalho sempre existiu!
Adão trabalhou antes e depois do pecado. Ao criar o mundo, Deus deu ao homem a responsabilidade de cultivar e guardar o jardim do Éden (Gn 2.15). Adão e Eva foram os primeiros jardineiros que o mundo conheceu. Tratava-se de uma tarefa prazerosa, trazia realização e era uma honra ser auxiliador de Deus.

  1. O pecado trouxe maldição e deixou tudo mais difícil, inclusive o trabalho.
Com o pecado a terra foi amaldiçoada por Deus. Entraram as doenças, as ervas daninhas, as intempéries, os cardos e abrolhos (Gn 3.18-19) e o trabalho deixou de ser agradável e passou a ser cansativo, exercido com suor e, muitas vezes, com lágrimas.
Todos, que podem, devem trabalhar. Deus diz que não devemos ficar devendo nada a ninguém, a não ser o amor (Rm 13.8). Não devemos ser pesados a ninguém: “... se alguém não quer trabalhar, também não coma” (2 Ts 3.10b). Tudo que pudermos fazer, dentro de nossas limitações, devemos fazê-lo e, sempre, da melhor forma possível.

  1. Deus pode substituir a maldição por benção; a tristeza pela alegria.
O pecado faz tudo mais penoso, mais feio, mais triste. Entretanto, se trabalharmos com amor, dedicação, zelo, como se fosse para o Senhor tudo fica mais prazeroso. “Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo coração, como para o Senhor e não para homens, cientes de que recebereis do Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o Senhor, é que estais servindo” (Cl 3.23-24).
Trabalhar feliz, agradecido pelas condições e oportunidade de praticar os dons, os talentos presenteados por Deus, deve ser uma das marcas do cristão. E o nosso bondoso Deus nos brindará ainda com Sua promessas, Sua herança:
 “Inútil vos será levantar de madrugada; repousar tarde,
comer o pão que penosamente granjeastes;
aos Seus amados Ele o dá enquanto dormem” (Salmo 127.2)

4. Deus trabalha até agora por aqueles que n’Ele esperam (Is 64.4; Jo 5.17,16.8)
“Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de Ti,
que trabalha para aquele que n’Ele espera” (Is 64.4).

Mais um ano se inicia. O que devemos priorizar este ano? O que devemos mudar? Vamos analisar, rever as estratégias que devem ser abandonadas ou mantidas. Do que temos fugido e precisamos, finalmente, enfrentar?
Que no final de 2011 possamos nos alegrar pelos resultados do nosso trabalho, das conquistas, gratos ao Pai porque tudo que temos, que somos provém d’Ele. Que o Eterno nos ajude a fazer bom uso das colheitas que tem nos presenteado.
“Nada há melhor para o homem do que comer, beber e fazer que a sua alma goze o bem do seu trabalho. No entanto, vi também que isto vem da mão de Deus, pois, separado deste, quem pode comer ou quem pode alegrar-se? (Ec 2.24-25).



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A MATEMÁTICA DE DEUS
(é diferente da nossa!)

Perguntaram para um sábio quantos anos ele tinha. Ele respondeu: - “Não sei, sei o número de anos que já tive, mas já passaram, não são mais meus”. Quantos anos temos disponível para viver nesta terra? Não sabemos! Podem ser dias, meses, anos, décadas.
Um novo ano começou. É preciso refletir e mudar a nossa concepção de vida. Deus nos mostra que a Sua matemática, o modo d’Ele contar os nossos dias, a nossa idade é diferente.
Quanto adolescente tive oportunidade de assistir a uma palestra no Acampamento Palavra da Vida, do Prof. Christian Chen, professor de Física Nuclear da USP, sobre a matemática de Deus que me deixou muito impressionada. Estarei relatando algumas informações baseadas também no seu livro (CHEN, s/d).
A questão básica é: “Quantos anos transcorreram entre a saída do povo de Israel do Egito (Êxodo) até o inicio da construção do templo?”
Em Atos 13.18-22 são relatados 40 anos no deserto; 450 anos de Juízes até Samuel; 40 anos do reinado do Rei Saul. Após o reinado do Rei Saul, Davi reinou por mais 40 anos (1 Reis 2.11), sendo substituído por seu filho, Salomão.  Salomão inicia a construção do templo após três anos de reinado (1 Reis 6.1). Somando, obtemos 573 anos desde a peregrinação no deserto até o início da construção do templo.
Entretanto, em 1 Reis 6.1 relata o seguinte: “No ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, Salomão, no ano quarto do seu reinado sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), começou a edificar a Casa do Senhor”.
Como isto é possível? Há um erro na Bíblia? Considerando os dois períodos apresentados nota-se uma diferença de noventa e três anos (573 – 480 anos = 93anos). Como fica essa diferença?
Analisando o tempo de escravidão do povo de Israel, como conseqüência de sua desobediência, constata-se o seguinte:
·                    Juízes 3:8: escravos por 8 anos (serviram Cusã)
·                    Juízes 3:14: escravos por 18 anos (serviram Eglom)
·                    Juízes 4:3: escravos por 20 anos (serviram a Jabim)
·                    Juízes 6:1: escravos por 7 anos (serviram os midianitas)
·                    Juízes 13:1: escravos por 40 anos (serviram os filisteus).
Somando o tempo que o povo ficou escravo de outros povos, pela sua desobediência, observa-se um total de 93 anos, exatamente a diferença que verificamos anteriormente.
A conclusão é que foram 93 anos nulos, ociosos e em branco perante o Senhor. É assim que Deus está contando os nossos dias! A Matemática de Deus é diferente! Deus disse: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos” (Isaías 55:8). Assim sendo, quantos anos você e eu já vivemos perante Deus? Moisés disse a Deus: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Salmo 90.12).
Em Atos, Paulo está descrevendo a história do povo de Israel e considerou os 93 anos. Por outro lado, o primeiro livro de Reis destaca a atitude dos filhos de Israel diante de Deus. Neste caso, os 93 anos foram descartados.
É como se os filhos de Israel estivessem declarando 573 anos de sua gloriosa história e na realidade o tempo deveria ser contado pelos anos na presença de Deus. Na presença de Deus eles estiveram somente 480 anos. Pela desobediência, eles perderam noventa e três anos de suas vidas. Durante noventa e três anos Deus não governou o povo de Israel, eles estavam entregues a idolatria, longe da face de Deus. Isto pode valer para a nossa vida hoje: Desobediência leva a tristeza, escravidão, a distanciamento da presença do Pai, a um mau aproveitamento dos nossos dias. 
O povo de Israel tinha sido libertado do Egito pelo braço forte de Deus. Mas como escravos de outros povos, de outros deuses estiveram distantes da presença do Santo de Israel. Juntamente com seus familiares perderam a benção, perderam guerras, foram servos de outros reinos, foram explorados e, muitas vezes, esfolados no seu físico e em sua integridade moral.
E nós, temos perdido tempo buscando o que não convém, tomando decisões alheias à vontade de Deus? Quanto tempo aceitável e íntegro eu já tive na presença do Senhor? Como tem sido os meus dias? Pobres, rasos, medíocres, sem significado para a eternidade, queimados como palhas?
Uma professora da Escola Dominical contando a respeito de Enoque disse: Era um homem que dava longos passeios com Deus. Um dia caminharam tanto, foram tão longe que o Senhor disse: “Enoque, estamos sempre juntos e você está muito afastado de sua casa e próximo da minha, é melhor adentrar e habitar comigo de uma vez”.
Que possamos dizer como Paulo: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). Precisamos entender o que é ser um com o Senhor, a compreensão de que não estamos sós. Ele é a nossa fortaleza. Isto faz uma profunda diferença. Como é bom ter esta compreensão da vida! Andar com Deus de modo efetivo é estar junto daquele que desembaraça o nosso caminho. Que isto seja uma realidade em nossas vidas!

Referência:
CHEN, Christian. Os números na Bíblia - vol. 1, Imprensa Metodista, 217, s/d.



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O BERRO DA OVELHA: Por que freqüentar uma igreja?

Esta meditação faz parte de um livro que estou escrevendo: “O berro da Ovelha”.
Vivemos momentos de crise com relação a compromissos, especialmente no que se refere à igreja. Muitos deixaram de freqüentá-la e optaram por assistir cultos em suas casas, seja pela televisão ou internet.
Alegam que é mais confortável, escolhem os pregadores e não precisam assumir compromisso e manter relacionamentos. Alguns deixaram de congregar porque se sentiram traídos no passado, por irmãos que não cumpriram suas promessas ou, mesmo por líderes, que não praticam o que pregam.
Quais são as implicações de participar ativamente de uma igreja local?        
1. Assumir compromisso de freqüência, de santidade:
Ser membro de uma igreja significa prometer participar das suas atividades e auxiliar no que for necessário.
            Participar de uma igreja é se comprometer a cultivar o padrão bíblico de atitudes e palavras. O famoso: "Eu fi-lo porque qui-lo" não dá certo aqui. Se fi-lo, terá que pagar o qui-lo; será questionado, terá que se explicar e, se não conseguir, dá-lhe disciplina.
2. Lutar para ter o melhor relacionamento possível com todos irmãozinhos:
            Complicou agora? E aquela pessoa que olha pra você de ladinho, enviesado? Você conhece alguém assim? Pois é, você deve amá-la, orar por ela e respeitá-la e, se preciso for, ajudá-la.
            Daí você se lembra do versinho:
“Viver com os santos nos céus, Ó que glória!
Viver com os santos na terra. Bem, isso é outra história”.
3. Submeter-se à liderança:
            Confesso que tive líderes maravilhosos, pastores e esposas que me ensinaram muito como fazer, com os seus exemplos de vida. São meus amigos até hoje e sou grata a Deus pelas suas preciosas vidas.
Também tive outros líderes que me ensinaram como NÃO fazer. Pastores autoritários, donos da igreja e da verdade, especialistas em “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”. Vestem a túnica sacerdotal, decidem e pronto. Você não tem direito a dar palpite, que dirá votar. “Eu decidi que...”. Mesmo contra a lógica, a prudência, a coerência. Você está entendendo agora porque o livro se chama “O berro da ovelha?” Béééééé...
4. Desenvolver casca grossa:
            Você é um colaborador na igreja? Benção! É um privilégio trabalhar para o Senhor. Entretanto, forme uma ‘casca grossa’ porque árvore com fruto leva pedrada.
Infelizmente, nem sempre contentamos a todos e sempre tem alguém que vai questionar e sabe por quê? Ele saberia fazer melhor, mas não faz porque o “tá-lento” dele é investigar e ensinar quem trabalha.
            Aprendi que não devo me preocupar em agradar a todos. Se o fizer, tornar-me-ei escrava das pessoas e de suas opiniões.

Entretanto...
Philip Yancey tem um livro magnífico (como todos os livros dele que tive oportunidade de ler até agora) intitulado: “Igreja, por que me importar?”. Ele diz: “Reconheço hoje que uma igreja severa, cheia de condenação e vazia de humildade e de qualquer senso de mistério, embotou durante anos a minha fé. Em suma, o cristianismo me manteve longe de Cristo...”. Yancey conta o seu retorno à igreja e porque não consegue viver sem ela. Quando li este livro já tinha começado a escrever “O Berro da Ovelha” e suas colocações se encaixaram perfeitamente no que eu sentia. Estarei usando algumas das suas pérolas preciosas aqui.
            Graças a Deus, nunca deixei de participar da igreja. Amo a igreja porque ela foi criada por Deus e tem sido benção em minha vida e na vida de minha família. Peço a Ele que sempre tenhamos liberdade para freqüentá-la. Louvado seja Deus que zela pela igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mateus 16.18).
Sendo assim, vou listar alguns razões pelas quais jamais quero deixar de freqüentar uma igreja:

1. A igreja é projeto de Deus para minha vida:
Deus instituiu a igreja. E tudo que Deus criou é bom. Segundo Paul Tournier “Existem duas coisas que não podemos fazer sozinhos: casar e ser cristão”.
Outro dia uma jovem se casou consigo mesmo e a festa deve ter sido linda (pelo que eu li). Entretanto, o mais interessante, que é o depois da festa (lua de mel, a ‘vida a dois’), deve estar sendo uma lástima.
            A igreja é o corpo de Cristo. Ele é a Cabeça (1 Coríntios 12.26-31). Deus nos dotou de dons. Tê-los e não usá-los traz frustração, inquietude.  Se você tem dons, converse com o seu pastor e Deus queira que Ele tenha a visão de um ministro que disse: “Se eu não der oportunidade para uma ovelha de exercitar os seus dons, terei que responder diante de Deus”.

2. Somos chamados para sermos imitadores de Cristo (1 Coríntios 11.1):
            Jesus Cristo (Lucas 4.16, 31) e Paulo nunca deixaram de freqüentar a Sinagoga, mesmo sendo incompreendidos e perseguidos. “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns...” (Hebreus 10.25).
            A igreja nos ensina a obedecermos a Deus, a sermos imitadores de Cristo, a desenvolvermos o fruto do Espírito Santo. Isto gera alegria, paz, amor. Aprendemos submissão às autoridades, a certeza de que Deus está no controle e não há autoridade que não proceda d’Ele. Com nossos líderes e com os nossos irmãozinhos aprendemos tolerância, domínio próprio, paciência. Desenvolvemos e estimulamo-nos mutuamente na fé, no amor e nas boas obras (Hebreus 10.24).
            Igreja, local de estender a mão para um mundo ferido, onde eu posso “berrar” minhas dores, meus arranhões, minhas “fraturas expostas”, como diz Yancey. Local de orientação, consolo, oração. Yancey diz que quando a igreja se acomoda, se torna insensível à dor do próximo e evita servir aos que sofrem, ela se torna raquítica e não amadurece. A igreja deve trabalhar em vários âmbitos, desde que tenha pessoas capacitadas (alfabetização de adultos, atendimento médico, psicológico, apoio às mães solteiras, idosos, deficientes físicos, doentes terminais).

3. A igreja é local de adoração a Deus:
            Local onde o vento sopra (João 3.8), onde Deus se manifesta. Quando soprar o vento, quero estar lá. “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18.20).
Igreja, local da benção: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida, por meu Pai, que está nos céus” (Mateus 18.19).

4. A igreja é local de aprender com Deus:
            Quando minha filha, Deborah, fazia cursinho para prestar o vestibular, combinamos que ela não iria a todos os cultos. Certa noite entrei em seu quarto e ela estava chorando. Disse que o povo estava reunido na igreja, Deus estava ministrando na vida deles e ela estava perdendo a benção.
            Nossos ajuntamentos deveriam ser sempre assim. Um caminhar, dia após dia com Deus. Um ensinamento progressivo, imperdível.  

5. A igreja = Academia da fé: local de treinar a musculatura da minha fé em Deus:
            A igreja, local para que a nossa fé se fortaleça ao presenciarmos a ação poderosa de Deus, os milagres em nossas vidas e nas vidas dos nossos irmãos.
Conta-se que um pastor visitou um membro da igreja que tinha se afastado. O homem disse que estudava muito a Bíblia em casa, que não gostava de sair. O pastor comparou a sua fé em Deus como uma brasa. Sozinha, separada da fogueira, sem o calor das demais, ela logo se apagaria. Sozinhos, não há ânimo, não há fé que sobreviva. Quando nos distanciamos, ficamos empobrecidos, inquietos, sem paz.
Igreja, local de desenvolver comunhão. Diferentes irmãos, na origem, na formação cultural, nas condições financeiras, no histórico de vida. Terreno fértil para aprendermos não só a respeitar as diversidades como também valorizá-las pelo muito que nos ensinam. Unidos pela fé em Deus, pelo sangue do Cordeiro. Dispostos a trilharmos juntos a caminhada aqui na terra, apoiando-nos mutuamente, perdoando, pedindo perdão, aprendendo a amar, até o encontro com Deus na eternidade.
Podemos, ocasionalmente e até injustamente, levar pedradas, mas temos a consciência que a obra é feita para Deus e, nestes momentos, nos sentimos consolados, tratados por Ele no mais profundo do nosso interior. 

6. A igreja é local de se preparar e se dispor a fazer missões:
            Uma igreja colocou no seu portão de modo que todos que saiam dela lessem: “Você está entrando em um campo missionário”.
            Juntos, podemos cumprir a missão que Jesus nos outorgou: “... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).

7. A igreja é local do privilégio de devolvermos o dízimo ao Senhor:
            “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós, benção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 3.10-12).
Dizimar é decidir obedecer a Deus. Muitas vezes deixamos de abençoar pessoas por omitirmos este ensinamento. Deus é fiel, não mente, cumpre Suas promessas. Deus repreende o devorador das nossas colheitas, faz de nossas vidas uma terra deleitosa.
Se você não é dizimista, decida fazê-lo; não para receber dividendos e sim, por obediência a Deus.
Concluindo, devo dizer que pertencer a uma igreja é deleitar-se do privilégio de estar dentro do projeto de Deus, trabalhar nela é exercitar os dons que o Espírito Santo nos concedeu. Isto traz realização, significado para nossa existência.
Na igreja nos encontramos com Deus (Hebreus 2.20), O adoramos (Salmo 100.4-5), e aprendemos d’Ele e com Ele (Mateus 22.29). Quando freqüentamos a igreja desfrutamos da comunhão com os irmãos (Atos 2.42-47), a nossa fé aumenta e deleitamo-nos nas promessas do Pai.
Quando Jesus perguntou aos seus discípulos se preferiam afastar-se d’Ele, Pedro resume tudo quando diz: “... Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (João 6.68).
Somente na igreja, no dia a dia, podemos desfrutar tanto das Escrituras como do poder de Deus. Se você não é membro de alguma igreja evangélica, reflita sobre isto e busque conhecer a Deus e a Sua vontade, o mais rápido que puder e desfrute deste precioso projeto do Pai.
Deixe seu comentário! Deus o abençoe!





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Meditações: LIVRO DE JONAS
Vamos caminhar juntos pelo livro do profeta Jonas.
Deus abençoe e fale ao nosso coração.

Jonas 1: Jonas resiste, porém Deus não desiste! Jonas foge de Deus.
Jonas viveu na época do Rei Jeroboão II, no VII século a.C. Deus enviou Jonas a Nínive com a mensagem: “Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida” (Jonas 3.4).
            Nínive, capital da Assíria, era famosa pela sua maldade, violência, por roubar as comunidades vizinhas e por ser inimiga do povo de Deus.
            O texto conta que Jonas se dispôs sim, mas para fugir da presença de Deus (v.3). Por que Jonas foge? Há várias suposições: medo da missão (falaria para um povo violento); egoísmo ou preconceito (por que ajudar gentios e uma nação que ameaçava Israel?); porque sabia que Deus perdoaria e não acabaria com Nínive, então ele poderia ser considerado falso profeta (Jonas 4.2).
            De qualquer forma a gente percebe que Jonas não gostava dos ninivitas. Muitas vezes, selecionamos a quem falar de Deus, a quem ajudar. Isto pode prejudicar a nossa atuação como servo de um Deus de amor e misericórdia.
           
E hoje? Por que tanta gente foge da presença de Deus ou adia um compromisso com Ele? Muitas são as desculpas e várias são as rotas de fuga: trabalho, família, música, computador, televisão, hobbies, vícios, sono.
Como Jonas, afastam-se de Deus e vão para longe. Jonas parte de Samaria para Jope, com objetivo de ir à Tarsis (1 Rs 10.21-22, Sl 72.10). Jonas afasta-se do local de sua missão e vai para longe e para baixo, cada vez mais, numa descida linear:       

Colina     -     Porto     -     Navio     -     Porão     -     Mar (peixe)

O que eu aprendo com a história de Jonas?
  1. Longe de Deus, a situação sempre pode piorar (um abismo chama outro abismo).

            Certo dia, convidamos um conhecido para ir à nossa igreja ouvir um pastor visitante. Após o culto, ele ficou muito zangado, disse que não voltaria porque o pastor tinha contado publicamente a sua história. O pastor nem o conhecia. Para nós ficou evidente que Deus queria falar ao coração deste jovem. Com o coração irredutível ao Evangelho mudou-se para outra cidade, vindo a falecer dali um ano. Perdera a oportunidade de ter tido uma experiência com Deus antes de morrer.

            Não sabemos o tempo que disporemos aqui na terra. Perguntaram para um sábio quantos anos ele tinha e ele respondeu: - “Não sei, tenho os anos que me restam porque os anos que já vivi não os tenho mais, não são mais meus”.
           
            Se você está distante de Deus, volte-se a Ele. Longe do Pai, tudo é difícil. Deus não prometeu isenção de tribulações, porém prometeu que estaria conosco e providenciaria o nosso livramento. Na Presença de Deus reina a paz, doce e inexplicável paz, que só Ele pode oferecer.
E a paz de Deus, que excede todo o entendimento,
guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus” (Filipenses 4.6,7)
Peçamos a Deus que, no tempo que nos resta, possamos sempre gozar da alegria de Sua Presença. Que nunca nos afastemos d’Ele porque em Deus encontramos delícias e sentido para o nosso viver.

  1. Sempre que pegamos atalhos ou damos um ‘jeitinho’ fora da vontade de Deus, pagamos um preço alto.

“Jeitinho brasileiro”, considerado encantador e sinônimo de esperteza para muitos, preocupa. Vivemos numa geração que tem aprendido a torcer pelos anti-heróis e considerar caretice não aproveitar brechas para obter benefícios. Buscar levar vantagem em tudo (a famosa lei do Gérson) é entendido, muitas vezes, como uma forma de sobrevivência interessante. Há quem até elogie como sendo algo criativo, próprio de quem se adapta melhor, tem ‘jogo de cintura’. 

Na prática significa burlar normas, indiferente ao padrão moral e social. Explica tantas promessas não cumpridas, subornos, corrupções, fugas de responsabilidades.

            Exemplos de ‘jeitinho’: transitar pelo acostamento; furar filas; entrar na contramão para fugir do engarrafamento; subornar guardas para não pagar multas de trânsito; pagar propinas para tirar carteira de motorista; colar nas provas; pagar para fazerem seus relatórios escolares; mentir sobre os motivos das falhas.

A princípio pode ser interessante, mas as conseqüências são sempre funestas: acidentes letais; profissionais incompetentes; fragilidade das instituições que deveriam educar e proteger os cidadãos; falta de paz; de comunhão; de alegria.

Da mesma forma, a fuga de Jonas sinalizava calmaria, vantagens. Conseguiu
vaga num navio, dinheiro para pagar, dormia profundamente no porão do navio, alheio à tempestade. Entretanto, Deus manda um forte vento, uma grande tempestade.

            Tempestades, desertos (símbolos de carência, dor, solidão) podem ser usados por Deus para nos acordar, para falar ao nosso coração com o fim de redirecionar nossas vidas. Manifestam o amor de Deus:

“... Eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração” (Os 2.14).

Você tem enfrentado tempestades? No que você tem se agarrado? Jonas agarrou-se ao sono (v.6). Os marinheiros agarraram-se a seus deuses (v.5). Entretanto, Deus não tem substituto (v.5). 

Na vida religiosa muitos tomam atalhos. Uns participam de várias seitas, querem estar em paz com todos os ‘deuses’. Outros, feridos, sentem-se traídos por algum irmão e abandonam a igreja. Assistem cultos na internet, na televisão e dizem que procuram a Deus do seu modo. É cômodo porque não assumem compromissos, contendam-se em serem meros espectadores.
Entretanto, o preço pago é alto. Este atalho não conduz a lugar nenhum, está fora do projeto de Deus e a angústia, a intranqüilidade inundam estes corações. Estaremos falando sobre isso numa próxima meditação (chamaremos de: O berro da ovelha).

Que tenhamos paciência em esperar sempre no Senhor, mesmo com perdas visíveis. Que nunca negociemos os Seus princípios; que nunca nos precipitemos usando atalhos enganosos.
Pergunte a Deus o que Ele quer ministrar, ensinar ao seu coração e disponha-se a obedecer, a mudar o rumo de sua vida.

  1. Pessoas que estão fora da Presença de Deus tornam-se um perigo para o seu próximo.           
Os marinheiros tiraram a sorte (v.7). Jonas precisou ser lançado
fora do navio para que a paz viesse.
A disciplina de Deus para aqueles que se distanciam da Sua vontade acaba respingando em quem está por perto. Um servo desobediente prejudica, se torna maldição para os que convivem com ele. De igual modo, quando a pessoa está dentro do projeto de Deus é abençoada e abençoa a todos.
Vamos comparar a experiência de Jonas e Paulo. Ambos sofreram uma tempestade no Mar Mediterrâneo:

Jonas (Jonas 1):
  • Homem livre, foge da Presença de Deus (v.3)
  • Refugia-se no sono (v.5)
  • Testemunha quando confrontado (v.8-9)
  • É repreendido pelo mundo (v.10).
  • Para que todos se salvem, precisava se afastar, ser expulso do navio (v.15-16).
Paulo (Atos 27)
  • Prisioneiro, cumpre o projeto de Deus (v.1)
  • Orienta, participa, anima a todos (v.10, 21, 22)
  • Testemunha espontaneamente (v.23-25)
  • Admirado pelo mundo (Atos 28.10). De prisioneiro, torna-se líder do navio (v.31, 33).
  • Para que todos se salvem, precisava permanecer dentro do navio (v.42-43)

Você tem sido uma benção no seu lar, emprego, vizinhança? Você tem buscado a Presença de Deus? Tem orado? Meditado em Sua Palavra? Ou tem tomado atalhos enganosos, dado um ‘jeitinho’, distanciando-se d’Ele?

Cada um de nós é responsável pela proximidade ou não de Deus em nossa vida. Que como Paulo, façamos diferença benéfica no meio em que vivemos.

Louvado seja Deus, que não desiste de nós. Deus que não se cala, fala conosco e nos dá oportunidades, enquanto vivemos.
Não retroceda, não fuja, não tome atalhos. Aceite o renovo, os caminhos aplainados e desembaraçados que Deus oferece! Volte-se a Ele!

“Se tu uma benção!” (Gênesis 12.2b)


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Jonas 2: Quem não obedece, padece!

            Quando desobedecemos, sofremos! O Rev. Magno V. Paterline disse certa ocasião: Quem não obedece, padece!”

            Jonas estava no ventre de um grande peixe, numa situação angustiante: todo melado, sujo, fedido. Sente-se um bagaço, um nada, totalmente excluído da Presença de Deus (v.4).

Desfalecido, rodeado pelo abismo, Jonas confessa que não tinha esperança de vida, sente-se morto, numa sepultura. Entretanto, ressuscita quando se lembra de um Deus de misericórdia (v.8) e eleva a Ele uma oração (v.7).

Muitas vezes, Deus tem que nos levar à lona para quebrar nossa cerviz, nossa arrogância e trazer humildade, entendimento que sem Ele nada somos e nada podemos fazer. Quem se torna vômito de peixe perde toda altivez.

Jonas crê no perdão de Deus e se apresenta a Ele, com louvor (v.9). A oração de Jonas na impossibilidade é ouvida e respondida por Deus que providencia o seu resgate.

Este é o nosso Deus! Deus que se inclina e ouve o nosso clamor, mesmo quando estamos mergulhados no vômito dos nossos pecados e delitos. Deus que responde (1 João 5.14-15). Pai de misericórdia, que nos alcança, nos considera. Impossível compreender quão grande é o amor de Deus!

“... Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás;
se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também.” (Salmo 139.8).

            Você já se sentiu ou tem se sentido assim? Sufocado? Angustiado? Totalmente sem alternativas?

            Ore, derrame o seu coração ao Senhor, somente a Ele. Deus não nos divide com ninguém. Peça perdão pela sua infidelidade, pelos pecados que tem cometido, chame o seu pecado pelo nome.  Conte a Ele a sua dor, os seus medos, a sua fragilidade. Orar a Deus não é utilizar frases feitas, formatadas. É impossível enganar a Deus. Concentre-se n’Ele e despeje o seu coração, com sinceridade. Esta é a oração que Deus ouve.

“Oração é colocar perante Deus o que está no meu coração,
não o que deveria estar” (C.S. Lewis).
Você quer ser alguém que experimenta a Presença de Deus?
Quer ter a sua vida transformada, sem o véu do orgulho, da frieza, da indiferença?  Somente Deus pode mudar o nosso interior! Ore, ore sem cessar.

            O que acontece quando eu oro?
1. Quando eu oro, demonstro que preciso de Deus. Revelo dependência. Prece vem do latim (precarius).  Quando oro, me achego a Deus, confesso a precariedade da minha vida, minha insuficiência. Eu me derramo diante do Pai. Exponho meu íntimo, minhas necessidades.

“Sacrifícios agradáveis a Deus são o espírito quebrantado,
coração compungido e contrito, não o desprezarás, ó Deus” (Salmo 51.17).

2. Quando eu oro, eu tenho um encontro particular com Deus.
Revelo amor. Demonstro que tenho vontade de estar com Ele, que não quero negociar, conseguir coisas. Quero que Deus interfira na minha vida de modo que eu me torne alguém que O agrade.

3. Quando eu oro, reconheço a soberania de Deus, eu me consagro a Ele.
Faço do meu coração um altar para o Senhor. Passo a enxergar Providências nas coincidências de minha vida.

4. Quando eu oro, demonstro que quero cooperar no projeto d’Ele.
Estabeleço parceria. O que o Senhor está planejando? Quero ajudar, colaborar no Seu Projeto Eterno.      

O que exige oração?
            Humildade, reconhecer que só chegamos à Presença de Deus por meio de Jesus, que morreu por nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele nos limpa e purifica de todo pecado e nos encaminha até o Pai.
Oração exige determinação, disciplina e perseverança. Escolha um local tranqüilo. Siga um horário, persevere. Tenha um caderno, seja um intercessor. Deus procura homens e mulheres para ficarem na brecha. Em suas orações utilize o livro de Salmos, o Pai-Nosso.

Deus ouve meu clamor? Sim! Deus ama, se interessa por você!

“Porque desde a antiguidade não se ouviu,
nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de Ti, que trabalha para aquele que n’Ele espera” (Is 64.4).

Quais os resultados de uma vida de oração?
  1. Visão, discernimento. Deus trará respostas, direção ao nosso coração. Deus compartilhará segredos (Jeremias 33.3).
  2. Cresce a esperança, a fé no Senhor e isto gera paz. Esperança maior que as circunstâncias, maior que as evidências, que a razão, que os desafios. Aumenta a fé num Deus que transforma nossos problemas em planos, oportunidades.
  3. Deus manifesta o seu poder: Oração encurta a distância para os milagres. Derruba barreiras, o inimigo corre porque não consegue ficar perto da Presença de Deus. Oração abre portas, amplia nossa tenda.

“Alarga o espaço da tua tenda; estenda-se o toldo da tua habitação, e não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas.
 Porque transbordarás para a direita e para a esquerda; a tua posteridade possuirá as nações e fará que se povoem as cidades assoladas (Isaías 54:2-3)

REFLITA: Se a sua família (cônjuge, filhos) dependesse somente de sua oração, como estariam nesse momento?

“Oh Senhor, que o incenso das nossas orações suba sempre como aroma suave. Que o fogo do altar da nossa vida jamais se apague”.


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Jonas 3: Jonas e Deus: parceria bem-sucedida
            Certo homem ouviu uma ordem de Deus. Ele deveria, todos os dias, empurrar uma rocha que existia na frente da sua casa. Obediente, todos os dias ele empurrava o rochedo com todas as suas forças. O rochedo não se movia. Este homem, aborrecido, falou com Deus: - “Pai, estou aqui obedecendo, empurrando este rochedo e ele não se move. O que o senhor quer de mim? Estou cansado!” Deus respondeu: - “Eu mandei você empurrar, não mover a rocha. Quem move sou Eu, quando me aprouver. A sua função é empurrar. Você não percebeu a diferença, mas está mais forte, mais calejado, mais capacitado para a missão que terei pra você”. 

O que eu aprendo com esta ilustração e com a história de Jonas?

            Muitas vezes trabalhamos, corremos, labutamos, seja nos afazeres seculares ou mesmo na igreja e parece que nada acontece. Queremos resultados imediatos e sentimo-nos esgotados, frustrados. Tudo parece estagnado.

Aconselhamos pessoas e para nós, a solução é tão evidente. Temos a fórmula na ponta da língua. Ficamos aflitos, querendo resolver o problema do outro e o outro não nos compreende. Falamos da nova vida que somente Deus pode oferecer e, muitos, ouvem apáticos, não se movem, não se comprometem. Temos certeza que Deus poderia mudar totalmente sua vida, sua família e a indiferença que demonstram, nos prostra.
Angustiava-me ver pessoas passando por aflições, rejeitarem convites para ouvir de Deus, para serem saradas por Ele. Percebi o quanto estava errada. A obra e os resultados pertencem a Deus. Não preciso me afligir, preciso empurrar a pedra com alegria e, em oração, e esperar que Deus a mova, que o sobrenatural aconteça. 

Quantos pastores estão hoje queimados, esgotados porque oram, jejuam, trabalham e suas igrejas não crescem. Alguns ficam envergonhados porque ao fazerem apelo após a mensagem, ninguém aceita o desafio.

Isto é chamado de “complexo de Messias”. Jesus Cristo, o Único e verdadeiro Messias, não teve este problema. As multidões esperando e Ele retirava-se para orar (Lucas 5.16).

PALAVRA CHAVE: Dependência do Pai.
Como precisamos aprender com Jesus. Termos consciência (na prática, não somente na teoria) que a obra é de Deus e para sermos capacitados precisamos depender, nos abastecer n’Ele!
Como é complicado praticar esta verdade quando disparamos afoitos para fazer missões, para aconselhar! Entretanto, se não desenvolvermos este espírito de humildade, dependência, jamais teremos resultados eternos. Será tudo palha seca, que rapidinho será queimada.

Só o Espírito Santo de Deus convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (João 16.8)! Só Deus salva, por meio de Jesus Cristo!
Precisamos entender que a nossa função é trabalhar, empurrar a pedra. Os resultados, o mover do Espírito Santo competem a Deus.

PALAVRA CHAVE: Obediência
“Tem, porventura, o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à Sua Palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar...” (1 Sm 15.22).

            Jonas foge de Deus para não pregar em Nínive. Alega que Deus, na Sua bondade e misericórdia não traria juízo para os ninivitas. Seja qual for o motivo real, depois da fuga, da tempestade, de ter vislumbrado a morte de perto, Jonas torna-se capacitado para ser usado por Deus, torna-se parceiro de Deus na conversão do povo de Nínive.

O mesmo homem, a mesma mensagem e a ocasião propícia. Os historiadores comentam que Nínive tinha passado por grandes sustos: epidemias e um eclipse total do sol. Estavam, assim como Jonas, preparadinhos. O que Deus requer de nós para sermos usados por Ele? Capacidade? Não! Ele que capacita e prepara o coração do missionário e do campo missionário. Precisamos obedecer, sem questionar!

Para o missionário, Deus requer uma vida de obediência, dependência (1 Tm 4.12; 1 Sm 15.22); fidelidade (a mensagem deve ser entregue na íntegra, sem retirar ou adicionar nada) e  compromisso (João 6.66-69).

            Os ninivitas crêem em Deus (v.5). Todos, sem exceção, reconhecem a maldade que praticavam, o pecado; humilham-se, proclamam um jejum, vestem-se de panos de saco (v.6). Clamam a Deus, convertem-se do seu mau caminho (v.8) e Deus reconsidera e não os destroem (v.10). Este é o nosso Deus. Ele tem prazer em abençoar!

PALAVRAS CHAVES: Os resultados procedem de Deus (quando e como Ele quiser!)

“Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1 Coríntios 2:9).

QUE DEUS O ABENÇOE!


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Jonas 4: Jonas teima e Deus ensina misericórdia.

            O final da história é muito interessante. Jonas fica irado (v.1) porque Deus não destrói os ninivitas e, então, Jonas pede para morrer (v.3).

            Deus, com toda paciência, conversa com Jonas: - “É razoável essa tua ira?” (v.4). Jonas sai da cidade, assenta-se à sombra pra ver o que aconteceria com a cidade. Deus faz nascer uma planta que faz sombra para Jonas. No dia seguinte, envia um verme que fere e seca a planta. Ao nascer do sol, manda um vento e Jonas fica quase desfalecido, pedindo a morte.

1. Precisamos aprender com Deus sobre misericórdia.
“Sede misericordiosos, como também é misericordioso vosso Pai” (Lc 6,36)
            A palavra misericórdia vem do latim: miser (miséria) e cordis (coração). Deus tem misericórdia de minha vida. Ele coloca o Seu coração na minha miséria e me dá, por amor (Efésios 2.4), o perdão, a salvação que eu não mereço (Tito 3.5).

A reação de Jonas mostra egoísmo, imaturidade. Jonas priorizava mais seu conforto, seu bem estar, seu status social do que a vida de 120 mil pessoas. Quantas vezes nós também sofremos deste mesmo mal? Preocupamo-nos com a dor de cabeça de um familiar e somos insensíveis, sem misericórdia, com o sofrimento, muito mais profundo, do nosso próximo.

2. Deus intervém para que aprendamos com Ele!

Deus revela o seu poder, intervindo diretamente nas circunstâncias (v.6-8), na planta, no verme, no vento e no sol. Quando estamos alheios ao Seu projeto e caminhamos por atalhos, Deus intervém na nossa caminhada para nos despertar e reconhecermos a necessidade da mudança.

Certo pastor, conferencista renomado, com a agenda lotada para os próximos dois anos, ficou muito enfermo. No leito do hospital questionou. Como ficar ali, com todo potencial de comunicação, que Deus tinha lhe dado, completamente represado? Deus fala ao seu coração: - “Você tem falado muito de mim e pouco comigo. Tem carregado a obra sobre os seus ombros e isto tem gerado um peso enorme. Não é isso que Eu quero. Você está aqui para ser tratado por mim. Valorizo mais você do que o seu trabalho. Quero que aquiete o coração!

            Deus novamente, de modo didático, questiona a causa da ira de Jonas. O Senhor, com calma chama Jonas à razão. Pergunta-lhe como pode ter compaixão por uma planta efêmera e não ter misericórdia de uma grande cidade, com 120 mil pessoas.

3. Os resultados pertencem somente a Deus!

            Aqui eu aprendo também com a didática de Deus. Precisamos, ao aconselhar, não entregar a fórmula pronta e sim, conduzir a pessoa, sob a direção de Deus, a enxergar o que está acontecendo e a ter, por si mesma, a visão do que deve fazer. “... Não por força nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos” (Zacarias 4.6)

            Deus ensina a Jonas que a Sua motivação, os Seus valores são diferentes. Deus não valoriza o conforto e sim a renúncia. Pedro renunciou a tudo para seguir Jesus. Deus valoriza os perdidos, o perdão. Deus quer que todos se salvem (1 Timóteo 2.4).

            Que aprendamos, cada dia mais, a depender e obedecer a Deus, consciente que o resultado é obra e decisão exclusiva do Deus soberano!
DEUS ABENÇOE A SUA VIDA!




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Sábado, 13 de Novembro de 2010
Amigos,
        Acordamos com a ligação de um sobrinho contando que sua esposa tinha chegado em São Paulo e sido roubada na rodoviária (carteira com dinheiro, cartões de créditos, cheques). Veio ao meu coração: "São servos de Deus e Deus restitui tudo o que o inimigo leva porque ele não tem autoridade sobre nossas vidas". Realmente, uma hora depois a carteira foi encontrada, em plena rodoviária de São Paulo. Roubaram somente o dinheiro, mas este virá também, no devido tempo. É só descansar e confiar.
     Decidi postar hoje um estudo que ministrei num encontro de casais: "Deus que restitui". Espero que seja benção na sua vida.
     Deixe uma ‘blogueira’ feliz e comente... :)


DEUS QUE RESTITUI - 1 Samuel 30.1-20
            O Rei Davi passou por muitas lutas. Certo dia, Davi e 600 homens (1 Sm 22.2), deixaram suas esposas e filhos e foram guerrear contra os filisteus. Quando retornaram, encontraram o acampamento em Ziclaque queimado, saqueado e todos os filhos e esposas tinham sido levados cativos.
Você já perdeu alguém ou alguma coisa? Se sim, o que? Ministério? Honra? Alegria de servir a Deus? Alegria da Salvação? Primeiro amor? Perdeu a doçura? Oportunidades? Filhos, cônjuge? Perdeu a esperança? A paz?
Hoje, presenciamos o inimigo buscando atingir as famílias nas suas áreas vitais: Presença de Deus (vai desanimando, não busca mais a Deus); Relacionamentos; Dinheiro; Saúde, Amizades, Vida Profissional.
O que aprendemos com este texto?
1. O inimigo ataca de modo brutal, repentino. Temos que ficar vigilantes.
            Todos (v.2) foram atacados com ímpeto (v.1). Resultado do descuido, da falta de vigilância. Davi deveria ter deixado alguns homens tomando conta do alojamento.
            Muitos pais alheios, indiferentes. Não conhecem os amigos, os sites da internet visitados pelos seus filhos. Pais que preferem ficar dormindo domingo de manhã ao invés de levar os filhos pequenos na igreja poderão ficar acordados nas madrugadas, quando eles crescerem. 
           
2. Precisamos cuidar dos detalhes:
           Quais podem ser as derrotas, as perdas das famílias? Enfermidades, desemprego, dívidas, vícios, falta de perdão, acusações, ira. Às vezes, tudo começa com pequenos problemas. Como as raposinhas, vão destruindo aos poucos os vinhedos, os relacionamentos (Cantares 2.15). Vão comendo pelas bordas. Vagarosamente. Quando a pessoa percebe, grandes desastres já se instalaram.
James Dobson escreveu:
“Se entendêssemos a brevidade de nossas vidas aqui na terra, investiríamos em valores eternos.
Será que o cinqüentão se atiraria no adultério se soubesse com que rapidez estaria diante do Seu Deus?
Será que a mulher adoeceria por conflitos, sem importância, com parentes se soubesse quão pouco tempo lhe restava?
É a ilusão da permanência que distorce a nossa percepção e molda o nosso comportamento egoísta.
Quando os valores eternos surgem diante dos nossos olhos, nosso maior desejo é o de agradar ao Senhor”

  1. Temos que lutar contra os problemas, não contra os nossos amados:
Muitas famílias quando enfrentam problemas ao invés de se unirem pra lutarem contra eles; brigam, se acusam, piorando a situação. O mesmo aconteceu com Davi. Os seus amigos enraivecidos e amargurados, começaram a culpar Davi e planejavam matá-lo (v.6).
O que rola em sua casa? Como está a comunicação? Dueto ou duelo?
           Nunca grite! Um sábio disse: - “Sabe por que as pessoas gritam? Porque seus corações estão longe”. Não deixe seu coração afastar-se do seu cônjuge, dos seus filhos, dos seus amigos. Pode chegar um dia que a distância será tão grande que ficará difícil achar o caminho de volta.

4. O que fazer nas crises?
a. Lamente profundamente (v.4).
           Davi e os seus homens choraram até não ter mais forças para chorar. Chorar é legitimo. Precisamos estar sensíveis às situações. Não podemos aceitar as perdas.
Você já se conformou? Não fique apático, não desista dos seus filhos, do seu casamento. Vá à luta. Busque solução em quem pode ajudar. Chore, jejue, clame a Deus!

b. Busque ajuda em quem pode ajudar (v.8):
            Davi buscou direção em Deus (v.8) e Ele respondeu. Deus responde. Ele não desiste de nós.
            Davi, porém, se reanimou no Senhor, Seu Deus. Esta é a diferença entre Davi e aqueles homens. Visão do extraordinário, porque sem Deus nada podemos fazer.

c. ‘Partiu, pois, Davi’: Reanimado, Davi partiu (v.9):
Decida, parta em busca da sua família, da sua vida, da sua história. Parta com objetivos. Sem perder tempo, sem perder o foco, sem encurtar o caminho.
Parta com perseverança, sem desanimar. Muitos se cansam facilmente, desistem: Está muito difícil, não dá! Por isso, não conquistam. Falta fibra, atitude, disposição para mudar.
Sabe qual é a maior ilusão?  Continuar fazendo as mesmas coisas e esperar resultados diferentes
            Obstáculos virão: grandes e pequenos. Os homens encontram o ribeiro de Besor. Duzentos deles param ali e não prosseguem.
Você pode disser: - ‘Eu sou um destes duzentos. Estou parado em Besor, cansado demais pra prosseguir, faltam-me forças, condições, esperança. Já fiz tudo que os meus braços alcançavam e nada consegui’.  
Deus tem uma palavra também para você, como teve para aqueles duzentos homens que, de tão cansados que estavam, ficaram para trás. A próxima postagem será um estudo feito pelo Leomam para esta situação. Aguarde!

c. Busque a Deus, ore, leia a Bíblia. Restaure o altar de Deus em sua vida, no seu lar:
            Reanime-se em Deus. Deus sopra vida em ossos secos. Transforma espinheiros em videiras frutíferas. Deus transforma a amargura em doçura.
            Cruze o Ribeiro de Besor. Não pare, não desista, não desanime. Em Deus somos ousados. Persevere nas promessas de Deus.

5. Regozije-se: Deus restitui todas as coisas (v.18-19).
Não lhes faltou coisa alguma. Tudo foi devolvido. Satanás não pode fazer festa com o que é nosso (v.16)! Não deixe nada nas mãos do inimigo (nem as unhas - Ex 10.26). Somos a menina dos olhos de Deus (Zc 2.8).
            Clame a Deus e peça forças, direção para atravessar o Ribeiro de Besor e receber de volta tudo que você perdeu: ministério, alegria, familiares.  Não abra a mão daquilo que Deus lhe deu. O jogo ainda não acabou.
Deus é um Deus de poder, do impossível. Confie n’Ele. Deus restitui tudo o que o inimigo levou. Somente na Presença d’Ele há delícias perpétuas.
Que Deus guie a sua vida, farte a sua alma e fortaleça os seus ossos de modo que veja o resgate e o grande livramento do nosso amado Pai (Isaías 58.11-12).
DEUS O ABENÇOE!






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Domingo, 14 de Novembro de 2010
Cansado demais... 1 Sm 1.1-25
(adaptado de mensagem preparada pelo meu marido, Leomam)

            O Rei Davi saiu com seus 600 homens para guerrear contra os filisteus. Ao voltarem para o seu acampamento, em Ziclaque, encontraram tudo devastado, queimado, saqueado e suas mulheres e filhos tinham sido levados cativos pelos amalequitas. A dor foi muito grande (leia a meditação deste blog: “Deus que restitui”).
            Davi, orientado por Deus, parte com os seus homens para resgatar o que o inimigo tinha levado. Entretanto, ao chegarem ao Ribeiro de Besor, duzentos homens ficam para trás, porque não conseguem passar o Ribeiro, de tão cansados que estavam (v.10).
            Davi prossegue com os 400 homens, resgatam tudo que o inimigo tinha levado, não lhes faltando coisa nenhuma, nem grande e nem pequena (v.19).
            Davi e seus homens regressam e quando chegam ao ribeiro, Davi saúda cordialmente os 200 homens que tinham permanecido ali (v.21). Entretanto, os homens maus, de Belial, que foram com Davi, não queriam devolver o despojo que tinham resgatado, para estes 200 homens. Sugeriram a Davi que dessem a eles suas mulheres e filhos e os mandassem embora (v.22).
            Davi não concorda. Diz que a proteção e a vitória tinham sido dadas por Deus (v.23) e que todos receberiam partes iguais (v.24). Os que ficaram guardando a bagagem seriam igualmente agraciados.
           
            Muitas vezes li este texto e questionava, no íntimo, este grupo de 200 homens. Achava-os acomodados. Até que um dia, Deus me falou ao coração por meio de uma mensagem feita pelo Leomam. Então entendi mais uma vez como é imensa a misericórdia e o amor de Deus para conosco.
            Quando perdemos alguma coisa, nossa alegria, ministério, pessoas amadas, emprego, bens, sonhos pode ocorrer duas situações:
  1. Algo ainda pode ser feito e devemos fazê-lo com intrepidez, urgência e perseverança. (Leia a meditação anterior)
Deus não fará o que compete a nós, o que está dentro de nossas forças.
  1. O cansaço pode nos dominar e não temos forças e nem recursos para reagir.
O nosso estudo de hoje enfatiza este segundo grupo (200 homens) que nem conseguiram transpor o Ribeiro de Besor.

O que eu aprendo com estes 200 homens?
1. Tudo que temos é concessão de Deus.
            Muitas vezes somos maus mordomos, não cuidamos bem daquilo que Deus tem nos dado. Com a urgência de provermos recursos para nossas famílias, com as pressões e múltiplas opções do mundo moderno, descuidamos dos preciosos presentes do Pai. Abrimos brechas e elas podem levar a perdas.

a. Identifique o que perdeu:
            O que você perdeu ou está perdendo? Sonhos? Simplicidade? Alegria? Amigos? Familiares? Objetivos?
Muitos vão cauterizando os corações e nem percebem o que perderam ou estão perdendo. Quando menos a pessoa espera, o inimigo tenta levar o que é nosso.

b. Lamente, valorize (v.4)
            Chore, derrame a sua dor perante o Senhor. Chorar é terapêutico, mostra humildade, dependência. Confesse a Deus a sua incapacidade.

c. Davi se reanimou no Senhor (v.6).
            Homens, vocês são o sacerdote do lar (Efésios 5.23). Usados para restaurar. Busquem unção, direção do Pai para exercer este papel com dignidade. Deus capacita, restaura, concede nova disposição espiritual. Iniciem e perseverem no culto doméstico com suas famílias.
            Mulheres, se formos sábias edificaremos a nossa casa (Provérbios 14.1). Preciosa função. Porém, só a conseguiremos se buscarmos a orientação em Deus, em humildade, disposição, com os joelhos no chão.
Você tem se reanimado no Senhor?

d. Davi consultou ao Senhor (v.8)
            Deus orienta e dá uma promessa: Vai, porque tudo o que roubaram, será restituído. Entretanto, 200 homens não conseguiram ir. Cansados, ficaram guardando a bagagem no ribeiro de Besor.

2. Como recuperar o que perdemos quando estamos cansados demais?
            Muitas vezes nos sentimos fragilizados, impotentes diante de desafios.
Se você não sabe o que fazer, está sem recursos, a solução é somente uma: GUARDE A BAGAGEM (v.24).

O que é guardar a bagagem?
a. Não negocie, jamais, os valores de Deus.
Mantenha a fé, a esperança em Deus. Obedeça a Sua Palavra, seja exemplo
dos fiéis. Tenha uma vida honrada, comprometida com Deus e Sua vontade. Não deixe nada, nem ninguém tirar ou abafar a Presença de Deus na sua vida.
            Honre seus compromissos com Deus e com o seu próximo. Que o seu comportamento exale o bom perfume de Cristo, ao demonstrar responsabilidade pessoal e social, sendo abundantes em boas obras.
            Não tenha duas palavras, duas caras. Cumpra suas promessas. Seja sincero, honesto, verdadeiro, justo. Afaste-se de tudo que é mal. Alimente o seu caráter, seus pensamentos com tudo que é bom e que traga alegria:

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento... e o Deus da paz seja convosco”. (Filipenses 4.8)

b. Clame, persevere na oração ao Senhor.
            Peça a Deus misericórdia, que levante pessoas para ajudarem você.  Peça conselhos somente a quem pode ajudar: homens e mulheres comprometidos com Deus.
Tenha a certeza de que não está sozinho. “... porque maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo”. (1 João 4.4b)

c. Creia, espere pelo livramento. Deus lutará por você e restituirá o que você perdeu.      
            Você é o Israel de Deus. Se você não tem forças para lutar, Deus levantará pessoas para lutarem por você. Deus pode usar para isso até o próprio inimigo.
O inimigo não tem consideração, abandona um aliado, um egípcio. Deus usa este egípcio para ajudá-los. O próprio inimigo vai mostrar o caminho, vai devolver o que roubou. 
Conta-se que certa viúva cristã estava passando necessidades. Ligou para uma rádio pedindo uma cesta básica. Um bruxo assistia e disse: - “Eu vou rir deste povo crente”. Mandou seus servos fazerem uma despesa imensa no supermercado e levar até a casa da mulher. Quando ela perguntasse quem mandou, os servos diriam: - Foi o diabo. Os servos obedeceram e fizeram a maior compra possível, compraram de tudo, do bom e do melhor para tentar a viúva a aceitar. Quando iam transportando a despesa para dentro da casa da mulher, ela louvava a Deus e não perguntava quem tinha mandado. Até que um deles disse: - A senhora não vai perguntar quem mandou? A senhora respondeu: - Quando Deus manda, até o diabo obedece!
Deus levanta também seus servos para lhe ajudarem. Davi foi um homem segundo o coração de Deus porque sabia reconhecer que Israel nunca ganhou uma guerra porque lutou bem e, sim, porque Deus lutou por eles.

            Não sei o que você perdeu. Porém eu sei quem pode devolver: DEUS! Busque em Deus orientação, forças e que a sua esperança resida somente no Pai! O Único que pode mudar a sua sorte, a sua vida e restituir o que tiraram de você.
LOUVADO SEJA O NOSSO DEUS!
“Voltai à fortaleza, ó presos de esperança;
também, hoje, vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro” (Zacarias 9.12)

DEUS O ABENÇOE!
           








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Sexta feira, 12 de novembro de 2010

Quando a vida “descamba” e se faz escuro demais... (João  6.16-21)

“Ao descambar o dia, os seus discípulos desceram para o mar...” 
1. Quando o dia descamba e os ventos rijos querem nos derrubar,
confie: Deus não se esquece de você.
O dia descambou e tudo escureceu. Os discípulos descem, pegam um barco e enfrentam um mar revolto. Sentem-se frágeis e, o pior de tudo, Jesus ainda não viera ter com eles.
Sabe aqueles dias que tudo “descamba”? Tudo parece dar errado, sentimo-nos fracos, sem saber o que fazer e o cansaço nos domina? Você já se sentiu assim? Pequeno demais?
São tribulações que, eventualmente, passamos. Parece que Deus se esqueceu de nós. Ventos contrários querem nos abater. Tudo batalha contra nós. Porém, Jesus AINDA não viera. Isto anima o nosso coração. Há alguém que pode todas as coisas, que pode nos livrar. Há esperança. Não estamos perdidos.
Podemos esperar com confiança porque há um Deus que se inclina para nós quando clamamos por socorro (Salmo 40.1). A Presença de Deus não evita tempestade, mas garante o alento, o livramento.

2. Quando o dia descamba e já se faz escuro,
não tema: Deus não nos abandona.
Deus soberano, que conhece cada detalhe de nossa vida. Que tem o momento certo de tratar conosco e nada escapa do Seu controle.  Nada pega Deus de surpresa. Ele está assentado no Seu alto e sublime trono (Is 6.1), mas declara que somos a menina dos Seus olhos (Zc 2.8); que tatuou o nosso nome nas palmas de Suas Mãos (Is 49.16a), que nos deu o Seu sobrenome (Is 45.4) e promete que jamais nos abandonará (Sl 94.14).
E Jesus vem, andando por sobre o mar. Acima dos nossos problemas, dos nossos medos, das nossas dores, das ondas altas que querem nos derrubar, nos dominar. Os discípulos ficam com temor do vulto que se aproxima. Mas Jesus Cristo acalma os seus corações, traz uma Palavra de conforto: “Sou Eu. Não temais”.

3. Quando o dia descamba e o mar começa a empolar-se,
espere: Deus pode mudar a nossa história.
Jesus Cristo vem ao nosso encontro, para nos resgatar e mudar a nossa sorte. É questão de confiar e esperar. Deus que transforma as impossibilidades em bênçãos. Toma a nossa mão e nos leva até o nosso destino. Entretanto, a benção de Deus é condicionada ao compromisso que temos em obedecê-Lo. Tem muitos que querem os milagres mas não buscam a Deus, não assumem compromisso com a Sua vontade.

Certa feita o pastor Magno V. Paterline perguntou: - “Todos os caminhos levam a Deus?” E a resposta que deu foi: - “Sim, todos os caminhos levam a Deus, porque no Juízo final toda língua confessará, todo joelho se dobrará na Presença de Deus”. Mas este pastor completou: - “Entretanto, somente UM caminho leva ao Pai. Jesus Cristo é o Único caminho: ‘... Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida, ninguém vem ao Pai senão por Mim” (Jo 14.6).
Não há comunhão entre luz e trevas, entre o Santo e o impuro. Jesus Cristo derramou o Seu sangue na cruz para nos limpar de todo o pecado e permitir que cheguemos (purificados) na Presença de Deus.

            Em qualquer tempo que você viva (pleno sol ou tempestade), lembre-se: a vida só tem sentido na Presença do Pai.
“Senhor, eu reconheço que tenho pecado em pensamentos, palavras e atitudes. Peço perdão e que o sangue de Jesus me limpe de todo este pecado. Quero obedecer a Sua vontade, quero ter um compromisso com o Senhor e com a Sua igreja. Ensina-me a Te agradar com a minha vida. Em nome de Jesus. Amém”.

Se você fez esta oração e quer saber mais a respeito, nos procure. Teremos imenso prazer em conversar com você. Tenha certeza: a paz de Deus inundará o seu coração e a sua vida se revestirá de algo novo. Deus quer se relacionar com você, acalmar a tempestade do seu coração. Deus tem um projeto para sua vida.
Mas lembre-se: o mais prazeroso, o maior milagre, o melhor de tudo é desfrutar da Presença de Deus! É bom demais! Não adie esta maravilha na sua vida!
QUE DEUS O ABENÇOE!


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SABEDORIA
“Ensina-nos a contar os nossos dias,
para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12)

Moisés pede a Deus que o ensine a valorizar cada dia, cada oportunidade de modo a obter um coração sábio (Sl 90.12). Este versículo, muito utilizado em aniversários, gera a pergunta: o que é a sabedoria?
O sábio Salomão nos ensina (Pv.1.7) que a sabedoria procede de Deus e o seu princípio é o temor do Senhor.
Sabedoria é diferente de cultura, de inteligência, de ciência. Sabedoria é saber tomar decisões corretas num mundo agitado e repleto de cobranças imediatas.  Estudos mostram que um empresário toma, em média, nove decisões por minuto.
Quais as características de uma vida sábia?  Com base na Palavra de Deus, pensei em alguns tópicos:

1. Simplicidade:
Em vindo a soberba, sobrevém a desonra,
mas com os humildes está a sabedoria (Pv 11.2).

O sábio encara o mundo com os olhos tranqüilos, sem complicações. Sabe perdoar, não armazena mágoas, é tolerante, respeita as diferenças e os limites do próximo.
Sábio é aquele que não cultiva porões escondidos, cantos escuros. Sábio é quem teme ao Senhor (Pv 1.7), pede perdão dos pecados cometidos, crê no perdão do Pai e também se perdoa.
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida,
para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir.
Mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e Deus;
e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”(Is 59.1-2)

2. Prioridades:
“Não te fatigues para seres rico;
não apliques nisso a tua inteligência” (Pv 23.4)

É sábio quem se satisfaz com pouco. Há quem diga que rico não é o que tem mais posses, mas aquele que vive feliz com menos. A ansiedade com o futuro, muitas vezes, nos faz esquecer o presente e adiar aquilo que nos faria felizes, realizados.
Quais têm sido seus valores? Suas prioridades? Tem valorizado as amizades? Tem apreciado a natureza? Tem o coração aberto para mudanças?
Os noruegueses dizem: “Não existe clima ruim e sim roupas inadequadas”. O que significa isto? Significa que as dificuldades, as intempéries não devem prejudicar nossos sonhos, nossos alvos. Que devemos estar sempre dispostos a refletir e a mudar os conceitos, atitudes, sempre priorizando guardar os valores eternos, o padrão que Deus nos ensina (integridade, honra). Estes valores são inegociáveis.
Que possamos abandonar tudo aquilo que impede ou dificulta nossa comunhão com Deus. A mulher samaritana deixou o cântaro. Pedro deixou o barco. O que tem prendido você e atrapalhado sua plena intimidade com Deus?
Será que não está na hora de você remover o que atrapalha e se consagrar por inteiro a Deus. Pedir perdão, adorá-Lo? Fazer uma aliança com o Senhor?
Que buscar Deus seja a prioridade de nossas vidas: “Entrega o teu caminho ao Senhor, confia n’Ele, e o mais Ele fará” (Sl 37.5)

3. Autenticidade
“Não tenha o teu coração inveja dos pecadores;
antes, no temor do Senhor perseverarás todo dia.
Porque deveras haverá bom futuro; não será frustrada a tua esperança.
Ouve, filho meu, e sê sábio; guia retamente no caminho o teu coração”(Pv 23.17-19)

Seja autêntico. Não queira agradar a todos. É impossível. Quando fazemos isso nos tornamos escravos dos outros.
            Evite se comparar com os outros. Compare-se consigo mesmo. Procure superar os seus próprios limites e não superar o do outro. Sonhe em ser melhor hoje do que foi ontem. Melhor amanhã do que é hoje.

4. Visão da eternidade:
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida,
somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co 15.19).

            Ter consciência de um Deus Presente, Deus de amor. Quem crê num Deus que ressuscita os mortos, que dá vida a ossos secos, num Deus de poder e graça, não pode ser triste. Quem encontra e pratica a verdadeira sabedoria é feliz (Pv 3.13) e será salvo (Pv 28.26) porque tem a mesma compreensão de Jó: “Porque eu sei que o meu Redentor vive...!” (Jó 19.25).
Você sabe? Saber isso faz toda a diferença em nossa vida. Traz o temor ao Senhor, traz alegria, traz sabedoria, a certeza que não estamos sozinhos.
Que o nosso amado Deus, Deus do renovo, do recomeço, das oportunidades nos faça, a cada dia, mais sábios, mais felizes, mais realizados e, principalmente, mais submisso, cumprindo o projeto que Ele tem para nós, desde a antiguidade.

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura, as coisas antigas já passaram; eis que se fizerem novas” (2 Co 5.17)




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Estendendo os ramos (Gênesis 49.22-26)
v.22: José é um ramo frutífero, ramo frutífero junto a fonte;
seus galhos se estendem sobre o muro.
v.23: Os flecheiros lhe dão amargura, atiram contra ele e o aborrecem.
v.24: O seu arco, porém, permanece firme, e os seus braços são feitos ativos pelas mãos do Poderoso de Jacó, sim, pelo Pastor e pela Pedra de Israel,
v.25: pelo Deus de teu pai, o qual te ajudará, e pelo Todo-Poderoso,
o qual te abençoará com bênçãos dos altos céus,
com bênçãos das profundezas, com bênçãos dos seios e da madre.
v.26: As bênçãos do teu ai excederão as bênçãos dos meus pais até o cimo dos montes eternos; estejam elas sobre  cabeça de José e sobre o alto da cabeça
do que foi distinguido entre seus irmãos”

            A história de José (por volta de 1700 a.C) é impressionante. Este homem, 11º filho de Jacó (bisneto de Abraão) foi vendido pelos seus irmãos. Levado como escravo para o Egito tornou-se empregado de Potifar (oficial do faraó). Foi caluniado, preso injustamente até que ao desvendar um sonho do faraó foi eleito governador do Egito.
            José é um exemplo de homem de Deus. Seguiu os princípios e a fé dos seus ancestrais (Abraão, Isaque, Jacó). Demonstrou uma fidelidade ímpar a Deus, mesmo nas tribulações. Sua vida ensina-nos dependência, esperança, perdão, visão clara da soberania de Deus. As dificuldades que enfrentou dentro e fora de sua família (Gênesis 37-39) não o afastaram da fé.
Homem aprovado por Deus pela sua integridade. José ensina-nos a não negociar valores, a guardar e praticar os ensinamentos de Deus. Oxalá Deus ache em nós desejo ardente de acertar, de fazer a vontade d’Ele, como encontrou no coração de José.
O texto bíblico mostra a benção de Jacó sobre a sua vida e ensina-nos o que Deus pode e quer oferecer a todos que O buscam, em Espírito e em verdade.
            O que este texto nos ensina?

1. Para sermos ramos frutíferos, precisamos estar junto a fonte (v.22).
            Deus é a fonte inesgotável de orientação, de sustento. O maior objetivo do inimigo é querer nos tirar de perto da fonte. São muitas as suas armadilhas: desavenças, contrariedades, crises, palavras duras... Mas nada, nem ninguém pode nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus (Romanos 8.38-39). ALELUIA!
            Somos chamados por Deus para sermos ramos frutíferos. A flecha que vem do inimigo pode nos aborrecer, mas não nos paralisa (v.23-24). Os inimigos podem pelejar contra nós, mas não prevalecerão. As nossas raízes são profundas, alicerçadas em Deus.
            Deus nos concede a fonte inesgotável da unção fresca da Sua misericórdia, como o orvalho constante, silencioso, abundante, presente especialmente na escuridão (Oséias 14.5). Quando tudo parece complicado demais, sombrio demais, silencioso demais, Deus está presente, fortalecendo, restaurando, fazendo brotar algo novo.
           
  1. Nas adversidades, Deus segura nossos braços e nos faz firmes (v.23-24).
Deus é nossa fortaleza e nos ajuda a frutificar, a sermos ativos mesmo nas
provações. Muitos dizem que não podem assumir compromissos porque estão passando por lutas. Porém, a obra não é nossa, ela é de Deus. Se Deus nos chama, Ele também nos capacita.
Há quem diga: Quando eu me casar, me dedicarei mais a Deus. Outros dizem que vão esperar os filhos crescerem ou entrarem na faculdade ou se aposentarem. Nossa vida é como um trem, as estações vão passando e, muitas vezes, ficamos apáticos, sempre aguardando novas ocasiões e perdemos as oportunidades de conhecer quem viaja conosco, de aproveitar a paisagem, de fazer algo frutífero, abençoador.
Tenho aprendido que, ao aconselhar alguém, muitas vezes com o coração triste, preocupado; eu mesmo me animo. Aos nos esforçarmos para levantar alguém que caiu, nossos pés se firmam.  
José nos ensina a fazer diferença onde estivermos, não importa a situação ou o momento em que vivemos. Potifar percebeu que tudo que aquele escravo fazia prosperava (Gn 39.3). Na prisão, encontrou mercê da parte do carcereiro, tornando-se responsável pelos prisioneiros (Gn 39.21-22). Era sensível à dor dos seus companheiros de prisão (Gn 40.6-7). Construiu uma história digna, respeitável, íntegra como governador do Egito (Gn 41.52, 55).

  1.             Deus amplia nossas fronteiras e nos ensina a frutificar (v.22, 26).
Junto à fonte, os nossos galhos se estendem sobre o muro. Somos chamados
para superar barreiras, sejam quais forem.  Somos chamados para frutificar.
Quais são os frutos? Frutos de arrependimento (Mt 3.8); da bondade (Mt 7.16-18); do compartilhar do Evangelho (Mt 28.19-19); das atitudes honradas (Is 58.6-7).
            As promessas do Deus Eterno são tremendas: florescer como a linda flor do lírio que representa nobreza, doçura; estender raízes profundas como o cedro do Líbano, que simboliza força e longevidade; estender os ramos com o esplendor da oliveira, exalando o frescor da fragrância do Líbano. Ser sombra para o sedento; cereal para o faminto; esperança como o florescer da vide e ilustre como o vinho do Líbano. Louvado seja o nosso Pai, que ouve o nosso clamor, cuida de nós e faz brotar o bom fruto!  (Oséias 14.4-8).

PARA REFLETIR:
  • Você tem vivido uma vida estéril? Há coisas que você deseja fazer e não consegue?
  • Você conhece as promessas de Deus? A Palavra de Deus tem muitas promessas. Entretanto, se o amor de Deus é incondicional (Ele ama a todos igualmente); a Sua benção é condicional à obediência.
    • Pense em quais áreas você tem desobedecido a Deus. Disponha-se a mudar. Rompa com a esterilidade; anuncie novos tempos, junto à fonte Suprema que é Deus.
    • Peça perdão a Deus pelos pecados (palavras, atitudes, pensamentos, sentimentos) e peça que Ele retire qualquer tipo de aridez do seu coração e derrame sobre sua vida a unção transformadora, que faz florescer, frutificar, mesmo em tempos de sequidão.

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Um comentário:

Anônimo disse...

Parabéns!Seu blog é muito abençoador!!!Comecei lendo o texto "Fitos em Deus"(por Maurílio Christovão) Foi muito edificante cada mensagem e cada palavra sua. Regina Helena, a maneira com que compartilha a Palavra de Deus de maneira tão profunda e nos detalhes. Um Deus maravilhoso que se manifesta nos detalhes na natureza!Que o Senhor te abençoe mais e mais e continue te inspirando muito! Um abraço! Ei