“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


segunda-feira, 5 de agosto de 2019

"Deus que ouve, Deus que se importa comigo e com você"



Gênesis 21.8-18
Isaque nasce!
        Deus aparece e diz para Abraão que o faria fecundo, pai de numerosas nações) e, finalmente, quatorze anos após o nascimento de Ismael (filho de Abraão com Agar, serva de sua esposa, Sarai), Deus concede o filho prometido.
Isaque nasce e é desprezado pelo seu meio-irmão, Ismael.
        Certa madrugada, Abraão, acuado pelos freqüentes conflitos familiares e, orientado por Deus, entrega pão e água a Agar e a despede. 

Agar retorna ao deserto. 
        Na primeira ida de Agar ao deserto (Gênesis 16), Ismael estava em seu ventre. Agora, pela segunda vez, Agar se depara com o deserto de Berseba. Só que agora, a situação era pior.
        Agar não estava foragida por decisão própria. Estava ali forçada, por determinação de Abraão. Não tinha a alternativa de voltar. Sente-se traída, rejeitada. Não tivera culpa. Fora usada por sua senhora e agora, quando mais precisava de um ombro amigo; encontrava-se só, com seu filho, morrendo, num deserto.
        Quando acaba o suprimento, Agar deixa o menino sob um arbusto e se afasta, desesperada. Vai caminhando, chorando, por cerca de duzentos metros. Não quer presenciar a morte do seu filho. A garganta seca e o sol inclemente do deserto a sufocavam. Tinha consciência de que animais selvagens deveriam estar à espreita, prontos para devorá-los. Agar, então, procura apoio, clama ao Único que poderia ajudá-la (Gn 21.8-21) e Deus fala com Agar:
“Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão, porque Eu farei dele um grande povo” (Gn 21.17-18).

Este é o nosso Deus, Deus que ouve o nosso clamor, que se importa com a nossa dor. Deus que se deixa achar quando O buscamos de todo nosso coração.
Busque a Deus. Ele prometeu:
        Então, me invocareis, passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei. Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. 
 (Jr 29.12-14).

"Deus que vê, Deus que acode e acolhe"


Por volta de 2.000 anos a.C., Abrão e Sarai, peregrinavam rumo a Canaã, terra fértil, onde construiriam uma grande linhagem, conforme promessa de Deus (Gn 15.1, 5). Mas, o tempo passava e Sarai não gerava filho. Um dia, já com idade avançada, Sarai procura Abrão e diz: - “Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, Agar, e assim me edificarei com filhos por meio dela” (Gn 16.2). 
        O projeto de Sarai se cumpre. Agar, sua escrava egípcia, engravida. Mas, ao invés de trazer alegria, gera confrontos e tristeza. Sarai, desprezada por Agar, pela sua infertilidade, revida e humilha Agar. A situação fica tão insustentável que Agar foge para o deserto.
        No deserto de Sur, a caminho de sua terra, o Egito, Agar senta-se junto a uma fonte de água. Um anjo de Deus aproxima-se, ordena que ela volte para junto de Sara e diz que o seu filho deveria ser chamado Ismael que significa: “porque O Senhor te acudiu na tua aflição”.
        Ali, no deserto, angustiada, Agar declara: - “Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?” (Gn 16.13). Agar obedece. 


Olhe para o Deus que vê... 
Deus que conhece o tamanho da sua luta. 
Deus que acode e acolhe.
Deus que transforma o deserto da dor em mananciais de alegria.

Disse Jesus: "Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados e Eu vos aliviarei" (Mateus 11.28)