Conta uma lenda que uma mulher muito
pobre, com uma criança no colo, foi convidada por uma ‘voz misteriosa’ a entrar
numa caverna e apanhar tudo que desejasse, no decorrer de 5 minutos. Após este
tempo, a porta se fecharia para sempre. A voz lembrava: - ‘Não se esqueça do principal’.
A caverna estava lotada de ouro e pedras preciosas. A mulher colocou a criança
no chão e, freneticamente, catava tudo que podia. A voz disse: - ‘Falta um minuto’. A mulher
saiu correndo da caverna com os braços cheios de riqueza e ouviu a porta se
fechar atrás de si. Então, lembrou-se da sua filhinha que tinha ficado dentro
da caverna, para sempre.
Assim pode ser a vida. Preocupação em
‘catar, catar e catar’ e, perde-se o principal, os relacionamentos (com Deus,
família, amigos). Triste troca, estúpida prioridade.
Certo homem, chamado Josias, reinou
durante 31 anos (636-609 a .C)
sobre Judá (2 Cr 34.1). Construiu um legado admirável e exemplar que muito nos
ensina:
1. No mundo espiritual, a genética
não é decisória sobre o nosso futuro.
Repetir os erros dos pais, dos que
convivem conosco é decisão pessoal. Precisamos respeitar os marcos antigos
de nossos pais da fé e não, necessariamente, dos nossos pais biológicos.
Josias não seguiu os caminhos do seu
pai Amom, homem culpável perante Deus (2 Cr 33.23-25). Entretanto, mudou a
história do seu povo quando decidiu fazer o que era reto perante o Senhor (2 Rs
22.2). Sábia decisão!
2. As nossas decisões podem afetar
o presente e o futuro dos que convivem conosco.
Josias não deixou que o povo continuasse
no erro (2 Cr 34.33).
‘Tudo que fazemos ou falamos coloca
em funcionamento engrenagens,
com efeitos irreversíveis, imediatos
e eternos’ (Rev. Magno Paterline).
Este conhecimento nos desafia a zelarmos
por nossas atitudes e palavras visando melhorar o nosso futuro e o futuro dos
que partilham esta jornada conosco.
Os resultados de nossas decisões respingam
em todos que convivem conosco.
Devemos ainda cuidar pela escolha dos
nossos líderes. Suas decisões podem abençoar ou amaldiçoar nosso futuro.
3. Quando decidimos buscar a Deus,
Ele se deixar achar e o nosso destino é transformado:
“Buscar-me-eis, e me achareis,
quando me buscardes de todo o vosso
coração.
Serei achado de vós, diz o Senhor,
e farei mudar a vossa sorte…” Jr 29.13-14
Josias experimentou esta promessa de Deus.
Buscou a Deus com arrependimento e choro (2 Rs 22.19) e Deus permitiu que a Sua
Palavra (onde expressa a Sua vontade) fosse encontrada. Josias faz aliança com
Deus (2 Rs 23.3) e uma profunda reforma religiosa. A sorte de Josias e do seu
povo é mudada.
Hoje, há igrejas doutoras em grandes
ajuntamentos solenes, algumas travadas e ritualísticas, outras recheadas de
emoções. Muitas delas lideradas por catedráticos titulados, mas, a Palavra de
Deus foi-se do seu coração. Foi-se a comunhão; o relacionamento com o Pai, com
os irmãos de fé; o rumo, a diretriz.
“O meu
povo está sendo destruído,
porque lhe
falta do conhecimento...” (Oséias 4.6)
Está faltando a busca de Deus e da Sua
Palavra com entusiasmo, com CAFÉ (Coração, Alma, Força e Entendimento) para um novo
vigor, mesmo nas intempéries (Marcos 12.30).
4. A busca
de Deus traz foco, prioridades honradas, projeto de vida.
Josias tinha projeto de seguir a Deus
(submissão); guardar a Sua Palavra (fidelidade) e cumpri-la, em todo tempo
(obediência) (2 Cr 34.31). E a sua sorte foi mudada! Josias deixou um legado
digno.
“Antes dele não houve rei que lhe fosse
semelhante,
que se convertesse ao Senhor de todo o seu
coração,
e de toda a sua alma, e de todas as suas
forças,
segundo toda a Lei de Moisés, e depois
dele, nunca se levantou outro igual” (2 Rs 23.25).
Que tragamos a Palavra de Deus em nosso coração,
que estejamos mais próximos do Pai e de
Sua vontade,
construindo um herança incorruptível!
A ELE e, somente a ELE, toda Glória e toda
nossa adoração!!!!
Soli Deo Gloria!!!
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