“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

'Domínio Próprio'

Aprendendo com os gatos domésticos (Felis silvestris catus)
Texto Bíblico: “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu... tempo de estar calado e tempo de falar...” (Ec 3.1)

            Fico encantada observando o jeito e os trejeitos singulares de um gatinho. É irresistível a sua independência, sua curiosidade, a graciosidade de seus movimentos. Se, por um lado, aprecia companhia, por outro não admite a falta de liberdade. Sabe exatamente aonde quer ir, ficar, o que comer. Expressam com clareza suas emoções seja prazer, fome, irritação, medo com sons específicos, movimentos do corpo, eriçamento dos pêlos. Quando felizes, amolecem o corpo e ronronam. 
       Estudos mostraram que a presença de gatinhos auxilia no tratamento de pacientes depressivos e também na redução de problemas cardiovasculares.
Pipoca: nossa charmosa gatinha.
            Limpam seu pêlo com a língua e, cuidadosamente, escondem seus dejetos com terra. Demonstram admirável noção espacial, girando o corpo e aterrissando em pé durante uma queda, usando com maestria o rabo pra se equilibrarem. 
           Prudentes e desconfiados, observam atentamente antes de tomar uma direção ou mesmo se achegar perto de estranhos. Cada novidade é identificada, observada, cheirada, tocada e, se possível, dominada.
            
Durante décadas valorizou-se o quociente de inteligência (QI) do homem, índice resultante de testes que analisam a capacidade cognitiva. Entretanto, nas últimas décadas tem se enfatizado o conceito de inteligência emocional (Goleman, 1995) que considera a capacidade de entender e saber lidar com as suas próprias emoções (domínio próprio); sentimentos do próximo e também com o inesperado.
  
Lembro-me que, ao participar de algumas comissões na universidade, aprendi muito com um colega. Diante de assuntos controversos ele ouvia atentamente os argumentos e aguardava com paciência. Finalmente, se manifestava. Então, todos se calavam e a ordem era estabelecida. Considerando os diferentes argumentos e construindo uma visão global dos prós e dos contras, dos sentimentos e das necessidades do grupo e do tema, ele se posicionava com sabedoria. Uma pessoa que sabia exercitar a liderança, incentivar o grupo e ajudar a reduzir os conflitos.

Com tudo isso aprendo a não me precipitar em conclusões, julgamentos e a praticar o domínio próprio. Aprendo que devo avaliar o ambiente, as condições, as pretensões do outro, antes de me posicionar. Devo ainda estabelecer os meus limites e, quando cair, devo cair de pé, pronto para prosseguir. 
Difícil não é mesmo? Mas não estamos sozinhos. Domínio próprio é um atributo do fruto do Espírito Santo (Gl 5.22-23), concedido a todos os que crêem e, sem dúvida, é uma qualidade essencial para a convivência diária. Quem buscar praticá-lo nos seus relacionamentos evitará conflitos e poderá gozar de uma vida de qualidade.

Para Refletir: Tenho buscado conhecer e praticar o fruto do Espírito Santo? Tenho exercitado domínio próprio e evitado confrontos? Tenho estabelecido limites baseados na Palavra de Deus e não negociado seus valores?

Oração: “Pai de amor, obrigado porque quando recebi Jesus como meu Salvador pessoal, tornei-me moradia do Espírito Santo que tem me ensinado amor, alegria, perdão, domínio próprio... Peço perdão pelas vezes que tenho, por rebeldia, me precipitado e desobedecido. Que o Seu Espírito tenha liberdade de atuar em minha vida de modo que eu cresça em santidade e graça diante da Sua presença e dos homens. Amém!”


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