Altruísmo: Aprendendo
com as formigas (Atta spp)
Texto Bíblico: “Tendo purificado a
vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal
não fingido, amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22-23)
As formigas, admiradas pela sua união,
trabalho incansável e previdência, armazenam alimento para épocas de escassez.
Apesar de sua pequenez e de serem, muitas vezes rotuladas, injustamente, como
símbolo de insignificância ('Não faço mal a uma formiga...'), muito nos ensinam:
Muitos acreditam que elas se alimentam de folhas e, no entanto, o
seu alimento preferido são os fungos cultivados sobre estas folhas
trituradas.
2. Sempre é hora de
recomeçar.
Quando um formigueiro é destruído, rapidamente, elas
iniciam um novo. São capazes de construir formigueiros que são admiráveis obras
de engenharia com túneis extensos e câmaras diferentes de acordo com sua função
(berçário e estocagem de alimentos), num emaranhado complexo e eficiente.
Assim deve ser, se não estabelecermos alvos e perseverarmos neles, ficaremos à deriva, mesmo que o vento sopre a favor.
Assim deve ser, se não estabelecermos alvos e perseverarmos neles, ficaremos à deriva, mesmo que o vento sopre a favor.
3. Relacionamentos resultam da comunicação e altruísmo.
Quando estão nos carreiros (trilhas) e encontram companheiras
param, trocam um “cheirinho” pelas antenas e, nesta troca de odores, informam a
localização de fontes de alimento e as condições do estado de nutrição da
outra. Se preciso, a que está com o papo cheio regurgita, doando alimento para
a parceira.
Ah, como precisamos aprender a trocar idéias, possibilidades, a sermos generosos com os colegas de jornada:
Ah, como precisamos aprender a trocar idéias, possibilidades, a sermos generosos com os colegas de jornada:
"Se quiser ir rápido, vá sozinho.
Se quiser ir longe, vá em grupo" (Provérbio africano)
Quem semeia, colhe. Um dos pesquisadores mais produtivos que eu conheci não tinha receio de competição. Distribuía idéias para pesquisas, compartilhava resultados e publicava muito.
Quem retém, míngua. Quem só ajunta e não
espalha fica estagnado, como água parada. Quem não é fonte e não flui, é poço
de armazenamento e, como tal, sujeito a contaminações (porque não se renova) e, finalmente, torna-se um grande candidato a extinção.
Richard Dawkins, da Universidade de Oxford, autor do “O gene egoísta” relata que somos reféns dos nossos
genes. Segundo ele, os genes nos controlam e nos obrigam a negociar, o que for
preciso, a fim de multiplicá-los para próximas gerações. Segundo William Hamilton não existe altruísmo na natureza. Os
insetos sociais se sacrificariam pelo ninho para que os seus próprios genes,
presentes em suas irmãs, possam sobreviver.
Entretanto, para o ser humano e, até mesmo, para muitos animais*,
percebemos que não é bem assim. A história mostra que muitos homens e mulheres
têm sacrificado suas vidas em prol de pessoas desconhecidas:
David Livingstone (1813-1873),
missionário médico escocês, foi para África e se dedicou ao povo africano. Cuidou
de enfermos, combateu tenazmente o tráfico de escravos e contribuiu para o
conhecimento dos recursos ambientais da África. Encontrado por jornalistas, magro,
enfraquecido pela malária, não aceitou retornar à Inglaterra. Morreu ajoelhado,
ao lado de sua cama, orando. O seu coração foi enterrado sob uma árvore, em
solo africano e o seu corpo levado para Londres, onde foi sepultado na Abadia
de Westminster.
Interessante relatar que a história conta que, anos depois, missionários
voltaram para África e, ao falarem de Jesus e do seu imenso amor, ficaram
surpresos quando os nativos disseram que tinham conhecido Jesus e que Ele
tinha vivido entre eles. Referiam-se a Livingstone. Confundido com o próprio
Cristo. Isto é ser de fato cristão.
É bom ressaltar ainda que o verdadeiro altruísta se doa com
amor, sem lamentar as perdas, o cansaço, o desgaste, enfim, sem divulgar. A sua
mão esquerda desconhece o que faz a direita (Mt 6.3). Caridade, assistência
feitas com exigências e alardes deixam de ser altruísmo e se tornam mero exibicionismo.
Para Refletir: Temos sido altruístas ou exibidos no
nosso dia a dia? Temos lutado para que a nossa vizinhança, nossa cidade, nosso
país seja melhor ou temos sido coniventes com padrões éticos e morais
corrompidos?
Oração: “Senhor, ensina-me a ser imitador de Jesus Cristo. Tira o
egoísmo do meu coração e faz de mim uma pessoa amorosa, disponível, altruísta. Em
Jesus, amém!”
* http://destilardosfavos.blogspot.com.br/2013/03/reservatorio-ou-canal-de-bencao.html
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