“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


segunda-feira, 2 de setembro de 2013

'Três coroas: Qual você escolhe?'

Quando eu era pequena, minha irmã Maria Luiza fazia curso de Declamação e eu ficava embevecida, ouvindo-a recitar.
Muitas poesias me emocionavam, sobremaneira.
Decorei quase todas e, algumas, até tive oportunidade de recitar na igreja.

Segue uma delas que faz com que reflitamos sobre o que realmente tem relevância e durabilidade: Riqueza, poder, glórias?

AS TRÊS COROAS (Guilherme de Almeida)

“Na sala de um museu, três coroas conversavam...
A primeira, a que era de ouro, disse às outras:
- ‘Eu pertenci a um rei, e curvei meu rei como uma pluma,
Ao peso bom de minhas jóias tutelares.
Tive um reino a meus pés, com soldados, teares,
E torres brancas e altas como luas,
E searas mais maduras, mais louras do que o sol,
E navios enormes como os templos de Deus e os palácios dos homens.
Fui tudo: rica, poderosa e bela...
Tive um rei a meus pés, e o céu sobre nós dois...
Depois, pesei demais sobre a cabeça velha e cansada de meu rei...
E caí. E puseram-me aqui’.

A segunda coroa, a coroa de louros, falou:
- ‘Nasci na Grécia, fui o gênio verde que abençoa
E, inatingível como uma promessa,
Gesticulei na porta viva do meu loureiro,
Chamando os poetas e os heróis do mundo inteiro!
Junto a mim, sobre a copa redonda e alta,
Eles cantaram e lutaram, estenderam-me os braços, e passaram...
O amor passou também, com suas flautas e suas danças,
E também o amor ergueu seus braços para mim.
Nem sei bem qual foi a mão que me colheu, porque logo, murchei...’

A terceira coroa, a que era de espinhos, disse às outras:
‘Eu fui uma urze dos caminhos!
Vivi só, sempre só, escondendo veneno sob o pó.
Mas um dia, enrolaram-me na cabeça de um homem que era belo como o sol.
E puro como o fogo, e branco e bom como a promessa...
E sofrendo, e sofrendo Ele morreu comigo!
Só então fiquei sabendo, que eu valia tesouros e tesouros,
Mais do que as coroas de ouro e que as coroas de louro...
Porque eu coroei o Rei dos Reis.
Coroei os heróis do mundo inteiro.
Eu coroei todos os homens
E ainda, não murchei!!!

E jamais murchará porque: 
'Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, 
e sabedoria, e força e honra, e glória, e louvor... 
Àquele que está sentado no trono e ao Cordeiro, seja o louvor, 
e a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos' (Ap 5.10-11) 

Prostemo-nos e adoremos ao Senhor, nosso Salvador e Rei!
Túmulo vazio: 'Jesus ressuscitou'!

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