(by Deborah) |
“Então, Rispa, filha de Aiá,
tomou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio
da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu; e não deixou que as aves do céu
se aproximassem deles de dia, nem os animais do campo, de noite” (2 Sm
21.10).
Qual o contexto histórico (2 Samuel 21)?
Tempos
de fome, por três anos consecutivos. Davi consulta ao Senhor e Deus lhe diz que
esta penúria era resultado da culpa de sangue sobre Saul e sua casa por ele ter
matado injustamente os gibeonitas. Havia uma promessa feita por Josué de que os
gibeonitas seriam poupados por Israel (Josué 9.15-20).
Davi então
procura este povo e pergunta o que deveria fazer para que a herança do Senhor
fosse abençoada (2 Sm 21.3). Eles pedem a morte, por enforcamento, de sete
filhos de Saul em Gibeá. Mefibosete foi poupado pela promessa que Davi tinha feito a Jônatas,
seu pai.
Sete homens,
filhos do Rei Saul, foram mortos no princípio da ceifa da cevada. Dois deles
eram filhos de Rispa e netos de Aia.
Rispa, então,
tomou um pano de saco e o estendeu sobre uma rocha e ficou vigiando desde o
principio da ceifa até que caiu água do céu. Rispa não admitia que seus filhos
mortos fossem comidos pelas aves ou animais selvagens.
O que
aprendo com esta história?
- Temos que zelar pelas alianças e promessas
que fazemos.
Esta história é
resultado da quebra de uma aliança feita precipitadamente, mesmo tendo sido ela feita no
passado e por outra pessoa.
Hoje vemos menosprezo pelas
alianças; desrespeito pelos sentimentos, integridade e propriedade do próximo.
Muitos fomentam
o divórcio, removem marcos antigos estabelecidos pelos pais (Pv 22.28), adulteram
o direito dos desfavorecidos, corrompem a justiça, mudam a lei a seu favor. Deus
diz que será amaldiçoado quem assim o fizer (Dt 27.16-26).
Deus abomina o
divórcio, a corrupção, a infidelidade e a deslealdade. Em Malaquias 2, Deus nos adverte duas vezes: ‘cuidai
de vós mesmos e não sejais infiéis’ (Ml 2.14-16).
Isto traz
temor e tremor ao nosso coração e o que nos conforta é a lembrança da graça e
da misericórdia de Deus, mediante Cristo Jesus.
Se pecarmos, mas nos arrependermos, de fato e de verdade, podemos crer que,
quando o inimigo apontar o dedo pra nós, nosso advogado junto ao
Pai, Jesus Cristo, intercederá, mostrando as marcas de onde Seu sangue foi derramado, a nosso
favor. ALELUIA! Obrigada Senhor!
Entretanto, reconheçamos
a nossa necessidade de sermos perdoados, transformados e tratados por Deus e clamemos para que, em nosso futuro, Ele nos ajude a não
banalizarmos a preciosa redenção em Cristo Jesus :
‘Deus, tenha
misericórdia de nós, perdoe os pecados do nosso passado, a nossa inconsequência.
Perdoe as alianças que fizemos e não cumprimos e nos auxilie, no abrir de nossa boca e nas
nossas atitudes, a não desagradar o Seu Santo Espírito. Em Cristo Jesus , amém’.
- A dor revela o cerne de um caráter
O principio da ceifa ocorria nos meses de abril e maio e o início das
chuvas se dava no mês de outubro. Acredita-se, então,
que Rispa tenha ficado ali por cerca de seis a sete meses (comentário da Bíblia
Vida Nova, pg 351, 3ª Ed. 1980).
Rispa revela um caráter audacioso e dedicado num momento tenso, de violência e insegurança.
Rispa poderia
ter ficado chorando seus mortos, murmurando em seu canto, mas não o fez. Sob o sol
escaldante do deserto, numa situação totalmente desconfortável, demonstra o
amor de uma mãe atuante, fazendo o que podia pelos seus filhos já mortos, como
uma última homenagem.
E nós? O
que temos feito hoje pelos nossos filhos, nossos jovens, mortos pelo pecado? Muitos deles
exalando cheiro forte da morte procedente de vícios, imoralidades, idolatria. Temos
nos acovardado e fugido ao invés de enfrentar?
Precisamos zelar
pelo bem estar dos nossos amados e enxotar, com firmeza, as aves de rapina que se aproximam visando
remover marcos de valores eternos.
Olhe ao seu
redor, convide pra sua casa jovens da mesma idade dos seus filhos, com valores que
agradem a Deus. Estimule seu filho a cultivar amizades com pessoas que
edificam, com boa formação moral, espiritual e inculque neles os princípios de Deus para que as colheitas do futuro sejam abençoadoras para todos.
Muitas vezes nos
deparamos com notícias de jovens que estavam com amigos errados, na hora errada
e, envolvidos por estes amigos, foram cúmplices de atos que afetarão o resto
de suas vidas.
Que voltemos o rosto para o Senhor, estendendo panos de saco representados por um lamento sincero vindo do arrependimento, mortificação pelo pecado sobre a
rocha eterna, a Sua Palavra. Vamos clamar ao Pai pelas suas promessas de redenção, em prol dos nossos filhinhos. Que perseveremos na torre de vigia da oração, em
todo tempo, sem desistir.
"Voltei o rosto ao Senhor Deus,
para O buscar com oração e súplicas,
com jejum, pano de saco e cinza" (Daniel 9.3)
E o que
temos feito pelos nossos filhos vivos, regenerados por Deus? Temos
pagado o preço de orar por eles? Mesmo que eles estejam firmes com o Senhor (benção!!!),
vamos clamar preventivamente como fazia Jó, nas madrugadas (Jó 1.5).
‘Oh,
Senhor, dá-nos pressa em nos acudir; inclina os ouvidos à nossa voz. Põe
guarda, Senhor, à porta dos nossos lábios e vigia o futuro dos nossos filhos. Não
permitas que os nossos corações se inclinem para o mal, para
a prática da perversidade... Guarda-nos
dos laços dos que praticam iniquidade. Pois
em ti, Senhor Deus, estão fitos os nossos olhos: em Ti confiamos; não
desampares a nossa alma” (oração baseada no Salmo 141)
- Atitudes singelas podem beneficiar toda a
terra.
“... Depois
disto, Deus se tornou favorável para com a terra” (2 Sm 21.14)
Davi fica
impressionado com a atitude de Rispa ao ponto de tomar os ossos de Saul e os
dos enforcados e enterrá-los na sepultura de Quis, seu próprio pai.
A Bíblia nos
afirma que Deus agradou-se de tudo isto e se tornou favorável para com a terra.
Não sei exatamente o motivo da satisfação de Deus (se foi com a justiça praticada
pela aliança não cumprida, pela atitude de Rispa ou de Davi), mas sei que Deus
se agrada e honra o zelo dos pais.
Moisés
estava destinado a ser morto pelas parteiras egípcias, porém, sua vida foi poupada
graças à intervenção de Deus e a iniciativa de sua mãe (Ex 2.1-10).
A fé da
sunamita em buscar socorro em Eliseu, homem de Deus, fez com que seu filho
fosse ressuscitado (2 Rs 4.8-37).
O clamor da
viúva de Naim pela morte do seu único filho comoveu o coração de Jesus e o
menino foi ressuscitado durante o seu velório (Lc 7.11-17).
Pai de amor, que
visita o seu povo, que não está alheio a dor de uma mãe, de um pai, de uma esposa(o). Que
possamos erguer nossa voz, continuamente, em favor dos nossos amados.
Quando oramos envolvemos Deus em nossa história, em nossa família.
Quando oramos envolvemos Deus em nossa história, em nossa família.
Jesus Cristo
nos estimula a orar e complementa dizendo que Deus nos responderá nos
presenteando com o melhor, com o Espírito Santo. Deus que compartilha
conosco da Sua própria divindade, o
Espírito Santo, que nos consola, nos concede fé, paciência para esperarmos pelo
cumprimento de Sua promessa.
Deus fiel, que
prometeu satisfazer todas as nossas necessidades (Sl 37.4-5) e que, se crermos no Senhor
Jesus, toda nossa casa seria salva (Lc 11.9-13; At 16.31). ALELUIA!
“Por
isso, vos digo: Pedi, e dar-se-vos-á;
buscai,
e achareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Pois
todo o que pede recebe; o que busca encontra;
e a quem bate, abrir-se-lhe-á” (Lc
11.9-10)
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