“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


sábado, 15 de janeiro de 2011

"Frutificando no Deserto"



AGAR: “Frutificando no Deserto”

Texto Bíblico: Gênesis 21.8-21
Abrão e Sarai, por volta de 2.000 anos a.C., peregrinavam rumo a Canaã, uma terra fértil, onde construiriam uma grande linhagem, conforme promessa de Deus. O tempo passava e o filho prometido não vinha e Sarai, já com idade avançada, procura Abrão e diz: - “Eis que o Senhor me tem impedido de dar à luz filhos; toma, pois, a minha serva, Agar, e assim me edificarei com filhos por meio dela”.  
O projeto de Sarai se cumpre. Agar, sua escrava egípcia, engravida. Mas isto, ao invés de trazer alegria, gera confrontos e tristeza. Agar despreza Sarai pela sua infertilidade. Sarai revida e humilha Agar. A situação fica tão insustentável que Agar foge para o deserto.
No deserto de Sur, a caminho de sua terra, o Egito, Agar senta-se junto a uma fonte de água. Um anjo de Deus aproxima-se, ordena que ela volte para junto de Sara e diz que o seu filho deveria ser chamado Ismael que significa: “porque O Senhor te acudiu na tua aflição”.
Ali, no deserto, angustiada e perplexa, Agar declara: - “Tu és Deus que vê; pois disse ela: Não olhei eu neste lugar para aquele que me vê?” (Gn 16.13). Agar obedece. 

Isaque nasce!
Treze anos mais tarde, Deus aparece novamente para Abraão e diz que o faria fecundo, pai de numerosas nações (Gn 17.21) e, finalmente, quatorze anos após o nascimento de Ismael, Deus concede o filho prometido. Isaque nasce e Ismael, seu meio-irmão, despreza-o. Certa madrugada, Abraão, acuado pelos freqüentes conflitos familiares e, orientado por Deus, entrega pão e água a Agar e a despede. 
 Agar retorna ao deserto.
Agar e seu filho Ismael partem para o deserto de Berseba. Expulsa do acampamento, com pão, um odre de água e um filho para criar, Agar sente-se atordoada.
Na primeira ida de Agar ao deserto, Ismael estava em seu ventre. Agora, pela segunda vez, Agar se depara com o deserto. Só que agora, a situação era pior. Ismael estava ali, na sua frente. Iriam morrer de fome e de sede e Agar não estava foragida por decisão própria. Estava ali forçada, por determinação de Abraão. Não tinha a alternativa de voltar.
Agar sente-se traída, rejeitada e sem amigos. Ela não tivera culpa. Fora usada por sua senhora e agora estava desamparada. Quando mais precisava de um ombro, de alguém; encontrava-se só, com seu filho, num deserto.
Quando acaba o suprimento, desesperada, Agar deixa o menino sob um arbusto e se afasta. Vai caminhando cambaleante, chorando, por cerca de duzentos metros. Não quer presenciar a morte do seu filho. A garganta seca e o sol inclemente do deserto a sufocavam. Tinha consciência de que animais selvagens deveriam estar à espreita, prontos para devorá-los. Agar procura apoio, clama ao único que poderia ajudá-la (Gn 21.8-21).
Deus fala com Agar:
“Que tens, Agar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do menino, daí onde está. Ergue-te, levanta o rapaz, segura-o pela mão,
porque Eu farei dele um grande povo” (Gn 21.17-18).

Agar deveria sair de sua apatia e mudar a sua história. Deveria pensar no que estava ganhando e não no que estava perdendo. Agar tinha perdido a comodidade de uma vida protegida, com riquezas e farturas. Por outro lado, tinha recebido a sua liberdade. Não era mais escrava. Tinha seu filho, e poderia sobreviver se atendesse a orientação de Deus. Deveria ter esperança, porque Deus tinha um projeto.
Agar precisou sair do seu conforto para poder ouvir a voz de Deus, para poder entender o propósito de Deus. Agar precisou andar errante, no silêncio do deserto de Berseba, carente e destituída de qualquer perspectiva para poder usufruir uma vida livre e abençoada.
Mesmo no impossível, Deus apresenta suprimento. “Abrindo-lhe Deus os olhos, viu ela um poço de água, e, indo a ele, encheu de água o odre, e deu de beber ao rapaz” (Gn 21.19).  Agar ergueu-se, levantou o menino, segurou-o pela mão. 

Uma nova história: Agar mudou a história de sua família. 
Deus sustentou Agar e Ismael no deserto de Parã e a presenteou com um filho honrado. Agar acompanhou o seu filho, fez dele um profissional, um homem capacitado para sobreviver no deserto. Ismael tornou-se flecheiro (Gn 21.20).
Agar casou o seu filho com uma mulher egípcia, alguém do seu próprio povo. Houve consentimento da parte de Agar para o casamento de seu filho. Missão cumprida! Deus honrou a Sua promessa, preservou a vida de Agar e a de Ismael e fez deles um grande povo. 
Muitas vezes, como Agar, nos sentimos no deserto, sem recursos. Projetos que pareciam tão infalíveis esvaíram-se pelo ralo. As portas se fecharam.
Você tem se sentido assim? Parece que Deus está mudo? Você gostaria de dar um novo rumo à sua história de vida?
O que a história de Sara e Agar nos ensinam?

  1. É preciso muito cuidado na escolha da semente:  (Gn 21. 9-11; Gn 16.4)
Há uma lei infalível. Tudo o que você semeia, você colhe, multiplicadamente. Um provérbio chinês diz: “Podemos escolher o que semeamos, mas somos obrigados a colher o que plantamos”. São parágrafos da nossa história de vida que escrevemos e que quando tentamos apagá-los não conseguimos totalmente, porque as marcas impregnam o papel.
São atalhos enganosos que tomamos que terminam em confrontos. Até hoje os judeus (descendentes de Isaque) sofrem conflitos com os árabes (descendentes de Ismael) por disputas de posse de terra.

  1. Devo evitar a intolerância, os preconceitos: Gn 21.10
Muitas vezes não suportamos as pessoas, não perdoamos, não nos
importamos com suas necessidades, suas diferenças. Somos rápidos para rotular pessoas, situações. Sarai despreza Agar por ela ser escrava e Agar despreza Sara por ela ser estéril.
Alguém disse que só podemos olhar para o outro de cima para baixo se for para ajudá-lo a se levantar. 

  1. Deus responde as orações de fé de todos, pela graça:  (Gn 21.13; Gn 16.9-11, 18.14; Gl 4.21-31).
Você já se sentiu desprezado? Sem opções? Agar sentia-se assim, usada, traída, rejeitada. Quando mais precisava de um ombro amigo, se encontrou só, no deserto. Agar sozinha, sem água, sem comida, sem amigos, sem alternativas, abre o coração e clama a Deus!
Deus não faz acepção de pessoas. Deus considera a fé, a sinceridade do
coração, a obediência. Não considera a posse de recursos financeiros. Ele é dono da prata e do ouro. Não considera títulos, pois qualquer titulo humano é insignificante perto dos que Deus tem. Não considera filiação, porque a maior e essencial filiação é a que provém d’Ele.
Agar precisou passar por estas aflições pra sentir o amor e a providência de Deus: “Eu te conheci no deserto, em terra muito seca” (Os 13.5). As perdas nos ensinam, nos amadurecem.
Deus cumpre Suas promessas. Honra Ismael (21.17) por amor a Abraão (Gn 21.13, 18-19). Deus abre os olhos de Agar e ela vê um poço de água (21.19).
Se você está passando por um deserto, uma terra muito árida busque a Deus e fique sensível ao Seu falar e ao Seu agir: Por acaso há coisa difícil para Deus? (Gn 18.14).

  1. Deus estimula Agar a reagir e a animar o seu filho: Gn 21.18
Deus estimula Agar a levantar e levar esperança para o seu filho (21.18). Temos que segurar nas mãos dos nossos filhos, para que sejam abençoadores (Is  58.11-12). Porém, para levantar os nossos filhos temos que nos erguer primeiro. Deus ordena: - Levanta o rapaz e segura-o pela mão. Tem que ter continuidade.
Quando levantamos o outro, nossos pés se firmam na rocha. Quando ajudamos o nosso próximo estamos ajudando a nós mesmos.

  1. Deus sustenta Agar no deserto e a presenteia com um filho submisso, obediente:  (Gn 21.21)
Agar casou Ismael. Precisamos abrir nossos olhos para as bênçãos que Deus tem para nós  (Gn 21. 19 a) e tomar posse (v. 19 b).
Muitas vezes ficamos com a visão obstruída, não enxergamos as bênçãos de
Deus. Estamos cegos, perdidos como os discípulos a caminho de Emaús (Lc 24.13-35). Deixamos que as circunstâncias desfavoráveis tomem conta do nosso interior.
            O que Deus quer nos mostrar neste momento e estamos cegos perante o Seu ensinamento? Vamos deixar o barulho de nossas vidas e refletir:

Para Refletir (responda, de preferência por escrito, a cada uma das perguntas):
  • Você se identifica com Sara? Você tem sido impaciente e tem se precipitado em algumas decisões, sem esperar pelo Senhor?
    • Essas decisões precipitadas resultaram em situações desastrosas? Tem algo no seu passado que você precisa rever, pedir perdão a Deus ou a alguma pessoa? Se houver, faça e siga em frente.
  • Ou, por outro lado, você se identifica com Agar? Você tem andado pelo deserto? Tem se sentido longe de Deus? Parece que Deus se esqueceu de você? Sente-se abandonado, injustiçado, sem perspectivas?
    • O que o deserto, a espera, a indefinição tem representado em sua vida?
    • Tem andado por atalhos enganosos? Quais? O que pode ser feito para retornar ao caminho de Deus?

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

A mamangava Matilde... (Autora = Deborah Nogueira Couto)

Amigos, divirtam-se com a historinha (verídica) da Mamangava Matilde, escrita pela minha filha, Deborah. Tudo aconteceu quando estávamos fotogrando a mamangava pra colocar na capa do meu livro "Vida Plena":
 


MAMANGAVA MATILDE =)

06/09/2004 23:21

Criatura maluquinha!!!

Bom, essa foto é pra contar um fato que aconteceu com minha família por causa desse animal:
Tudo começou com a "ambição" de tirarmos fotos desse inseto bizonho, por motivos intelectuais... (sempre bom lembrar que minha mãe é "abelhóloga" ...sim, uma bióloga (das boas!!!) que se especializou em abelhas)... Na verdade, esse animal da foto não é bem a abelha que estamos acostumados, tudo indica que é uma mamangava...  Mamangava é aquele bixu peçonhento que parece um besourão, mas que vc sente a diferença na pele se ele te picar....é... dói!!

Então.....meu pai trouxe esse monstro do sítio aki pra casa, pra eu tirar fotos... O que aconteceu é que não tinha nenhuma redoma de vidro, nenhuma cápsula espacial, nem mesmo uma linha imaginária pra separar a criatura do meu frágil ser vivente...

Tudo bem até aí, mas o q num tá muito bem é que a Matilde (sim, me sinto perfeitamente autorizada a batizá-la) ESCAPOU de nosso controle (que já era meio duvidável, considerando que meu pai, aparentemente, estava brincando de bolinha de gude com ela).
Bom, imagine a seguinte cena em câmera lenta:
- A abelha escapa.
- Deborah se joga no chão e sai se arrastando, lutando bravamente pela vida (e pela vida da máquina fotográfica), até a porta mais próxima.
-Mamãe e papai agarram suas armas (toalhas de banho) e tentam derrubar o inimigo.
-Com "êxito", a Matilde cai no chão...Ou melhor, " cai no CÃO"....Sim, a mamangava Matilde caiu em cima da Mel, minha linda cachorrinha que num tinha nada a ver com a história e que naquela altura já estava desesperada.... De fato, ela estava se esforçando arduamente para engolir a Matilde...mal sabendo ela que isso poderia significar seu fim!!!
- Eu comecei a gritar pela vida da cachorra e consegui atraí-la até meu refúgio atrás da porta..Eu já vinha dizendo, após sábia meditação, que devia-mos declarar paz e deixar a Matilde reinar naquele pedaço da casa,afinal, a cozinha num ia fazer falta, mas ninguém me deu ouvidos!!! (Vê se pode!!!)
- Bom , "nós" resgatamos a Matilde!!!Eeeeba!


Depois dessa saga e de mais alguns flashs para celebrar a vida, prendemos a Matilde em um pote de doce vazio, e colocamos na geladeira...Não, nós não matamos a Matilde!! Os insetos "ressuscitam" mesmo depois de colocados em baixas temperaturas...Então, nós definitivamente não matamos a matilde (mesmo depois de tudo o que ela fez!)...apenas ESQUECEMOS dela, ooops...
mas o bizarro foi que, dias depois, vejo meu pai "saindo da geladeira" com diversas qualidades de guloseimas, potes de doce, queijos e o q mais ele tivesse direito; sem se importar com o prazo de validade... Foi quando eu vi, ninguém mais, ninguém menos do que: MATILDE!!!! E se não fosse por mim meu pai teria comido ela com requeijão e geléia, pensando que era um brigadeiro ou algo assim...é.. meu pai tem um paladar bem "arrojado", ainda vou ter que escrever sobre isso...

Mas, quando eu já estava preparando um funeral digno de uma combatente de guerra, meu papy chegou com um sorriso de Bob Esponja na cara e disse:
- Béa (meu apelido carinhoso quando ele tá com preguiça de falar o nome inteiro.), ela tá viva, olha...

Não pude conter minha emoção e, logicamente, sai correndo ,em fuga, de novo!!! Ora, faça-me o favor; quem gostaria de ser picado por uma mamangava que atire a primeira pedra!!!! E é por isso que eu dedico o dia de hoje pra Matilde! Afinal, vc pensa que esse tipo de bichinho dá em árvore?? Bom....na verdade dá ...
E viva a Matilde!!!E viva as mamangavas que dão em árvore!!!! E viva os animais pecilotermos!!! VIVA!!!
Bjinho


quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A matemática de Deus é diferente...

A MATEMÁTICA DE DEUS
(é diferente da nossa!)

Perguntaram para um sábio quantos anos ele tinha. Ele respondeu: - “Não sei. Sei quantos anos já tive, mas já passaram, não são mais meus”. 
Quantos anos temos disponível para viver nesta terra? Não sabemos! Podem ser dias, meses, anos, décadas.

Um novo ano começou. É preciso refletir e mudar a nossa concepção de vida. Deus nos mostra que a Sua matemática, o modo d’Ele contar os nossos dias, a nossa idade pode ser diferente.
Quanto adolescente tive oportunidade de assistir a uma palestra, no Acampamento Palavra da Vida, pelo Prof. Christian Chen, professor de Física Nuclear da USP, sobre a matemática de Deus que me deixou muito impressionada. Estarei relatando algumas informações baseadas também no seu livro (CHEN, s/d).

A questão básica é: “Quantos anos transcorreram entre a saída do povo de Israel do Egito (Êxodo) até o inicio da construção do templo?”
Em Atos 13.18-22 são relatados:
*  40 anos no deserto; 
* 450 anos de Juízes até Samuel; 
* 40 anos do reinado do Rei Saul. 
* Após o reinado do Rei Saul, Davi reinou por mais 40 anos (1 Reis 2.11), sendo substituído por seu filho, Salomão.  
* Salomão inicia a construção do templo após três anos de reinado (1 Reis 6.1). 
Somando, obtemos 573 anos desde a peregrinação no deserto até o início da construção do templo.
Entretanto, 1 Reis 6.1 relata o seguinte: “No ano quatrocentos e oitenta, depois de saírem os filhos de Israel do Egito, Salomão, no ano quarto do seu reinado sobre Israel, no mês de zive (este é o mês segundo), começou a edificar a Casa do Senhor”.
Como isto é possível? Há um erro na Bíblia? Considerando os dois períodos apresentados nota-se uma diferença de noventa e três anos (573 – 480 anos = 93 anos). Como fica essa diferença?

Analisando o tempo de escravidão do povo de Israel, como conseqüência de sua desobediência, constata-se o seguinte:
·                    Juízes 3:8: escravos por 8 anos (serviram Cusã)
·                    Juízes 3:14: escravos por 18 anos (serviram Eglom)
·                    Juízes 4:3: escravos por 20 anos (serviram a Jabim)
·                    Juízes 6:1: escravos por 7 anos (serviram os midianitas)
·                    Juízes 13:1: escravos por 40 anos (serviram os filisteus).
Somando o tempo que o povo ficou escravo de outros povos, pela sua desobediência, observa-se um total de 93 anos, exatamente a diferença que verificamos anteriormente.
Podemos entender que estes 93 anos foram nulos, ociosos e em branco perante o Senhor?
A Matemática de Deus é diferente! 
Deus disse: “Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos” (Isaías 55:8). 

Se for assim que Deus conta os nossos dias, quantos anos válidos você e eu já vivemos? 
Moisés pede a Deus: “Ensina-nos a contar os nossos dias, para que alcancemos coração sábio” (Salmo 90.12).

Interessante observar que em Atos, Paulo descrevendo a história do povo de Israel, considerou os 93 anos. 
Por outro lado, o primeiro livro de Reis destaca a atitude dos filhos de Israel diante de Deus. Neste caso, os 93 anos foram descartados.
É como se os filhos de Israel estivessem declarando 573 anos de sua gloriosa história e na realidade o tempo deveria ser contado pelos anos na presença de Deus. Na presença de Deus eles estiveram somente 480 anos. 
Pela desobediência, eles perderam noventa e três anos de suas vidas. Durante noventa e três anos Deus não governou o povo de Israel, eles estavam entregues a idolatria, longe da face de Deus. 

Isto pode valer para a nossa vida hoje: Desobediência leva a tristeza, escravidão, a um distanciamento da presença do Pai, a um mau aproveitamento dos nossos dias. 
O povo de Israel tinha sido libertado do Egito pelo braço forte de Deus. Mas como escravos de outros povos, de outros deuses estiveram distantes da presença do Santo de Israel. 
Juntamente com seus familiares perderam a benção, perderam guerras, foram servos de outros reinos, foram explorados e, muitas vezes, esfolados no seu físico e em sua integridade moral.

E nós, temos perdido tempo buscando o que não convém, tomando decisões alheias à vontade de Deus? Quanto tempo aceitável e íntegro eu já tive na presença do Senhor? Como tem sido os meus dias? Pobres, rasos, medíocres, sem significado para a eternidade, queimáveis como palhas?

Uma professora da Escola Dominical contando a respeito de Enoque disse: Era um homem que dava longos passeios com Deus. Um dia caminharam tanto, foram tão longe que o Senhor disse: “Enoque, estamos sempre juntos e você está muito afastado de sua casa e próximo da minha. Venha comigo, é melhor adentrar e habitar comigo de uma vez”.

Que possamos dizer como Paulo: “Já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim” (Gl 2.20). 
Precisamos entender o que é ser um com o Senhor, desenvolver a compreensão de que não estamos sós. Ele é a nossa fortaleza. Isto faz uma profunda diferença. Como é bom ter esta compreensão da vida! 
Andar com Deus de modo efetivo é estar junto daqu'Ele que desembaraça o nosso caminho. Que isto seja uma realidade na minha e na sua vida!

Referência:
CHEN, Christian. Os números na Bíblia - vol. 1, Imprensa Metodista, 217, s/d.



~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

O Berro da ovelha - desabafo!

O BERRO DA OVELHA: Por que freqüentar uma igreja?
Esta meditação faz parte de um livro que estou escrevendo: “O berro da Ovelha”.
Vivemos momentos de crise com relação a compromissos, especialmente no que se refere à igreja. Muitos deixaram de freqüentá-la e optaram por assistirem cultos em suas casas, seja pela televisão ou internet.
Alegam que é mais confortável, escolhem os pregadores e não precisam assumir compromisso e manter relacionamentos. Outros deixaram de congregar porque se sentiram traídos no passado, por irmãos que não cumpriram suas promessas ou, mesmo por líderes, que não praticam o que pregam. 

Quais são as implicações de participar ativamente de uma igreja local? 
        
1. Assumir compromisso de freqüência, de santidade:
Ser membro de uma igreja significa prometer participar das suas atividades e auxiliar no que for necessário.
            Participar de uma igreja é se comprometer a cultivar o padrão bíblico de atitudes e palavras. O famoso: "Eu fi-lo porque qui-lo" não dá certo aqui. Se fi-lo, terá que se explicar, submeter-se a questionamentos e a disciplinas.

2. Lutar para ter o melhor relacionamento possível com todos irmãozinhos:
            Complicou agora? E aquela pessoa que olha pra você de ladinho, enviesado? Você conhece alguém assim? Pois é, você deve amá-la, orar por ela e respeitá-la e, se preciso for, ajudá-la.
            Daí você se lembra do versinho:
“Viver com os santos nos céus, Ó que glória!
Viver com os santos na terra. Bem, isso é outra história”.

3. Submeter-se à liderança:
            Confesso que tive líderes maravilhosos, pastores e esposas que me ensinaram muito como fazer, com os seus exemplos de vida. São meus amigos até hoje e sou grata a Deus pelas suas preciosas vidas.
Também tive líderes (felizmente, poucos) que me ensinaram como NÃO fazer. Autoritários, especialistas em “faça o que eu falo, mas não faça o que eu faço”.  Não dá a ninguém o direito de opinar. “Eu decidi que...”. Mesmo contra a lógica, a prudência, a coerência. Você está entendendo agora porque o livro se chama “O berro da ovelha?” Béééééé...

4. Desenvolver casca grossa:
            Você é um colaborador na igreja? Benção! É um privilégio trabalhar para o Senhor. Entretanto, forme uma ‘casca grossa’ porque árvore com fruto leva pedrada.
Infelizmente, nem sempre contentamos a todos e sempre tem alguém que vai questionar e sabe por quê? Ele saberia fazer melhor, mas não faz porque o “tá-lento” dele é investigar, opinar e ensinar quem trabalha.
Li e gostei (autor desconhecido): 'Se você está chegando para criticar o que está feito, está chegando tarde. Deveria ter chegado mais cedo para ajudar a fazer. Assinado: Quem fez quando ninguém queria fazer!'
            Aprendi que não devo me preocupar em agradar a todos. Se o fizer, tornar-me-ei escrava das pessoas e de suas opiniões.

Entretanto...
Philip Yancey tem um livro magnífico (como todos os livros dele que tive oportunidade de ler até agora) intitulado: “Igreja, por que me importar?”. Ele diz: “Reconheço hoje que uma igreja severa, cheia de condenação e vazia de humildade e de qualquer senso de mistério, embotou durante anos a minha fé. Em suma, o cristianismo me manteve longe de Cristo...”.  
Yancey conta o seu retorno à igreja e porque não consegue viver sem ela. Quando li este livro já tinha começado a escrever “O Berro da Ovelha” e suas colocações se encaixaram perfeitamente no que eu sentia. 

            Graças a Deus, nunca deixei de participar da igreja. Amo a igreja porque ela foi criada por Deus e tem sido benção em minha vida e na vida de minha família. Peço a Ele que sempre tenhamos liberdade para freqüentá-la. Louvado seja Deus que zela pela igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mateus 16.18).
Sendo assim, vou listar alguns razões pelas quais jamais quero deixar de freqüentar uma igreja:

1. A igreja é projeto de Deus para minha vida:
Deus instituiu a igreja. E tudo que Deus criou é bom. Segundo Paul Tournier “Existem duas coisas que não podemos fazer sozinhos: casar e ser cristão”.
Outro dia uma jovem se casou consigo mesmo e a festa deve ter sido linda (pelo que eu li). Entretanto, o mais interessante, que é o depois da festa (lua de mel, a ‘vida a dois’), deve estar sendo uma lástima.
            A igreja é o corpo de Cristo. Ele é a Cabeça (1 Coríntios 12.26-31). Deus nos dotou de dons. Não usá-los traz frustração, inquietude.  Se os seus não estão sendo utilizados, converse com o seu pastor e Deus queira que Ele tenha a visão de um ministro que disse: “Se eu não der oportunidade para uma ovelha de exercitar os seus dons, terei que responder diante de Deus”.

2. Somos chamados para sermos imitadores de Cristo (1 Coríntios 11.1):
            Jesus Cristo (Lucas 4.16, 31) e Paulo nunca deixaram de freqüentar a Sinagoga, mesmo sendo incompreendidos e perseguidos. “Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns...” (Hebreus 10.25).
           A igreja nos ensina a obedecermos a Deus, a sermos imitadores de Cristo, a desenvolvermos o fruto do Espírito Santo. Isto gera alegria, paz, amor. Aprendemos submissão às autoridades, a certeza de que Deus está no controle e não há autoridade que não proceda d’Ele.

            Sabe aquele irmãozinho que olha enviesado pra você? Será que isso não tem sido recíproco? Conta uma lenda que certa moça, ao se casar, foi morar com a sogra e o relacionamento delas se tornou insuportável. Ela foi até um sábio, amigo de seu pai e pediu um veneno para matar sua sogra. Ele deu um saco com ervas e disse que ela deveria colocar um pouco por dia e pra ninguém desconfiar deveria tratar a sua sogra muito bem. Ela obedeceu as instruções do sábio.  Levava chá para sua sogra, fazia os seus doces favoritos.  Aos poucos, elas começaram a conversar e, certo dia, a jovem percebeu que a sogra tinha se tornado sua melhor amiga. Correu para o sábio e pediu um antídoto para o veneno. O sábio disse: - Não era veneno, eram ervas aromáticas. O veneno estava no seu coração. 
Com nossos irmãozinhos devemos aprender tolerância, domínio próprio, paciência. Com eles podemos nos desenvolver e nos estimular mutuamente na fé, no amor e nas boas obras (Hebreus 10.24).

            Igreja, local de estender a mão para um mundo ferido, onde eu posso “berrar” minhas dores, meus arranhões, minhas “fraturas expostas”, como diz Yancey. Local de orientação, consolo, oração. Yancey diz que quando a igreja se acomoda, se torna insensível à dor do próximo e evita servir aos que sofrem, ela se torna raquítica e não amadurece. A igreja deve trabalhar em vários âmbitos, desde que tenha pessoas capacitadas (alfabetização de adultos, atendimento médico, psicológico, apoio às mães solteiras, idosos, deficientes físicos, doentes terminais). 

3. A igreja é local de adoração a Deus:
            Local de crescimento, da Presença especial do Pai: "Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles” (Mateus 18.20).
Igreja, local da benção: “Em verdade também vos digo que, se dois dentre vós, sobre a terra, concordarem a respeito de qualquer coisa que, porventura, pedirem, ser-lhes-á concedida, por meu Pai, que está nos céus” (Mateus 18.19).

4. A igreja é local de aprender com Deus:
            Quando minha filha, Deborah, fazia cursinho para prestar o vestibular, combinamos que ela não iria a todos os cultos. Certa noite entrei em seu quarto e ela estava chorando. Disse que o povo estava reunido na igreja, Deus estava ministrando na vida deles e ela estava perdendo a benção.
            Nossos ajuntamentos deveriam ser sempre assim. Um caminhar, dia após dia com Deus. Um ensinamento progressivo, imperdível. 

5. A igreja = Academia da fé: local de treinar a musculatura da minha fé em Deus:
            A igreja, local para que a nossa fé se fortaleça ao compartilharmos a ação poderosa de Deus, os milagres em nossas vidas e nas vidas dos nossos irmãos.
Conta-se que um pastor visitou um membro da igreja que tinha se afastado. O homem disse que estudava muito a Bíblia em casa, que não gostava de sair. O pastor comparou a sua fé em Deus como uma brasa. Sozinha, separada da fogueira, sem o calor das demais, ela logo se apagaria. Um tição fora da fogueira vira carvão. Sozinhos, não há ânimo, não há fé que se fortaleça. Quando nos distanciamos, ficamos empobrecidos, inquietos, sem paz. 

Igreja, local de desenvolver comunhão. Diferentes irmãos, na origem, na formação cultural, nas condições financeiras, no histórico de vida. Terreno fértil para aprendermos não só a respeitar as diversidades como também valorizá-las pelo muito que nos ensinam. Unidos pela fé em Deus, pelo sangue do Cordeiro. Dispostos a trilharmos juntos a caminhada aqui na terra, apoiando-nos mutuamente, perdoando, pedindo perdão, aprendendo a amar, até o encontro com Deus na eternidade.
Podemos, ocasionalmente e até injustamente, levar pedradas, mas temos a consciência que a obra é feita para Deus e, nestes momentos, nos sentimos consolados, tratados por Ele no mais profundo do nosso interior. 

6. A igreja é local de se preparar e se dispor a fazer missões:
            Uma igreja colocou no seu portão de modo que todos que saíam dela pudessem ler: “Você está entrando em um campo missionário”.
            Juntos, podemos cumprir a missão que Jesus nos outorgou: “... Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Marcos 16.15).

7. A igreja é local do privilégio de devolvermos o dízimo ao Senhor:
            “Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós, benção sem medida. Por vossa causa, repreenderei o devorador para que não vos consuma o fruto da terra; a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. Todas as nações vos chamarão felizes, porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o Senhor dos Exércitos” (Malaquias 3.10-12).
Dizimar é decidir obedecer a Deus. Muitas vezes deixamos de abençoar pessoas por omitirmos este ensinamento. Deus é fiel, não mente, cumpre Suas promessas. Deus repreende o devorador das nossas colheitas, faz de nossas vidas uma terra deleitosa.
Se você não é dizimista, decida fazê-lo; não para receber dividendos e sim, por obediência a Deus.

Concluindo, devo dizer que pertencer a uma igreja é deleitar-se do privilégio de estar dentro do projeto de Deus, trabalhar nela é exercitar os dons que o Espírito Santo nos concedeu. Isto traz realização, significado para nossa existência.

Na igreja, desfrutamos da comunhão com os irmãos (Atos 2.42-47) e juntos, adoramos a Deus (Salmo 100.4-5), e aprendemos d’Ele e com Ele.

Quando Jesus perguntou aos seus discípulos se preferiam afastar-se d’Ele, Pedro resume tudo quando diz: “... Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (João 6.68).

Se você não é membro de alguma igreja evangélica, reflita sobre isto e busque conhecer a Deus e a Sua vontade, o mais rápido que puder e desfrute deste precioso projeto do Pai.
Deus o abençoe!

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Cansado demais...

Domingo, 14 de Novembro de 2010

Cansado demais... 1 Sm 30.1-25
(adaptado de mensagem ministrada pelo meu marido, Leomam)
            O Rei Davi saiu com seus 600 homens para guerrear contra os filisteus. Ao voltarem para o seu acampamento, em Ziclaque, encontraram tudo devastado, queimado, saqueado e suas mulheres e filhos tinham sido levados cativos pelos amalequitas. A dor foi muito grande (leia a meditação deste blog: “Deus que restitui”).
            Davi, orientado por Deus, parte com os seus homens para resgatar o que o inimigo tinha levado. Entretanto, ao chegarem ao Ribeiro de Besor, duzentos homens ficam para trás, porque não conseguem passar o Ribeiro, de tão cansados que estavam (v.10).
            Davi prossegue com os 400 homens, resgatam tudo que o inimigo tinha levado, não lhes faltando coisa nenhuma, nem grande e nem pequena (v.19).
            Davi e seus homens regressam e quando chegam ao ribeiro, Davi saúda cordialmente os 200 homens que tinham permanecido ali (v.21). Entretanto, os homens maus, de Belial, que foram com Davi, não queriam devolver o despojo que tinham resgatado para estes 200 homens. Sugeriram a Davi que dessem a eles suas mulheres e filhos e os mandassem embora (v.22).
            Davi não concorda. Diz que a proteção e a vitória tinham sido dadas por Deus (v.23) e que todos receberiam partes iguais (v.24). Os que ficaram guardando a bagagem seriam igualmente agraciados.
           
            Muitas vezes li este texto e questionava, no íntimo, este grupo de 200 homens. Achava-os acomodados. Até que um dia, Deus me falou ao coração por meio de uma mensagem ministrada pelo Leomam. Então entendi mais uma vez como é imensa a misericórdia e o amor de Deus para conosco.
            Quando perdemos alguma coisa: nossa alegria, ministério, pessoas amadas, emprego, bens, sonhos pode ocorrer duas situações:

  1. Algo ainda pode ser feito e devemos fazê-lo com intrepidez, urgência e perseverança. (Leia a meditação anterior). Deus não fará o que compete a nós, o que está dentro de nossas forças.
  1. O cansaço pode nos dominar e nos sentimos sem forças e sem recursos para reagir. O nosso estudo de hoje enfatiza este segundo grupo (200 homens) que nem conseguiram transpor o Ribeiro de Besor.
O que eu aprendo com estes 200 homens?
1. Tudo que temos é concessão de Deus.
            Muitas vezes somos maus mordomos, não cuidamos bem daquilo que Deus tem nos dado. Com a urgência de provermos recursos para nossas famílias, com as pressões e múltiplas opções do mundo moderno, descuidamos dos preciosos presentes do Pai. Abrimos brechas e elas podem levar a perdas.

a. Identifique o que perdeu:
      O que você perdeu ou está perdendo? Sonhos? Simplicidade? Alegria? Amigos? Familiares? Objetivos?
Muitos vão cauterizando os corações e nem percebem o que perderam ou estão perdendo. Quando menos a pessoa espera, o inimigo tenta levar o que é nosso.

b. Lamente, valorize (v.4)
      Chore, derrame a sua dor perante o Senhor. Chorar é terapêutico, mostra humildade, dependência. Confesse a Deus a sua incapacidade.

c. Reanime-se, como Davi, no Senhor (v.6).
     Homens, vocês são o sacerdote do lar (Efésios 5.23). Usados para restaurar. Busquem unção, direção do Pai para exercer este papel com dignidade. Deus capacita, restaura, concede nova disposição espiritual. Iniciem e perseverem no culto doméstico com suas famílias.
    Mulheres, se formos sábias edificaremos a nossa casa (Provérbios 14.1). Preciosa função. Porém, só a conseguiremos se buscarmos a orientação em Deus, em humildade, disposição, com os joelhos no chão.
Você tem se reanimado no Senhor?
d. Consulte o Senhor (v.8)
      Deus orienta e dá uma promessa: 'Vai, porque tudo o que roubaram, será restituído'. 
       Entretanto, 200 homens não conseguiram ir. Cansados, ficaram guardando a bagagem no ribeiro de Besor.

2. Como recuperar o que perdemos quando estamos cansados demais?
     Muitas vezes nos sentimos fragilizados, impotentes diante de desafios.
Se você não sabe o que fazer, está sem recursos, a solução é somente uma: GUARDE A BAGAGEM (v.24).

O que é guardar a bagagem?
a. Não negocie, jamais, os valores de Deus.
Mantenha a fé, a esperança em Deus. Obedeça a Sua Palavra, seja exemplo dos fiéis. Tenha uma vida honrada, comprometida com Deus e Sua vontade. Não deixe nada, nem ninguém tirar ou abafar a Presença de Deus na sua vida.
            Honre seus compromissos com Deus e com o seu próximo. Que o seu comportamento exale o bom perfume de Cristo, ao demonstrar responsabilidade pessoal e social, sendo abundantes em boas obras.
            Não tenha duas palavras, duas caras. Cumpra suas promessas. Seja sincero, honesto, verdadeiro, justo. Afaste-se de tudo que é mal. Alimente o seu caráter, seus pensamentos com tudo que é bom e que traga alegria:

“Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento... e o Deus da paz seja convosco”. (Filipenses 4.8)

b. Clame, persevere na oração ao Senhor.
       Confesse ao Senhor o que está no seu coração, tudo! Não o que você pensa que deveria estar, mas sim o que realmente você está sentindo.    
     Peça a Deus misericórdia, que levante pessoas para ajudarem você.  
  Peça conselhos somente a quem pode ajudar: homens e mulheres comprometidos com Deus, que o orientem segundo a Palavra de Deus.
Tenha a certeza de que não está sozinho. “... porque maior é aquele que está em nós do que aquele que está no mundo”. (1 João 4.4b)

c. Creia, espere pelo livramento. Deus lutará por você e restituirá o que você perdeu.      
      Você faz parte do Israel de Deus. Se você não tem forças para lutar, Deus levantará pessoas para lutarem por você. Deus pode usar para isso, até o próprio inimigo.
O inimigo não tem consideração, abandona um aliado, um egípcio. Deus usa este egípcio para ajudá-los. O próprio inimigo vai mostrar o caminho, vai devolver o que roubou. 
Conta-se que certa viúva cristã estava passando necessidades. Ligou para uma rádio pedindo uma cesta básica. Um bruxo assistia e disse: - “Eu vou rir deste povo crente”. Mandou seus servos fazerem uma despesa imensa no supermercado e levar até a casa da mulher. Quando ela perguntasse quem mandou, os servos diriam: - Foi o diabo. Os servos obedeceram e fizeram a maior compra possível, compraram de tudo, do bom e do melhor para tentar a viúva a aceitar. Quando iam transportando a despesa para dentro da casa da mulher, ela louvava a Deus e não perguntava quem tinha mandado. Até que um deles disse: - A senhora não vai perguntar quem mandou? A senhora respondeu: - Quando Deus manda, até o diabo obedece!

Deus levanta também Seus servos para lhe ajudarem. Davi foi um homem segundo o coração de Deus porque sabia reconhecer que Israel nunca ganhou uma guerra porque lutou bem e, sim, porque Deus lutou por eles.

            Não sei o que você perdeu. Porém eu sei quem pode devolver: DEUS! Busque em Deus orientação, forças e que a sua esperança resida somente no Pai! O Único que pode mudar a sua sorte, a sua vida e restituir o que tiraram de você.
LOUVADO SEJA O NOSSO DEUS!
“Voltai à fortaleza, ó presos de esperança;
também, hoje, vos anuncio que tudo vos restituirei em dobro” (Zacarias 9.12)

DEUS O ABENÇOE!
          

"Travessia"

Sábado, 13 de Novembro de 2010
Amigos,
        Acordamos com a ligação de um sobrinho contando que sua esposa tinha chegado em São Paulo e sido roubada na rodoviária (carteira com dinheiro, cartões de créditos, cheques). Veio ao meu coração: "São servos de Deus e Deus restitui tudo o que o inimigo leva porque ele não tem autoridade sobre nossas vidas". Realmente, uma hora depois a carteira foi encontrada, em plena rodoviária de São Paulo. Roubaram somente o dinheiro, mas este virá também, no devido tempo. É só descansar e confiar.
     Decidi postar hoje um estudo que ministrei num encontro de casais: "Deus que restitui". Espero que seja benção na sua vida:


"Travessias" - 1 Samuel 30.1-20
       O Rei Davi passou por muitas lutas. Certo dia, Davi e 600 homens (1 Sm 22.2), deixaram suas esposas e filhos e foram guerrear contra os filisteus. Quando retornaram, encontraram o acampamento em Ziclaque queimado, saqueado e todos os seus filhos e suas esposas tinham sido levados cativos.
Você já perdeu alguém ou alguma coisa? Se sim, o que? Ministério? Honra? Alegria de servir a Deus? Alegria da Salvação? Primeiro amor? Perdeu a doçura? Oportunidades? Filhos, cônjuge? Perdeu a esperança? A paz?
Hoje, presenciamos o inimigo buscando atingir as famílias nas suas áreas mais vitais: Presença de Deus (vai desanimando, não busca mais a Deus); Relacionamentos; Saúde, Amizades, Vida Profissional, Dinheiro.

O que aprendemos com este texto?
1. O inimigo ataca de modo brutal, repentino. Temos que vigiar.
            Todos (v.2) foram atacados com ímpeto (v.1). Resultado do descuido, da falta de vigilância. Davi deveria ter deixado alguns homens tomando conta do alojamento.
            Hoje vemos muitos pais alheios, indiferentes. Não conhecem os amigos dos seus filhos e nem os sites da internet que eles visitam. Pais que preferem ficar dormindo domingo de manhã ao invés de levar os filhos pequenos na igreja poderão ficar acordados nas madrugadas, quando eles crescerem. 
           
2. Não podemos nos descuidar dos detalhes:
           Quais podem ser as lutas de uma família? Enfermidades, desemprego, dívidas, vícios, falta de perdão, acusações, ira. Às vezes, tudo começa com pequenos problemas. Como as raposinhas, vão destruindo aos poucos os vinhedos, os relacionamentos (Cantares 2.15). Vão comendo pelas bordas. Vagarosamente. Quando a pessoa percebe, grandes desastres já se instalaram.
James Dobson escreveu:
“Se entendêssemos a brevidade de nossas vidas aqui na terra, investiríamos em valores eternos.
Será que o cinqüentão se atiraria no adultério se soubesse com que rapidez estaria diante do Seu Deus?
Será que a mulher adoeceria por conflitos, sem importância, com parentes se soubesse quão pouco tempo lhe restava?
É a ilusão da permanência que distorce a nossa percepção e molda o nosso comportamento egoísta.
Quando os valores eternos surgem diante dos nossos olhos, nosso maior desejo é o de agradar ao Senhor”

  1. Temos que lutar contra os problemas, não contra os nossos amados:
Muitas famílias quando enfrentam problemas ao invés de se unirem pra lutarem contra eles; brigam, se acusam, piorando a situação. O mesmo aconteceu com Davi. Os seus amigos enraivecidos e amargurados, começaram a culpar Davi e planejavam matá-lo (v.6). 
O que rola em sua casa? Como está a comunicação? Dueto ou duelo? Tem perdido o foco e atacado quem não é inimigo e sim parceiro de jornada, de lutas?
*
       Nunca grite! Um sábio disse: - “Sabe por que as pessoas gritam? Porque seus corações estão longe”. Não deixe seu coração afastar-se do seu cônjuge, dos seus filhos, dos seus amigos. Pode chegar um dia que a distância será tão grande que ficará difícil achar o caminho de volta.

4. O que fazer nas crises?
a. Lamente profundamente (v.4).
       Davi e os seus homens choraram até não ter mais forças para chorar. Chorar é legitimo. Precisamos estar sensíveis às situações. Não podemos aceitar as perdas.
Você já se conformou? Não fique apático, não desista dos seus filhos, do seu casamento. Vá à luta. Busque solução em quem pode ajudar. Chore, jejue, clame a Deus!

b. Busque ajuda em quem pode ajudar (v.8):
         Davi buscou direção em Deus (v.8) e Ele respondeu. Deus responde. Ele não desiste de nós.
        Davi, porém, se reanimou no Senhor, Seu Deus. Esta é a diferença entre Davi e aqueles homens. Visão do extraordinário, porque sem Deus nada podemos fazer.

c. ‘Partiu, pois, Davi’: Reanimado, Davi partiu (v.9):
Decida, parta em busca da sua família, da sua vida, da sua história. Parta com objetivos. Sem perder tempo, sem perder o foco, sem encurtar o caminho.
Parta com perseverança, sem desanimar. Muitos se cansam facilmente e desistem: 'Está muito difícil, não dá!' Por isso, não conquistam. Falta fibra, atitude, disposição para mudar.
Sabe qual é a maior ilusão?  Continuar fazendo as mesmas coisas e esperar resultados diferentes
       Obstáculos virão: grandes e pequenos. Os homens encontram o ribeiro de Besor. Duzentos deles param ali e não prosseguem.
Você pode disser: - ‘Eu sou um destes duzentos. Estou parado em Besor, cansado demais pra prosseguir, faltam-me forças, condições, esperança. Já fiz tudo que os meus braços alcançavam e nada consegui’.  
Deus tem uma palavra também para mim e para você, como teve para aqueles duzentos homens que, de tão cansados que estavam, ficaram para trás. Leia sobre isto em 'Cansado demais: http://destilardosfavos.blogspot.com.br/2011/01/cansado-demais.html

c. Busque a Deus, ore, leia a Bíblia. Restaure o altar de Deus em sua vida, no seu lar:
       Reanime-se em Deus. Deus sopra vida em ossos secos. Transforma espinheiros em videiras frutíferas. Deus transforma a amargura em doçura.
         Cruze o Ribeiro de Besor. Não pare, não desista, não desanime. Em Deus somos ousados. Persevere nas promessas de Deus.

5. Regozije-se: Deus restitui todas as coisas (v.18-19).
Não lhes faltou coisa alguma. Tudo foi devolvido. Satanás não pode fazer festa com o que é nosso (v.16)! Não deixe nada nas mãos do inimigo (nem as unhas - Ex 10.26). Somos a menina dos olhos de Deus (Zc 2.8).
            Clame a Deus e peça forças, direção para atravessar o Ribeiro de Besor e receber de volta tudo que você perdeu: ministério, alegria, familiares.  Não abra a mão daquilo que Deus lhe deu. O jogo ainda não acabou.
Deus é um Deus de poder, do impossível. Confie n’Ele. Deus restitui tudo o que o inimigo levou. Somente na Presença d’Ele há delícias perpétuas.
*
Que Deus guie a sua vida, farte a sua alma e fortaleça os seus ossos de modo que veja o resgate e o grande livramento (Isaías 58.11-12).
DEUS O ABENÇOE!


* Desenhos da mnha filha Deborah

"Clima ruim ou roupas inadequadas?"

"Sabedoria: mais preciosa que o ouro" (Pv 16.16)
“Ensina-nos a contar os nossos dias,
para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12)

"Sabedoria: mais preciosa que o ouro" (Pv 16.16)

Conta-se que num encontro de casais, o preletor perguntou para uma esposa se o marido dela a fazia feliz. Para surpresa de todos, ela respondeu: 'Não, o meu marido não me faz feliz'! E ela continuou: 'Eu sou feliz. A felicidade jamais pode depender do outro. Eu decidi ser feliz, em todas as circunstâncias'.
Felicidade provém da palavra latim felix, felicis que significa fértil, fecundo. Ela resulta na consciência (sabedoria) que tudo coopera para o  nosso bem maior: nossa vida espiritual. A sabedoria provém do temor ao Senhor (Pv 1.7) e ela alonga a vida e traz riquezas, honra, paz e frutos de vida (Pv 3:13-18).
“Ensina-nos a contar os nossos dias,
para que alcancemos coração sábio” (Sl 90.12)

Moisés pede a Deus discernimento para saber como são poucos os dias de sua vida para que alcance um coração sábio, um coração que valorize o momento em que vive, sem perder a visão da eternidade (Sl 90.12).  
Sabedoria é diferente de cultura, de inteligência, de ciência. Sabedoria é saber tomar decisões corretas e, muitas vezes, rápidas, num mundo agitado e pressionado por resultados imediatos.  Estudos mostram que um empresário toma, em média, nove decisões por minuto.
Quais as qualidades de um sábio?

1. Simplicidade, modéstia:
Em vindo a soberba, sobrevém a desonra,
mas com os humildes está a sabedoria (Pv 11.2).
O sábio encara o mundo com os olhos tranqüilos, sem complicações. Aprende a perdoar, não armazenar mágoas, a ser tolerante, respeitar as diferenças e os limites do próximo.
Sábio é aquele que não cultiva porões escondidos, cantos escuros. Sábio descomplica a vida. Reconhece que é pecador e que precisa do perdão de Deus. Crê no perdão do Pai e também se perdoa.
“Eis que a mão do Senhor não está encolhida,
para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para não poder ouvir.
Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e Deus;
e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça”(Is 59.1-2)

2. Saber priorizar:
“Não te fatigues para seres rico;
não apliques nisso a tua inteligência” (Pv 23.4)
Sábio se satisfaz com pouco. Há quem diga que rico não é o que tem mais posses, mas aquele que vive feliz com menos. A ansiedade com o futuro faz esquecer o presente e adiar o que nos faz felizes, realizados.
Quais têm sido suas prioridades? Tem valorizado os relacionamentos? A natureza? Tem o coração aberto para mudanças?

Os noruegueses dizem: “Não existe clima ruim e sim roupas inadequadas”. O que significa isto? Significa que as dificuldades, as intempéries não devem prejudicar nossos sonhos e sim nos levar a refletir e, se necessário, mudar nossas estratégias. Sempre perseverando nos valores eternos, inegociáveis, o padrão que Deus nos ensina (integridade, honra).
Que possamos abandonar tudo aquilo que impede ou dificulta nossa comunhão com Deus. A mulher samaritana deixou o cântaro. Pedro deixou o barco. O que tem prendido você e atrapalhado sua plena intimidade com Deus, a fonte da nossa paz e sabedoria?
Será que não está na hora de você remover o que atrapalha e se consagrar por inteiro a Deus. Pedir perdão e adorá-Lo? Fazer uma aliança com o Senhor?
Que buscar Deus seja a prioridade maior de nossas vidas: 
“Entrega o teu caminho ao Senhor,
confia n’Ele, e o mais Ele fará” (Sl 37.5).

3. Autenticidade, fidedigno:
“Não tenha o teu coração inveja dos pecadores;
antes, no temor do Senhor perseverarás todo dia.
Porque deveras haverá bom futuro; não será frustrada a tua esperança.
Ouve, filho meu, e sê sábio; guia retamente no caminho o teu coração”(Pv 23.17-19)
Ser autêntico é não querer agradar a todos. É impossível! Quando fazemos isso nos tornamos escravos dos outros.
Ser autêntico é não se comparar com o desempenho do outro. É se comparar consigo mesmo, sempre buscando superar os seus próprios limites e não superar o do outro. É sonhar e buscar ser melhor hoje do que foi ontem. Melhor amanhã do que é hoje.

4. Ter visão da eternidade:
“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida,
somos os mais infelizes de todos os homens” (1 Co 15.19).
           Quem crê num Deus Presente, vivo, que dá vida a ossos secos, num Deus de poder e graça, não pode ser triste. Quem encontra e pratica a verdadeira sabedoria é feliz (Pv 3.13) e será salvo (Pv 28.26) porque tem a mesma compreensão de Jó: “Porque eu sei que o meu Redentor vive...!” (Jó 19.25).
Você sabe? Saber isso faz toda a diferença em nossa vida. Traz o temor ao Senhor, traz alegria, traz sabedoria nas decisões, a certeza que não estamos sozinhos.

Que o nosso amado Deus, Deus do renovo, do recomeço, das oportunidades nos faça, a cada dia, mais sábios, mais felizes, mais realizados e, principalmente, mais submisso, cumprindo o projeto que Ele tem para nós, desde a antiguidade.

“E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura, as coisas antigas já passaram; eis que se fizerem novas” (2 Co 5.17)

'Que a nossa melhor rede não seja a da internet e sim aquela entre duas árvores, onde podemos deitar e apreciar a natureza e os pássaros cantarem...

E que venhamos a descobrir, antes que seja tarde, que o mais importante não é o que conquistamos e sim o que fazemos com tudo que temos, com tudo que Deus nos deu' (adaptado do texto de Mauricio Louzada).