'Pai e mãe: é pra sempre!'
Aprendendo com a pata selvagem (Anas
platyrhynchos)
A pata selvagem luta corajosamente pelos seus filhotes. Quando identifica um
predador próximo ao ninho, aproxima-se dele e fingindo-se de ferida, arrasta suas asas até atraí-lo para si, afastando-o de seu ninho, quando
então alça voo. Para defender a sua cria arrisca a própria vida.
Pudemos observar este comportamento numa tarde ensolarada, à beira da represa do nosso sítio.
Pudemos observar este comportamento numa tarde ensolarada, à beira da represa do nosso sítio.
Muitas vezes ouvimos declarações displicentes de pais. Orgulham-se por darem aos seus filhos tudo que querem. Por dispensarem confiança e liberdade incondicional não conhecendo os sites da internet que frequentam; seus amigos e suas atividades fora do lar.
Valores contraditórios já que a maioria é grandemente preocupada e zelosa no combate a micro-organismos, agrotóxicos e, por outro lado, indiferentes com o lixo que polui, de modo implacável, as mentes via livros, televisão, internet e maus amigos.
Padrão altamente questionável tem sido inculcado na atual geração: culto ao egocentrismo, luta para superar o outro e conformação a uma sociedade cada vez mais hedonista, violenta, solitária e que favorece a prática do bullying aos que não se adaptam, não se dobram ou não conseguem atingir um modelo pré-estabelecido.
Falta de respeito pelo sentimento do outro, indiferença a dor e a luta do próximo. Pessoas cheias de vontade que passam como um trator sobre o outro sem se preocupar. Tudo em função de seu benefício pessoal, do seu bel prazer. O camarada envelhece, fica de cabelos brancos e ofende o próximo sem sequer perceber. A ficha não cai!
Como cristão, como temos assistido estas mudanças? Indiferente? 'De camarote'? Justificando-se: 'Fazer o que? Os tempos mudaram, precisamos acompanhar. É a luta pra sobrevivência. Reagir é caretice, é expor sentimentos ultrapassados, é fechar a porta para o diálogo...'
Ah, como precisamos nos apegar, com determinação e ousadia, aos princípios bíblicos para desfrutar, juntamente com nossos familiares, de uma vida honrada e significativa.
Davi (1050 a.C), um rei poderoso, guerreiro hábil pra arquitetar estratégias e vencer guerras, foi derrotado como pai (2 Sm 13 a 18). Pai ausente, não vigiava as amizades e as atividades de seus filhos e não os contrariava (1 Rs 1.5-6). Cochilou ao ponto de sua filha Tamar ser estuprada pelo seu meio irmão Amnon. Seu filho Absalão ao ver que o pai não disciplinava Amnon, mata o irmão para fazer justiça, fugindo, em seguida, para casa de seu avô, o Rei Talmai.
Davi não busca Absalão. Joabe, servo de Davi, intervém, organiza uma encenação para mover o coração de Davi de modo que receba Absalão de volta a Jerusalém. Davi concorda, mas por dois anos, não quer se encontrar com o filho.
Jerusalém |
Cinco anos amuado, sem ver Absalão, sem enfrentar e resolver esta discórdia tão séria. O ranço cresceu no coração de Absalão de modo que começou a fomentar uma revolta para tirar o reino de seu pai. Absalão era um homem formoso, cativante e, pouco a pouco, conquista o coração do povo, forçando Davi a deixar Jerusalém. Davi organiza um levante para voltar a reinar, mas determina que não matem seu filho, Absalão. Entretanto, numa fuga, Absalão é morto. Davi chora amargamente. Não teria mais chance de ter o seu filho ao seu lado. Perdera a oportunidade!
Que saibamos amar nossos familiares e o nosso próximo, de fato e de verdade. Demonstrar este amor com atitudes, com palavras, com envolvimento. A vida é curta e para que a desfrutemos em sua inteireza, precisamos ter sabedoria em nossas prioridades e decisões.
Alguém disse que os pais representam um porto e os filhos, os navios. Eles migram, mas voltam e devem encontrar em nós, um acolhimento carinhoso, um colo, um achego, em todo tempo até quando os seus cabelos também ficarem prateados e, então, seguirmos para eternidade.
Deborah, minha filha, e sua demonstração ímpar de amor. |
Para Refletir: Pai, mãe, não façamos como Davi. Que adotemos e nos envolvemos com o nossos filhos, em todo tempo. Não joguemos os problemas 'debaixo do tapete'. Aonde nossos filhos estão neste momento? Vamos confessar a eles o quanto são preciosos para nós. Vamos surpreendê-los com algo especial que demonstre parte deste amor.
"O sucesso de um pai é medido pelo quanto os seus filhos o superaram" (autor desconhecido). Que seja na nobreza, na busca dos valores eternos.
Oração: “Senhor, meu
Deus, ajuda-me a organizar o meu tempo, a saber o que valorizar, no que
gastar minha energia. Que eu não seja ganancioso, mas baseie minha vida em princípios eternos. Ensina-me a ser manso e humilde de coração, a tratar o outro com respeito. E, que eu lute tenazmente por uma vida honrada, pelo meu lar e
amigos, desfrutando de uma história que agrade ao Seu Santo Espírito. Em nome de Jesus, amém”.
Leia sobre a história de Rispa: http://destilardosfavos.blogspot.com.br/2012/11/poe-guarda-senhor-e-vigia-o-futuro-dos.html
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