"... E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus" (Rm 12.2)
Lia Luft escreveu um artigo formidável (Revista Veja de 27/05/2015), intitulado 'Nunca banalizar o mal'.
Segue um resumo, com adaptações, para nossa reflexão:
Tudo que é
repetitivo nos cansa e acabamos desvalorizando, nos acostumando...
Repetidas queixas de pessoas, sempre insatisfeitas, acabam nos desinteressando, com o passar do tempo.
Repetidas queixas de pessoas, sempre insatisfeitas, acabam nos desinteressando, com o passar do tempo.
Assim
também acontece quando excessos de notícias ruins, repetidamente, nos importunam
e vamos nos habituando - 'é
quando a desgraça perde a graça'.
Assim
está acontecendo conosco com relação a violência, terrorismo e o
pecado?
Diariamente
somos soterrados por uma enxurrada de notícias aterrorizantes:
* Estupros de crianças e decapitações de
cristãos no Oriente.
*Confrontos sangrentos (guerra) entre a polícia e traficantes.
* Assassinatos intencionais no trânsito; dentro de residência em assaltos com reféns;
* Assassinatos com ímpetos de crueldade, cujas vítimas e assassinos tem laços familiares íntimos.
* Assassinatos com ímpetos de crueldade, cujas vítimas e assassinos tem laços familiares íntimos.
* Imigrantes que lutam pra sobreviverem nos
mares, à deriva, sem terem para onde ir.
* Desastres naturais como tsunamis,
terremotos que matam e ferem milhares de pessoas.
* Imoralidade, tentativas (algumas com
sucesso) de legalizar o mal, o pecado.
É
o terror se tornando familiar e freqüente.
Não
podemos e não devemos jamais nos acostumar, mas o perigo existe e é exatamente
isto que tem acontecido.
Vamos
ficando calejados, indiferentes.
É hora de acordar, é tempo de se indignar.
A revolta pacífica, em busca de mudanças, é legítima!"
A revolta pacífica, em busca de mudanças, é legítima!"
Banalizar os prejuízos pode ser um modo de nos protegermos e superarmos a agonia insuportável e profunda resultante dos desastres, das perdas.
Entretanto, quando nos adaptamos à injustiça, as consequências são terríveis. A desobediência aos preceitos de Deus foi a causa do cativeiro do povo de Israel:
"Assim falara o Senhor dos Exércitos:
Executai juízo verdadeiro, mostrai bondade e misericórdia,
cada um a seu irmão.
cada um a seu irmão.
não oprimais a viúva, nem o órfão, nem o estrangeiro, nem o pobre, nem intente cada um, em seu coração, o mal contra o seu próximo.
Eles, porém, não quiseram atender e, rebeldes, me deram as costas e ensurdeceram os ouvidos, para que não ouvissem" (Zacarias 7.9-11).
Violências, injustiças contra idosos, órfãos, estrangeiros, pobres, familiares... eis o retrato do nosso Brasil e do mundo em que vivemos!
Por se fazer surdo à voz de Deus, Deus também deixou de ouvir o Seu povo quando clamaram (Zc 7.13). A terra desejável se fez desolação (Zc 7.14).
Ah, meus queridos, não podemos nos acomodar com a iniquidade e com a injustiça. Tudo isto atinge profunda e diretamente nossos valores cristãos.
Se colocarmos uma rã ou uma perereca numa panela com água quente, imediatamente, ela pulará para fora. Entretanto, se a colocarmos numa panela com água na temperatura ambiente e formos aquecendo aos poucos, ela vai se acomodando até morrer cozida.
Atitudes e preceitos estranhos tem se infiltrado, sorrateiramente, em nossas vidas e em nossas igrejas. É a condescendência com o pecado. É a nossa consciência na chaleira.
Ah, como precisamos vigiar para não negociarmos com o inimigo, para não nos acomodarmos a ideologias inconcebíveis para a ética cristã.
"Deus, conceda-me ousadia para não me calar diante da dor dos aflitos e da sagacidade dos maus.
Pai, conduza-me de volta ao primeiro amor pela Sua Palavra.
Que Ela seja sempre meu único referencial.
Que Ela seja sempre meu único referencial.
Ensina-me, como Jesus, a praticá-la, em todo tempo, sem vacilar. Amém!"
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