Certo dia, meu marido orientou uma pessoa
no início de sua vida profissional, para que fosse criteriosa no ritmo
escolhido e nos seus alvos, porque poderia chegar o dia em que não conseguiria
manter o mesmo pique (por construir uma família, pela idade, saúde...) e isto
poderia deixá-la angustiada, culpada.
Considerou que, caso ela continuasse no
compasso que estava, no final ganharia em produção (quantidade), mas perderia
na eficiência, na qualidade e teria um péssimo padrão de vida.
Aconselhou ainda que ela pensasse num
esquema que possibilitasse realização profissional, mas também o desfrute da
vida, sem tanta exigência.
Sabe, particularmente tenho me preocupado
com a luta interior de muitas mulheres.
A emancipação feminina foi necessária e,
digamos, até tardia. Entretanto, o excesso de cobranças visando
realização profissional e familiar, têm tornado o preço alto demais.
Tenho recebido ligações de jovens
recém-casadas que deixaram seu emprego pra se mudar para cidade onde o marido
trabalha. Também de mulheres prestes a se aposentar.
E agora? Depois de tantos anos estudando
ou trabalhando criaram hábitos, uma movimentação intensa e mudar de atividade
choca, angustia. É impactante!
Posso comparar com um carro em movimento
que é freado de repente. Somos arremessados pra frente porque a tendência é
nosso corpo continuar em
movimento. Os físicos chama isso de 'inércia da matéria'.
Se não estivermos alicerçados, preparados com o 'cinto de segurança', batemos a cara.
Quando interrompemos uma
atividade (seja por doença, casamento, aposentadoria ou, até mesmo, por mudança
de área) podemos nos sentir perdedores e questionar: - ‘Será que esta decisão foi a
mais acertada?’
Lembro-me da insegurança que senti quando
pedi demissão do banco em que trabalhava pra cursar uma faculdade pública,
período integral. Na época tive grandes perdas materiais porém hoje, estou certa de que foi uma ótima decisão.
Temos que ter o direito de optar. Não
podemos e nem devemos nos tornar reféns da opinião da sociedade, dos bens materiais.
Não estou fazendo apologia da preguiça, da
inatividade. Não mesmo! Penso somente que a nossa vida é muito curta e temos
muitas opções e, todos nós devemos, na medida do possível, escolher as sementes que iremos usar nas várias etapas de nossas vidas.
A preocupação em cumprir metas, corresponder
ao que o outro, o mundo espera de nós pode tornar nossa vida artificial, desperdiçada.
Há quem desenvolveu frutos mais significativos na velhice do que na sua juventude. As perdas, os relacionamentos trouxeram maturidade, perseverança, compreensão de suas limitações e possibilidades. Muitos mudaram suas estratégias e outros, o ramo de atividade e finalmente, se deram bem.
É a bióloga que deixou tudo pra se tornar uma pintora. É o engenheiro que se tornou chef de um restaurante. É o médico que se tornou um grande fazendeiro.
Há quem desenvolveu frutos mais significativos na velhice do que na sua juventude. As perdas, os relacionamentos trouxeram maturidade, perseverança, compreensão de suas limitações e possibilidades. Muitos mudaram suas estratégias e outros, o ramo de atividade e finalmente, se deram bem.
É a bióloga que deixou tudo pra se tornar uma pintora. É o engenheiro que se tornou chef de um restaurante. É o médico que se tornou um grande fazendeiro.
"Existe um ganho em cada perda e em cada ganho uma perda.
E cada fim traz um novo começo" (anônimo)
E então, vem a pergunta: - O que é se dar bem?
É agradar o outro, a sociedade? É alcançar poder,
condições de adquirir muitas coisas ou, mesmo com pouco, ser feliz e fazer
outros felizes?
A gente precisa de muito pouco pra viver. Criamos necessidades desnecessárias, enchemos nossas vidas (coração, guarda-roupa, casa, garagem) com coisas dispensáveis. Pra isto, nos arrebentamos de tanto trabalhar.
A gente precisa de muito pouco pra viver. Criamos necessidades desnecessárias, enchemos nossas vidas (coração, guarda-roupa, casa, garagem) com coisas dispensáveis. Pra isto, nos arrebentamos de tanto trabalhar.
E a vida passa...
Alguém já disse que rico é aquele que é
feliz com o que tem.
Creio firmemente que se dar bem na vida é cumprir o propósito de Deus, frutificando em todo tempo, porém sempre guardando os Seus princípios, a dignidade, a honra.
Creio firmemente que se dar bem na vida é cumprir o propósito de Deus, frutificando em todo tempo, porém sempre guardando os Seus princípios, a dignidade, a honra.
Quando me aposentei fui incompreendida e
até questionada por alguns colegas, mas optei por dirigir minha história. Hoje,
ao olhar para os frutos resultantes do uso da minha aposentadoria, fico muito
feliz e realizada.
A sociedade sabe cobrar e nos deixar
indecisos. Lembra da ilustração do velho, do menino e do burro que iam para uma
feira e encontravam pessoas no caminho? Algumas queriam que o menino fosse
montado sobre o burro, outras questionavam que o velhinho tinha mais
necessidade e outros que o burro estava magro pra levar tanto peso.
Finalmente, foram até a feira carregando o
burro e a moral da história é que críticas sempre haverão e que jamais
conseguiremos agradar a todos.
Sendo assim, que tal sermos autênticos,
desde que isto não fira a liberdade e os direitos do nosso próximo?
Que aproveitemos as oportunidades sem nos desgastar, sempre buscando desfrutar de uma vida de qualidade em nossa caminhada e em cada etapa de nossa vida. Porque a vida passa...
Que o desejo do nosso coração seja o de
agradar somente a Deus, que quer que experimentemos uma vida frutífera, boa, perfeita e
agradável (Rm 12.2). Um Deus que não cobra mais do que possamos cumprir.
Perto d'Ele não preciso demonstrar desempenho.
Um Deus que pensa em nós com planos de paz (Jr 29.11) e que enviou Jesus pra que tivéssemos, aqui e agora, uma vida em abundância (Jo 10.10).
Perto d'Ele não preciso demonstrar desempenho.
Um Deus que pensa em nós com planos de paz (Jr 29.11) e que enviou Jesus pra que tivéssemos, aqui e agora, uma vida em abundância (Jo 10.10).
Que tal começar a desfrutar dela hoje
mesmo?
“Só eu conheço os planos que tenho para
vocês: prosperidade e
não desgraça e um futuro cheio de
esperança” (Jeremias 29.11 - NTLH)
Deus o oriente nesta jornada!
Nenhum comentário:
Postar um comentário