Hora de enfrentar ou hora de fugir?
Hora de enfrentar:
“Por que clamas a mim?
Dize aos filhos de Israel que marchem" (Ex 14.15).
Dize aos filhos de Israel que marchem" (Ex 14.15).
Era 1939, época de grande recessão econômica.
Wallace Johnson é despedido da serraria onde trabalhava. Abalado, hipoteca sua
casa e investe no ramo de construção. Seus negócios prosperam e, de
desempregado, torna-se um dos maiores empresários do mundo, oferecendo emprego
para milhares de pessoas.
Hora de enfrentar! Davi chora, até não ter mais lágrimas, quando sua família foi levada
cativa e o seu acampamento, em Ziclaque, destruído pelos inimigos. Entretanto,
orientado por Deus, vai em busca do que é seu.
Hora de enfrentar! Deus, preparando Moisés para sua grande missão, manda que ele lance
o seu cajado no chão. Ao fazê-lo, o cajado se transforma numa serpente. Moisés
foge. Então, o Senhor ordena que ele pegue a serpente pela cauda e, quando ele
o faz, na confiança em Deus, ela volta a se tornar cajado (Ex 4.1-5).
O Pr Eduardo Coelho, meditando sobre este texto,
considerou que, muitas vezes, como Moisés, avaliamos os recursos, os dons, os
instrumentos que temos como problemas, perigo e, com medo, fugimos. Podem ser
responsabilidades, tarefas (de pais, cônjuge, profissionais), dinheiro, casa, cursos. As
oportunidades, concedidas por Deus, para serem benção tornam-se motivos de
pânico, aflição. Entretanto, devemos enfrentar o medo e pegar a serpente pelo
rabo.
Mas é uma serpente... que medo! Instrumento estranho,
diferente do padrão que estabelecemos: desemprego, rejeição, perdas, frustrações, desertos,
solidão! Mas pode ser a ferramenta preparada por Deus para que o Seu propósito
se realize. Para nos lapidar, nos amadurecer, fazer de nós filhos melhores, mais
preparados, mais capacitados. O Deus que nos chama, nos habilita, sustenta,
caminha conosco, provendo cada uma de nossas necessidades.
A nós cabe marchar, prosseguir, ir transpondo cada
pedra no caminho! Às vezes mais rápido, outras vezes mais lentamente. Não no ritmo do
companheiro de jornada, mas no nosso próprio compasso.
Se você está sendo desafiado para novos rumos,
confirme com Deus este novo caminho, lembre-se do tanto que Deus já fez, do Seu
cuidado. Estas lembranças geram esperança, alimentam sua fé para enfrentar,
transpor barreiras, pegar a serpente pelo rabo fazendo, dos recursos
disponíveis, ingredientes para uma vida reconstruída.
Há momentos de enfrentar, porém há momentos de
fugir:
Hora de fugir, recuar:
O sábio é cauteloso e
desvia-se do mal,
mas o insensato
encoleriza-se e dá-se por seguro (Pv 14.16).
Muitas vezes, a vitória
está na fuga. Fuga do pecado, da cólera, das más companhias, do que não edifica.
Fuga da Babilônia (Jr 51.6) e de tudo que nos afasta de Deus e que se opõe à
Sua vontade.
“Fugi, salvai a vossa
vida, ainda que venhais a ser
como o arbusto solitário
no deserto” (Jeremias 48.6)
Hora de fugir! Davi, quando ofendido e
confrontado pelo seu irmão Eliabe, desvia-se. Um matador de gigantes, de urso,
de leão, um guerreiro destemido, quando fugiu de confrontos inúteis, teve vitória
(1 Sm 17.28-30). Entretanto, quando tentado
por Bate-Sabe, Davi não fugiu, adulterou, sujando sua história e trazendo conseqüências
funestas para os seus descendentes.
Entretanto, Davi não revidou quando ameaçado e perseguido por Saul. Apesar de provocado, recuava e isto lhe foi propício no futuro.
Entretanto, Davi não revidou quando ameaçado e perseguido por Saul. Apesar de provocado, recuava e isto lhe foi propício no futuro.
Hora de fugir! Do que não agrada a Deus, dos confrontos, de pessoas que nos esvaziam,
que sugam nossa seiva, que nos levam a pecar. Fugir da impureza, da idolatria,
do mal e da aparência do mal.
Hora de fugir! Fugir da corrupção, da língua desenfreada, da murmuração, das
intrigas, dos queixumes, do egoísmo, do sexo ilícito, das drogas, das
contendas.
Hora de fugir! Para não estragar nossa vida, nosso legado. José do Egito guardou sua honra ao fugir da
mulher de Potifar (Gn 39). José e Maria fugiram com o menino Jesus porque
Herodes queria matá-lo (Mt 2.13).
Fugir, em alguns momentos, é demonstração de
prudência, coragem, domínio próprio, sabedoria, decisão. Não devemos nos sentir
seguros demais, fortes demais, invencíveis demais: “Aquele, pois, que pensa
estar em pé veja que não caia” (1 Co 10.12).
Não nos escoremos em nós mesmos, não baixemos a
guarda. A ordem é vigiar e orar, sempre e, sem cessar, reconhecendo nossa
pequenez e necessidade do apoio do Pai.
Feliz é o homem que, direcionado por Deus,
sabe a hora de enfrentar e a hora de se afastar.
'Oh, Senhor, dê-nos discernimento em todo tempo, para não fugirmos do que precisamos enfrentar e não nos aproximarmos daquilo do qual precisamos nos afastar. Ensina-nos a escolher nossas guerras. Ajuda-nos a nos recolher, nos refugiar no esconderijo do Senhor, Altíssimo nosso'.
"Faze-me discernir o propósito dos teus preceitos...
Desvia-me dos caminhos enganosos...
(e) os meus olhos das coisas inúteis e
faça-me viver nos caminhos que traçaste" (Sl 119.27-28, 37).
Leia mais a respeito em:
http://destilardosfavos.blogspot.com/2011/01/deus-que-restitui.html http://destilardosfavos.blogspot.com/2011/01/cansado-demais.html
2 comentários:
gostei muito.
Que bom, fico feliz em saber.
Deus abençoe nossas vidas e nos ensine a saber quando e como enfrentar e quando fugir.
Regina Helena
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