Jesus:
Da Tristeza Profunda ao Trono Celestial
(Parte adaptada do capítulo do Livro: Vida Plena editado pela ABBA Press)
Jesus, conhecendo o
vale escuro que ia atravessar e que O levaria até a Cruz do Calvário, fica profundamente triste até a morte.
Neste estado de tamanha angústia, como Jesus Cristo agiu?
O que devo fazer pra que uma tristeza profunda não se transforme numa depressão?
Meditando em Mateus 26.36-46, Jesus Cristo me ensina a:
1.
Não me acomodar:
Jesus leva os discípulos para um local especial, aprazível, onde pudessem gozar de
privacidade junto ao Pai. Levou-os para um jardim (Getsêmani), próximo a Jerusalém, situado
ao pé do Monte das Oliveiras.
2.
Convidar bons amigos
para estarem comigo:
Jesus Cristo convidou três dos seus
discípulos, aqueles especiais: Pedro, Tiago e João, que estiveram com Ele em
momentos altamente significativos, como na transfiguração (Mt 17.1-8), para O
acompanharem.
3.
Desabafar, revelar, abrir o meu coração:
Jesus revela que a Sua alma está profundamente triste, até à morte (Mt 26.38).
Pede que eles fiquem e vigiem com Ele.
4.
Orar, clamar e
entregar tudo nas mãos de Deus:
Ele
intensificou as Suas orações, clamou por ajuda, mas Se dispôs a obedecer à
vontade do Pai.
Precisamos impedir que a depressão faça morada em nosso coração.
Quando a tristeza vier, aprendo a enfrentá-la, perguntando-me: “Por que estou triste? Há alguma coisa que eu possa fazer? O que Jesus Cristo faria no meu lugar?”
Se houver algo que eu possa fazer, aprovado por Deus, vou em frente!
Se não há o que fazer, devo entregar a situação nas mãos de Deus, me aquietar e aguardar: “Guarda silêncio e ouve, ó Israel” (Dt 27.9).
A dor pode ser a oportunidade de Deus tratar, amadurecer o nosso interior; resolver pendências, produzir perseverança, quebrar barreiras, ter oportunidade de revelar o Seu amor e estreitar o relacionamento de Pai e filho (Sl 34.19; Is 48.10; Rm 5.3; 8.35-37; I Pe 1.6-7; I Pe 5.10).
Quando sofremos na presença de Deus, nosso interior é fortalecido como um osso quebrado que, ao cicatrizar, torna-se mais forte, mais resistente.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o Seu propósito” (Rm 8.28).
Cremos ainda que nenhum sofrimento será superior às nossas forças, e como co-herdeiros com Cristo, seremos consolados (2 Co 1.5-7) e, no devido tempo, glorificados (Rm 8.17). Mesmo que passemos por tribulação, a vitória final será nossa, por Cristo Jesus.
A Bíblia registra muitas histórias de homens que enfrentaram momentos de intensa tristeza, angústias e solidão em suas vidas. Alguns entraram em depressão.
No entanto, os que buscaram a Deus foram tratados e atravessaram desertos sem perderem a compostura, a dignidade e a fé.
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os Seus juízos, e quão inescrutáveis, os Seus caminhos!... Porque d’Ele, e por meio d’Ele, e para Ele são todas as coisas.
A Ele, pois, a glória eternamente. Amém” (Rm 11.33-36).
Aprendemos que precisamos ser e fazer bons amigos que, no devido tempo, nos confortam e, em outros, nos repreendem com amor, para que possamos acertar os nossos caminhos (Pv 27.5-6, 9).
O apóstolo
Paulo, quando enfrentou uma situação de grande impacto na sua vida, apelou aos
amigos. Paulo revela suas lutas, seus temores, suas tribulações e o conforto
que sente com a chegada de seu amigo Tito (2 Co 7.5-6).
Tempos atrás, uma amiga passou por uma tristeza profunda decorrente de um grande desgosto. Passamos a nos reunir para o café da manhã em minha casa, todos os dias, juntamente com outra amiga em comum. Durante semanas oramos, meditamos na Palavra, choramos e nos consolamos. Os motivos da dor não passaram, mas Deus deu libertação, alegria e grandes vitórias pra ela e sua família e, creio, que muita benção vai ainda acontecer. Continuo aqui, na torre de vigia, deleitando-me e fortalecendo o meu coração ao ver o agir de amor de Deus Pai.
Jesus Cristo, após orar pela terceira vez, volta-se para sua realidade disposto a enfrentá-la e anima seus amigos a se levantarem também.
Sabemos que Jesus Cristo sofreu muito até morrer injustamente, por mim e por você. Foi enterrado, porém hoje, sua tumba está vazia porque ressurgiu dos mortos e está assentado no trono celestial, à destra de Deus.
Tumba em Jerusalém
“Deus o exaltou sobremaneira para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11).
Como você está? Está passando por aflição, medo, por uma grande angústia?
Reflita sobre o que Jesus fez quando passou pela dor da traição, do abandono, da oposição, da injustiça. A Bíblia nos ensina a imitá-lo.
Façamos isto, sem esquecermos que, após a entrega total, chegará a hora de nos levantarmos para enfrentar, sempre com fé no coração, confiantes nas promessas do Pai:
"Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram,
nem
jamais penetrou em coração humano
o que Deus tem preparado para aqueles que O
amam” – 1 Co 2.9
ORAÇÃO: "Senhor, chego à Sua Presença no nome de Jesus Cristo.
Eu confesso que tenho pecado contra o Seu Santo Espírito e
peço perdão (especifique cada um deles...).
Peço que o Seu sangue me limpe, me purifique de cada pecado confessado e
também daqueles que, por esquecimento, não confessei.
Sei que o Senhor conhece o meu sofrimento e
creio que ouve o meu clamor.
Peço que, pela Sua misericórdia, me conceda amigos de verdade,
confiáveis que possam me ajudar neste momento.
Pai, se porventura, eles não forem fortes o suficiente para vigiarem comigo,
me dê forças para vigiar e para me levantar e cumprir a Sua vontade, seja ela qual for.
Obrigada, desde já, porque estou certo de que nada poderá me separar do
Seu tão grande e doce amor e isto é o que importa pra mim.
Em Jesus, meu Salvador e Referencial, amém"