'E agora, o que é que eu vou fazer?'
José tinha 16 anos quando foi enviado pelo seu pai Jacó para Siquém, onde seus irmãos cuidavam de suas ovelhas e cabras, a fim de verificar como eles estavam e trazer notícias (Gênesis 37).
José era o preferido do seu pai e, por isso, odiado pelos seus irmãos que, ao vê-lo, arquitetam planos pra matá-lo.
Rúben, seu irmão mais velho, tenta impedí-los e sugere que eles deixem José num poço vazio e seco do deserto, mas que não o matem. Seu plano era resgatá-lo, em seguida.
Entretanto, quando Rúben volta ao poço José não está mais lá. Fora vendido como escravo pelos seus irmãos e levado para o Egito.
Rúben fica desesperado e diz: 'O rapaz não está mais lá! E agora o que é que eu vou fazer?' (Gn 37.30 - NTLH)
Rúben sabia o que fazer. Sabia para onde José tinha sido levado como escravo. Poderia resgatá-lo. Porém, Rúben se omitiu.
Um pecado pode levar a outro pecado, uma mentira a outra mentira, um abismo a outro abismo.
Refletindo...
Será que como Rúben temos nos omitido, sido coniventes, varrido pra debaixo do tapete confrontos e deixado que a injustiça e o pecado imperem?
Será que temos deixado o medo, a vontade de agradar o outro, o comodismo prevalecerem sobre o nosso compromisso de lutar pela honra, pela verdade?
Quando erramos ou aconselhamos alguém precisamos ter coragem para não satisfazermos o desejo do coração de buscar o caminho mais fácil; ousadia para enfrentarmos a verdade e reagirmos, mesmo com perdas e oposições.
Que o nosso anseio maior seja agradar a Deus e não a homens.
Rúben não teve coragem de enfrentar seus irmãos e nem disposição em buscar José no Egito. Rúben sabia onde encontrar José e não o fez. Aceitou mentir para o seu pai, declarando José morto por um animal selvagem. Acovardou-se, varreu sua responsabilidade pra debaixo do tapete.
Esta história faz-nos lembrar da ousadia de Abigail que enfrentou Davi e todo o seu exército pra proteger seu povo.
Faz com que admiremos a humildade de Davi. Ao ser confrontado por Abigail, reconsidera o seu projeto de exterminar o povo de Nabal.
Eu aprendo que, como diz o dito popular, 'um erro não justifica outro erro'. Aprendo que pecados acontecem em nossas vidas e que a nossa reação a eles é um indicador de quem somos; do que é feita a nossa estirpe, a textura do nosso caráter. Revela ainda a consistência da nossa fé.
Tem algum sentimento, pecado, atitude do seu passado que você tem ocultado e a mera lembrança faz você corar de vergonha? Algo que você não tem tido coragem pra enfrentar e tem ofuscado sua alegria?
Será que hoje não pode ser o grande dia da sua vida de resolver esta pendência, passar uma régua e começar de 'cara limpa' um novo capítulo, sem mácula?
'Pequei, e agora o que é que vou fazer?'
Posso me omitir, tocar pra frente sem considerar o que fiz e o tanto que posso ter prejudicado meu próximo. Entretanto, tenho que ter consciência de que um dia terei que prestar contas, com juros e correção que pesarão no meu emocional e respingarão nos que convivem comigo.Vamos confessar: sabemos sim o que fazer!
Demonstrar coragem e dignidade ao arrepender-me sinceramente diante de Deus e dos homens, pedir perdão e, no que depender de mim, corrigir o erro.
Se, no entanto, eu não conseguir mudar meu procedimento sozinho por me sentir frágil, incapaz, devo pedir ajuda para um irmão comprometido com Deus.
Quando fazemos isto, somos curados!
"Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros e orai uns pelos outros, para serdes curados. Muito pode, por sua eficiência, a súplica do justo" (Tg 5.16)
Entretanto, peçamos a Deus discernimento pra reconhecermos homens e mulheres santos, obedientes a Ele, confiáveis. Peçamos ainda que Deus nos conceda maturidade para que, no futuro, possamos também orar como justos, pelos outros.
Que possamos crescer a cada dia, deixando a mamadeira, as coisas antigas de menino e avançarmos, fortalecidos no Senhor, como canais de benção na vida de muitos.
Que o Deus Altíssimo, cheio de misericórdia nos ensine e nos capacite a cumprirmos nossa missão. A praticarmos a tolerância com o pecador, mas jamais a conivência com o pecado.
A DEUS, TODA NOSSA GLÓRIA E
RECONHECIMENTO POR TÃO GRANDE AMOR!
Sugiro a leitura de:
http://destilardosfavos.blogspot.com/2011/09/tolerante-sim-conivente-nao.html
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Um comentário:
Boa noite Regina :)
É verdade...devemos agradar a Deus em tudo.
Aprendo muito lendo seus posts.
Desejo que vc continue sendo esse canal de benção na vida de muitos.
Bjs \o/
Bom fim de semana.
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