'Até que...'

        No culto do último domingo, Deus ministrou ao meu coração por meio da mensagem do Rev. Paulo César Nunes. É verdade! Não podemos nos acomodar em nossa vida espiritual. O final da nossa carreira é construído no dia a dia: sem férias, parêntesis ou aposentadoria. Neste contexto, as palavras do Rev. Antonio Elias: 'O final de sua história/da sua carreira é mais relevante do que o seu início', nos levam a reflexão. 'Como está a minha vida espiritual? Tenho buscado mais a Deus hoje do que busquei no passado? Minha comunhão com Deus está progredindo ou regredindo?'

        O Rei Uzias começou bem o seu reinado (2 Cr 26.1-5; 15-21). Abençoado por Deus edificou grandes obras, até que se tornou forte... (2 Cr 26.15b). A soberba, a vaidade, as vitórias invadiram seu coração e Uzias afastou-se de Deus e deixou de honrá-Lo. Tornou-se uma estrela e tentou usurpar a glória de Deus para si mesmo. Triste final de história. 

      Somadas a esta mensagem, hoje eu vi duas informações impactantes, que moveram o meu coração:

* Hoje é o aniversário da reforma protestante (segue abaixo um comentário), quando Lutero ao perceber os atalhos (distantes dos caminhos do Senhor) que a igreja tinha tomado, enfrentou arraigadas tradições a fim de resgatar os princípios bíblicos. 

* Hoje, o velho continente, berço do protestantismo, das grandes missões e reavivamentos passa por um liberalismo teológico que tem esvaziado e fechado igrejas (Hernandes D. Lopes).

       Ah, meus irmãos... Hoje é tempo de refletir sobre a nossa vida, sobre a nossa história. Tempo de retornar ao primeiro amor, de reformar o nosso modo de viver, de relembrar daquEle que nos tirou das trevas para Sua maravilhosa luz: “... e, quando comeres e te fartares, guarda-te, para que não esqueças o Senhor que te tirou da terra do Egito, da casa da servidão” (Dt 6.11b-12 - grifo adicionado).

       Temos nos esquecido do quanto somos limitados e carentes do cuidado e provisão de Deus? Temos deixado de oferecer a Ele toda honra, toda glória que lhe é devida?
      Que Deus nos livre de uma vida de 'atuação', de ativismo inútil e faça de nós um verdadeiro adorador. 'Atuação é buscar corresponder as expectativas humanas e adoração é oferecer nossa vida como oferta sincera no altar do nosso Deus Altíssimo' (Tessa Afshar, 2013).

      Hoje é o tempo de despertamento, de trazer a memória o agir de um Deus libertador, pessoal, de modo que tudo que fizermos, pensarmos, falarmos e sentirmos seja unicamente para glorificar o Seu Santo e maravilhoso nome.

      Que Deus perdoe o desperdício do nosso tempo e nos livre de uma vida medíocre, da cobiça, da frieza espiritual. Que Deus nos ensine a agradar o Seu Santo Espírito e a perseverar sempre de modo a desfrutar de um final feliz, estando hoje mais próximo da Presença e da vontade soberana do Senhor do que ontem, porque:

Tudo que temos, tudo que somos pertencem ao Senhor:

"Porque dEle, e por meio dEle, e para Ele são todas as coisas. 

A Ele, pois, a glória eternamente. Amém!" (Rm 11.36)

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Reforma Protestante (Extraido de http://www.diadareforma.com.br/reforma)

No dia 31 de outubro de 1517, o monge agostiniano Martinho Lutero, indignado com os abusos da Igreja Católica Romana, afixou na porta da catedral de Wittenberg, na Alemanha, suas 95 teses, que contestavam, entre outros assuntos, a comercialização do perdão dos pecados e a salvação por obras, fato que desencadeou a Reforma Protestante.

Em razão de sua postura teológica, Lutero foi ameaçado de excomunhão pela igreja católica, o que o levou a queimar em praça pública a bula de excomunhão emitida pelo pontífice romano. Alguns anos mais tarde, Lutero publicou seu Catecismo Menor, através do qual explica, em linguagem simples, a teologia da Reforma. Lutero traduziu a Bíblia para o alemão, tendo contribuído grandemente para o acesso à Palavra de Deus pelo povo da época.

Além de Lutero, reformadores como João Calvino, Ulrich Zwinglio e Martin Bucer tiveram papéis determinantes na história da Reforma Protestante.

Indubitavelmente, a Reforma trouxe grandes conquistas para a igreja, ao restituir a crença em doutrinas genuinamente bíblicas e indispensáveis à saúde da igreja, que podem ser resumidos em 5 pontos: somente a Escritura, somente a fé, somente a graça, somente Cristo e glória somente a Deus.

Após quase 500 anos de Reforma, grande parte da igreja desconhece esse importante acontecimento histórico, bem como suas conseqüências e impactos para a igreja hoje. 

Tendo retornado à Idade das Trevas, muitos atualmente comercializam a fé, negociam o evangelho e, como disse H. Richard Niebuhr, em sua famosa frase a respeito do liberalismo, — proclamam e adoram “um Deus sem ira, o qual trouxe homens sem pecado para um reino sem julgamento por meio de ministrações de um Cristo sem a cruz”. Em suma, desconhecem a verdade do evangelho.

          Nosso objetivo ao comemorar o Dia da Reforma é encorajar igrejas e ministérios a retornarem às verdades das Escrituras, através do correto conhecimento do Deus Todo-Poderoso, que por sua abundante graça, reconciliou consigo mesmo, através do sacrifício expiatório de Jesus na cruz do calvário, um povo escolhido de antemão e amado incondicionalmente.