Deborah Nogueira Couto - 14 de julho 2015
Outro
dia, eu estava caminhando no Parque do Sabiá e um tornado passou por mim. Um
tornado desses que derrubam as papeladas que guardamos nas mesinhas entre os
neurônios... Logo comigo, q sempre tive problemas com papéis quando não há
canetinhas por perto! Na gênese dessa ventania, notei um rapaz que ia correndo
logo à minha frente. Contrariando a ordem natural das manadas e procissões (que
prezam por ir adiante em linha reta, seguindo formalmente o desenho da pista),
esse ser vivente corria desordenadamente; dando pulos e sobressaltos, usando os
outros pedestres como obstáculos e deixando para trás um desenho tortuoso e
enlouquecido, com a graça e leveza de um antílope obeso e míope no asfalto
quente... E eu achei o máximo! Lá foi ele em sua corrida frenética e
atropelante.
Confesso
que, depois desse momento, todos os corredores que passaram apressados por mim,
me pareceram categoricamente chatos. Dessa vez, não somente por estarem
suficientemente em forma pra correr uma volta inteira sem protagonizar uma
angina e eu não; mas simplesmente porque eles estavam seguindo a linha, em sua
corrida sem obstáculos, sem papéis caindo, sem tornados e ventanias!
Fiquei
pensando... Não existe nenhum problema em seguir a linha. Absolutamente nenhum!
É bom! Em diversos momentos, é simplesmente necessário. Se não houvesse uma
pista, não conseguiríamos delimitar inícios e chegadas, potencializaríamos o risco
de sair do compasso e deslizar mato à dentro, ralar o joelho, quebrar o nariz e
todas essas coisas que a criançada nasce PhD, mas perde o talento ao longo dos
anos.
Entretanto,
apesar dos benefícios dos traços delimitados, parece que - em alguns momentos -
a vida pede um “quê a mais”; um toque apimentado de criatividade, de ousadia. E
nem é preciso deixar a pista pra trás (Vide exemplo mencionado!). Quem sabe uns
pulos mais amplos, uns passos inesperados aqui e ali. Ok, pode até ser que
demore mais tempo pra alcançar a linha de chegada. Mas que corrida é essa
mesmo? Contra quem? Contra o quê?
Tenho
coletado cada vez mais motivos para concluir que a beleza da corrida não está
mesmo só nas metas que traçamos; mas nos pedestres que fizemos sorrir, nos papéis
que voaram de cima da mesinha organizada, nas sementes que espalhamos, nos
vovôzinhos preciosos com os quais conversamos, nos bichinhos que paramos pra
observar, na beleza dos desenhos de Deus e até nos tombos que levamos... Ah,
como eu amo esse parque!!!
Deborah e Regina |
Mãezinha, é tanta coisa pra agradecer q eu até trupico no discurso! rs.
Levo a senhora comigo onde eu vou; no meu coraçao, nos traços do meu rosto, nos traços de minha personalidade. Privilegio q Deus me deu
Te amo mtoo, te admiro cada dia mais e sinto mta saudade. Não tenha nenhuma duvida disso... Ah, e vc é a melhor de todos os universos do mundo inteiroo ^^ ou algo do tipo, um pouco mais lógico e não menos poético! Hahahah feliz domingo! (Deborah, publicada no facebook no dia 16 de março de 2014)
Levo a senhora comigo onde eu vou; no meu coraçao, nos traços do meu rosto, nos traços de minha personalidade. Privilegio q Deus me deu
Te amo mtoo, te admiro cada dia mais e sinto mta saudade. Não tenha nenhuma duvida disso... Ah, e vc é a melhor de todos os universos do mundo inteiroo ^^ ou algo do tipo, um pouco mais lógico e não menos poético! Hahahah feliz domingo! (Deborah, publicada no facebook no dia 16 de março de 2014)