“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

"Você anda enfezado?"

            Gosto muito da frase (autor desconhecido): “Promova o que te encanta ao invés de atacar o que te desagrada”.
Como devíamos praticar isto!
Muitas vezes nos irritamos por algo tão sem valor. Somos rápidos pra reclamar e tardios em elogiar.
Permitimos que um minuto de contrariedade ofusque 23 horas e 59 minutos de harmonia. Pode ser uma palavra enviesada, uma ligação fora de hora, um atraso, algo que não saiu como planejamos.
Da mesma forma, preciosas amizades, de longos anos, tem sendo destruídas por picuinhas. Tantos encontros, alegrias, realizações, tanta parceria e, de repente, um descuido momentâneo põe tudo a perder.

A pessoa fica com aversão da outra ou literalmente, do latim ‘aversus’, ela vira pro outro lado pra não enxergar o motivo da sua ira. Muitos morrem virados de lado, sem nunca mais voltar.
Pessoas enfezadas! Pessoa constipada, ‘cheia de fezes’! Há quem diga que a origem da palavra enfezada vem da época dos escravos, quando eles tinham de carregar baldes cheios de dejetos fecais dos seus algozes até o rio, onde eram despejados. Entretanto e apesar do dicionarista Houaiss afirmar que a palavra enfezado origina-se do latim ‘infenso’ (hostil) e nada tem a ver com fezes, o efeito é o mesmo!
O rancor, uma raiva prolongada, é um sentimento ‘dejeto’ que deve ser eliminado porque corrompe, faz mal, gera inquietação. 
A libertação, a cura vem do perdão, do latim ‘per + donare’, é se doar, conceder o nosso melhor, esvaziado dos entulhos das mágoas. É dar descarga do que contamina... 
Perdoar é nobre, alivia, gera paz, traz o renovo de Deus.

Refletindo: ‘Tenho valorizado e destacado mais as coisas ruins do que as boas?’
Vamos nos lembrar sempre que estas atitudes 'enfezadas' podem apagar o brilho dos nossos olhos, a alegria do nosso viver e também dos que convivem conosco. 
 Valorizemos o que traz brilho aos nossos olhos!
Certo casal decidiu divorciar-se. Conversando com um pastor, revelaram que o motivo era falta de amor. O pastor lançou um desafio: - ‘Fiquem juntos por mais um mês e venham semanalmente ao meu escritório, cumprindo algumas tarefas’. Relutante, o casal concordou. A primeira tarefa era fazer duas listas: qualidades do outro e das boas lembranças juntos. 
No final do mês estavam surpresos ao constatarem quantas vitórias, alegrias tinham compartilhado e por tantos obstáculos que tinham superados juntos. Arrependeram-se de valorizarem os pequenos entraves e de não terem conduzido adequadamente algumas contrariedades. Ainda, considerando a ordem (não opção) de Deus que deveriam se amar (Ef 5.25, 28) e que o divórcio é abominável a Deus (Ml 2.16), desistiram da separação.

Que tal telefonar hoje pra alguém que tem sido benção em sua vida e contar o quanto ele alegra sua vida?
Que tal dar um abraço bem apertado em alguém que está pertinho de você e dizer o quanto ele é importante em sua vida? 
“Senhor, meu Deus, perdão por não valorizar tantas preciosidades que, generosamente, tem me presenteado. Ensina-me a valorizar todos os companheiros de minha jornada. 
Dê-me consciência de que cada um deles foi selecionado ‘a dedo’o Seu dedo, para fazer parte da minha história, com algum propósito. Ensina-me a conviver com todos em paz, com alegria. Tira do meu coração qualquer sentimento indigno e coloque amor, perdão, disponibilidade. 
Pai, tem alguém que eu precise perdoar? Tem alguém que eu precise pedir perdão? 
Sonda o meu coração, mostra-me e ajuda-me a fazer isto porque quero agradar o Seu Santo Espírito, que em mim habita. Em nome de Jesus, meu exemplo no perdão e na doação incondicional, amém!” 

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