Confesso que nunca tive vontade 'ardente' de conhecer Portugal, mas isto estava no coração do Leomam. Então, estivemos lá em abril de 2015 e fui agradavelmente surpreendida por cidades pitorescas, lindas, alegres e por um povo muito cordial e hospitaleiro.
Amamos conhecer Portugal e os portugueses!
Um adendo: Gostei mais do que imaginava de Portugal e dos portugueses, mas 'I love PT' já é demais pro meu coração. Extrapolou!... rsrs
Estampa comum em Portugal: toalhas, bolsas, porcelanas... |
Lisboa é envolvente pelo seu charme! À noite, às margens do Rio Tejo é uma festa com estátuas e monumentos bem iluminados cujo brilho se estende pela Praça do Comércio e o Elevador Santa Justa.
Ficamos hospedados no 'Quality Inn Portus Cale'. Hotel central, muito bom.
O Elevador de Santa Justa, construido por um aluno de Eiffel (du Ponsard) em 1902, liga a Rua do Ouro (Cidade Baixa) com o Largo do Carmo (Chiado - Cidade Alta). A subida de 30 metros é feita em uma cabina de madeira e ferro. O bilhete custou 5 euros por pessoa. No alto, a vista é muito linda. Dá pra ver o Rio Tejo, o Castelo de São Jorge do outro lado, as ruínas da Igreja do Carmo e parte de Lisboa.
Descemos a pé por trás do elevador, pelo Largo do Carmo, que nos presenteia com grandes jacarandás. O elevador fica entre o Convento do Carmo e o Palácio Valadares. O Convento do Carmo foi construído no século 14 e hoje, é usado como Museu Arqueológico do Carmo. Local interessante por ter sido palco de muitas decisões e, até revolução. Ali fica também um palácio (antigo Palácio Valadares) onde funcionava a Primeira Universidade Portuguesa, antes da transferência para a cidade de Coimbra.
Neste largo, morou Fernando Pessoa num quarto alugado, no periodo de 1980 a 1912. Hoje, há muitos bares com cadeiras na rua. Desta praça saem muitas ruelas estreitas. Descemos a rampa para a Rua do Ouro, é uma descida íngreme, com muitas lojinhas de comércio e casas antigas.
Jantamos bacalhau no Restaurante O Bacalhoeiro (50 euros). Muito bom, recomendamos. Inclusive retornamos para jantar na última noite em que estivemos em Lisboa.
Após o jantar desfrutamos de um momento ímpar na Praça do Comércio localizada junto ao Rio Tejo, com seus monumentos iluminados, muito lindo e festivo. Era meia noite e estava muito movimentado, inclusive com jovens, senhoras de idade sentadas nos bancos, caminhando sozinhas.
Este local era a entrada oficial de Lisboa, vindos do Rio Tejo. Pela escada de mármore do Cais das Colunas muitos reis, rainhas e famosos subiram.
Praça do Comércio e o Arco ao fundo |
No meio da praça destaca-se uma estátua de bronze de D. José I (cor verde), voltada para o Rio Tejo e ao fundo o Arco Triunfal da Rua Augusta por onde se entra na Baixa Portugal. O Arco da Rua Augusta que liga a Praça do Comércio com a Rua Augusta foi construído em 1873 - 1875. Conta-se que D. José não quis posar para o escultor e ele precisou usar das poucas imagens que dispunha para fazer o rosto. Para desviar as atenções das imperfeições do rosto, o escultor adicionou um capacete bem vistoso. Embaixo do cavalo tem cobras.
Nesta praça fica ainda
a cafeteria Martinho da Arcada que era muito frequentado por Fernando Pessoa.
À direita do Rio Tejo visitamos a Torre de Belém, o
Padrão de Descobrimento e o Mosteiro dos Jerônimos. Próximo destes recantos turísticos encontra-se o famoso pastel de
Belém, que funciona desde 1837. Mas, cá entre nós, o melhor pastel de Belém que provamos é o da 'Nata Lisboa' (Rua da Prata, 78): recheio mais suculento, casquinha mais crocante. Enfim... delicioso!
Percorremos de carro (um Peugeot 208 - alugado da DSCar) de Lisboa a Porto (cerca de 370 km). Passamos pela cidade medieval (século 12) de Óbidos; pela praia de Nazaré (almoçamos no Restaurante Luiz - caldeirada de cação/lula grelhada e batatas por 36 euros); Conimbriga (ruínas de muralhas antigas); Coimbra (com uma universidade fundada há 725 anos atrás, com os cursos de Direito, depois Letras e, o terceiro curso instalado: Medicina). Próximo à universidade, Coimbra é muito charmosa, peculiar, com ruas estreitas e muitos prédios antigos (local de moradia de muitos alunos). Passamos, em seguida, por Aveiro (considerada a Veneza portuguesa - canais com gôndolas). Aveiro estava deserta e ali compramos um doce famoso 'ovos moles' (muito ruim) e, finalmente, Porto (cidade charmosa, também com ruelas estreitas ladeadas por construções antigas, escadas, pátios e arcos medievais). Fomos pela rodovia A1 e A8.
Óbidos é uma cidade medieval do século 12 com torres e muralhas antigas com muitas bancas de frutas. Maravilhosas! Comemos o maior tremoço que já vi na vida, imensos e deliciosos... Muitas cerejas, morangos imensos e muito doce. Ali podemos conhecer o Castelo (século 13) e percorrer suas ruelas com muitas igrejas (uma delas, a Igreja Santa Maria, local do casamento de Afonso V e sua prima Isabel, ainda crianças - com 10 e 8 anos de idade, no dia 15/08/1441) e muitas lojas.
Na estrada vimos muitas plantações, especialmente de frutíferas (cereja, videira, maçã, azeitona) e eucalipto.
Óbidos (cidade medieval) |
Óbidos - Portugal |
Voltamos, bem devagar, pelo Rio Douro e, no caminho, muitas frutíferas nas encostas dos morros e pudemos desfrutar também do cantar de muitos passarinhos e um perfume delicioso no ar. Em Resende, desfrutamos da melhor refeição de toda viagem num restaurante caseiro chamado 'Emigrante'. Passamos depois em Peso da Régua, Pinhão e, finalmente Lisboa.
No nosso último dia em Lisboa, curtimos o por-do-sol nas escadarias às margens do Rio Tejo.
Voltamos pela AirFrance - Airbus A321. Interessante relatar que as aeronaves não tem poltronas número 13. Do 12 pula para poltrona 14.
Sim... ficou o gostinho de 'quero mais' - queremos retornar a Portugal, se assim nosso Deus permitir.
Obrigada, Senhor, por este delicioso privilégio e por este povo que foi tão hospitaleiro para conosco!