“... Sob a Tua Palavra lançarei as redes" (Lc 5.5b)


'O Teu caminho, ó Deus, é de santidade.

Que Deus é tão grande como o nosso Deus?

Tu és o Deus que opera maravilhas e, entre os povos, tens feito notório o teu poder" (Sl 77.13-14)


quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

'Libere a sua formosura...'

        Michelangelo (1475-1564) dizia que o trabalho de um escultor não era o de criar e sim o de libertar, de um bloco de pedra, o monumento ali aprisionado. Num bloco de mármore ele vislumbrava uma linda escultura. 
Obra inacabada deste famoso escultor 
http://www.museumsinflorence.com/musei/David_by_michelangelo.html
          Fico imaginando que Deus juntou o pó num bloco e nele, enxergou uma formosa escultura. Foi então que fomos arquitetados em Seu coração. 
Até que um dia, nascemos ao mundo e, tempos depois, renascemos, em Cristo Jesus. Insondável e valioso mistério:
"E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; 
as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas" (2 Co 5.17)
Então, pouco a pouco, vamos sendo liberados do bloco ou não... na medida em que nos submetemos a Ele.
Quando nos aquietamos em Suas mãos, Deus, como um escultor, vai dando forma a algo novo e formidável. Nosso coração vai sendo tratado, transformado:
"Dar-vos-ei coração novo e porei dentro de vós espírito novo; 
tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne". (Ez 36:26).
O resultado? Tornamo-nos morada do Espírito Santo e o seu fruto é libertado em nós, com todo o seu esplendor: um pomar abundante e extraordinário de amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade (bons pensamentos), bondade (boas atitudes), fidelidade, mansidão, domínio próprio (Gl 5.22-23). 

Creio que não há limites sociais, genéticos, familiares, culturais ou variáveis de quaisquer natureza que me impeçam de ser lapidado, capacitado porque é o Senhor, Deus Criador, que me habilita para toda boa obra.

Entretanto, o que fazemos? Muitas vezes, com rebeldia, indiferença, não permitimos o desabrochar destes frutos. Seja porque nos encapsulamos no ranço das mágoas, das frustrações e dos relacionamentos mal resolvidos. Por fora, casca grossa e por dentro, azedume.

Há ainda quem veste a máscara da fuga: vícios, ativismo, vida social ou mesmo, a das "pílulas da felicidade”, transferindo para os medicamentos a responsabilidade pessoal de buscar a paz com todos os homens, de desenvolver o domínio próprio, a santificação sem a qual ninguém verá a Deus (Hb 12.14).
Interessante... um dos sinônimos de pílula é mentira, aquilo que engana. 

'Pílula da felicidade ou domínio próprio?'
É assustador saber quantos tem tomado antidepressivos porque sem eles ficam insuportáveis, não dormem, não se controlam.
Muitos tem se tornado dependente químicos não porque sofrem de depressão ou estão realmente doentes, mas porque não querem administrar a tristeza das perdas, das frustrações, a sua indisposição interior em perdoar, em avançar. Alguns, até mesmo, por confundir tristeza com depressão.
Os especialistas são unânimes em admitir que a maioria das pessoas que tomam antidepressivos não sofre de depressão profunda e sim porque tornou-se dependente ao fazer uso deles em momentos de tristeza, ansiedade, descontentamento. Sintomas que seriam passageiros, administráveis, conforme o modo de lidar com eles.
                             
Se sofrermos perdas (emprego, cônjuge, filhos, financeiras) é natural que a tristeza venha. Porém, no que depender de nós, não permitamos que ela se transforme numa depressão*. 
Jesus Cristo, ao passar por uma tristeza intensa, nos ensina a fazer isto. Sugiro a leitura da meditação do texto de Mateus 26.36-39 em: http://destilardosfavos.blogspot.com.br/2013/01/como-evitar-que-uma-tristeza-profunda.html 
Aprendi que não faz sentido dizer:  "Amanheci hoje com depressão".
Os psicólogos ensinam que depressão trata-se de uma tristeza profunda, com sintomas intensos que perduram por semanas, meses e que interfere nas atividades básicas.

Para refletir: Como estamos trabalhando nosso domínio próprio? Até que ponto podemos nos refugiar em medicamentos, bloquear o desenvolvimento natural da beleza que Deus almejou pra nossa vida?

“Senhor, liberte a formosura que existe dentro de mim e que tenho abafado com rebeldia, comodismo, medicamentos. Quero ser totalmente livre pra lhe adorar, pra lhe servir. Perdão por me refugiar nas aparências, por não ser verdadeiro, muitas vezes, nem em minhas orações. Ajuda-me a desenvolver o fruto do Espírito Santo, a permitir que estravasse o potencial que existe dentro de mim. Que minha vida revele, com plenitude, o que o Senhor sonhou para ela. Não quero morrer inacabado. 
Peço que, em nome de Jesus Cristo e por amor do Seu nome, conclua Sua boa e preciosa obra em meu viver. Amém”.

Que o nosso Deus abençoe, fortaleça nossas vidas e libere o encanto, em toda a sua inteireza, que se encontra dentro de todos nós. 
Ao Deus Eterno, Criador e Sustentador nosso, toda nossa adoração!

Observação:
Há também depressão cuja origem é fisiológica e deve ser tratada com medicamentos apropriados.
Caro leitor, caso você utilize medicamentos, não estou recomendando que pare de usá-los. Sugiro apenas que reflita em suas motivações e, se possível, com acompanhamento médico, avalie a real necessidade de usá-los, tentando, aos poucos, se libertar deles.

Um comentário:

Jéssica Mirtiany disse...

Oi!
Que ótimo blog a respeito do amor de nosso Senhor Deus! Estou seguindo. Fica na paz!
Abraço
sweet--hope.blogspot.com.br